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O Informador

Morte Suspeita em Marlow | Robert Thorogood

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Título: Morte Suspeita em Marlow

Título Original: Death Comes to Marlow

Autor: Robert Thorogood

Editora: TopSeller

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2023

Páginas: 336

ISBN: 978-989-623-882-7

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Judith Potts, 78 anos, viúva (não se sabe exatamente o que aconteceu ao marido), nadadora no Tamisa (sem roupa) e conhecedora de whisky, vive sozinha, mas não está propriamente só. Com as suas amigas Suzie (uma excêntrica passeadora de cães) e Becks (a antes cerimoniosa, mas agora afoita esposa do vigário), integra o Clube do Crime de Marlow, responsável pelo desvendar de um dos maiores mistérios ocorridos na pequena cidade.

Ao receber um telefonema de Sir Peter Bailey, um dos mais distintos habitantes de Marlow, a convidá-la para uma festa na sua mansão, na véspera do seu casamento com a sua enfermeira pessoal, Judith não hesita em aceitar. Afinal, fica perto de casa e é quase certo que haverá champanhe de graça.

Todavia, durante a festa, os convidados ouvem um barulho terrível vindo de dentro de casa, e quando as três detetives amadoras acorrem para saber o que se passou, dão de caras com o futuro noivo estendido no escritório, esmagado por um armário gigante.

Como a pisão estava trancada por dentro, a polícia põe de parte a hipótese de se tratar de um crime. Só que Judith tem outra opinião: Sir Peter foi, obviamente, assassinado!

 

Opinião: O alerta deve ser feito desde o início, não li o primeiro volume desta série, O Clube do Crime de Marlow, porém acredito que não seria por isso que a opinião sobre Morte Suspeita em Marlow estaria diferente. 

Numa primeira fase desta história o leitor é convidado a perceber que o prestigiado senhor Peter Bailey liga a Judith, uma sua conhecida mas não amiga, para que marque presença numa festa de pré-casamento na sua linda e luxuosa mansão, o que deixa desde logo a senhora de 78 anos com alguma curiosidade que a leva a aceitar o prestigiado convite. Peter mostra-se nervoso no telefonema do convite e aliando a lembrança desse momento ao facto deste homem surgir morto trancado no seu escritório no dia da festa, Judith tem assim o ponto de partida para uma nova investigação de um crime ao lado das suas queridas amigas, Suzie, a passeadora de cães e radialista, e Becks, a conhecida esposa do vigário. O trio da terceira idade inicia as suas investigações mal o crime acontece, estando a par da investigação formal das autoridades e enquanto fazem a sua própria procura conseguem também colocar muito boa gente de cabelos em pé. Como será que morreu Peter sozinho no escritório e quem poderá ter alguma culpa consigo neste acontecimento? A tripla inicia assim mais um processo que as deixa bem empolgadas, convidando o leitor a seguir pista a pista e deixo aqui a garantia que o grande mistério só é mesmo desvendado no final, sem margem para se levantar uma suspeita certa a determinado momento porque o que parece não é, como acontece neste género de narrativas. 

Twisted Lies | Ana Huang

Clube do Autor

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Título: Twisted Lies

Título Original: Twisted Lies

Autor: Ana Huang

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2023

Páginas: 528

ISBN: 978-989-724-679-1

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Stella Alonso é uma romântica sem tempo para relacionamentos. Mas quando uma ameaça do seu passado a leva diretamente para os braços – e para a casa – de Christian, o homem mais perigoso que alguma vez conheceu, fica tentada a deixar-se sentir algo pela primeira vez em muito, muito tempo. O seu amor é distorcido por segredos e manchado pelas mentiras. Quando as verdades finalmente são reveladas, podem destruir tudo irremediavelmente…

 

Opinião: E chegou o quarto e último volume da saga Twisted e se em termos de escrita Ana Huang conseguiu fazer um trabalho em crescendo de livro para livro, em termos de história desta vez não me conseguiu cativar como no volume anterior e tenho a confessar que esta leitura foi feita um pouco de arrasto por existir uma fórmula repetida sem grandes novidades para ajudarem a agarrar este leitor perante o que já tinha sido lido anteriormente. 

Após a boa estreia com Twisted Love, logo saltei para o seu sucessor, o Twisted Games mas foi o Twisted Hate que mais me conquistou nesta série de quatro volumes que contaram as histórias de amor de quatro amigas, Ava, Bridget, Jules e Stella com os seus respetivos pares. Neste Twisted Lies a atenção recai no par que faltava, Stella e Christian, a influencer digital e o CEO de uma empresa de segurança e tal como os anteriores pares, o amor não lhes batia à porta e a convivência entre os dois nem augurava nada de promissor. Através de uma ideia sem nexo que a autora criou para juntar estas duas personagens, as coisas aconteceram, a meu ver de forma bem forçada e a partir daqui para quem gosta de romances com um q.b. de erótico pode ficar satisfeito mas enganem-se os mais ousados porque daqui não levam grandes cenas descritivas como em outras histórias do género.

O Vento Conhece o Meu Nome | Isabel Allende

Porto Editora

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Título: O Vento Conhece o Meu Nome

Título Original: El Viento Conoce Mi Nombre

Autor: Isabel Allende

Editora: Porto Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2023

Páginas: 272

ISBN: 978-972-0-03693-3

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Viena, 1938. Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal – a noite em que a sua família perde tudo. Procurando garantir a segurança do filho, a mãe consegue-lhe lugar num comboio que transporta crianças judias para fora do país, agora ocupado pelo regime nazi. Samuel embarca sozinho, deixando a família para trás, tendo o seu violino como única companhia.

Arizona, 2019. Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, fugindo à violência que reina no seu país, El Salvador. No entanto, são separadas na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a imigração, forçando à separação das famílias. A mãe desaparece sem deixar rasto, e Anita é colocada em sombrias instituições de acolhimento. O caso desperta a atenção de Selena Durán, uma californiana de ascendência latina, e de Frank Angileri, um promissor advogado, que tudo farão para reunir de novo mãe e filha. Juntos, vão conhecer de perto a violência que muitas mulheres sofrem em silêncio, sem que dela consigam escapar.

Entrelaçando passado e presente, O Vento Conhece o Meu Nome conta-nos a história destas duas personagens inesquecíveis, ambas em busca da família e de um lar. É uma sentida homenagem aos sacrifícios que fazemos em nome dos filhos e uma carta de amor às crianças que sobrevivem a perigos inimagináveis – sem nunca deixarem de sonhar.

 

Opinião: A imigração forçada de crianças é o ponto de embarque deste romance que retrata duas épocas distintas mas onde a história se volta a repetir, de outro modo, mas perante a mesma premissa, a ingenuidade dos mais novos que são envolvidos nos problemas mundiais sem terem culpa alguma e que acabam por pagar bem caro o preço da guerra.

Primeiramente conheci Samuel Adler em 1938. Uma criança judia que após ver o seu pai ser retirado para um campo de concentração nazi, segue com a sua mãe que o embarca para Inglaterra somente com o seu violino. Perdendo a sua família e ganhando uma família de acolhimento em terras distantes, Samuel nunca mais será a mesma criança.

A Criada | Freida McFadden

Alma dos Livros

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Título: A Criada

Título Original: The Housemaid

Autor: Freida McFadden

Editora: Alma dos Livros

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2023

Páginas: 336

ISBN: 978-989-570-112-4

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: «Bem-vinda à família», diz Nina Winchester enquanto me cumprimenta com a sua mão elegante e bem cuidada. Sorrio educadamente e olho para o longo corredor de mármore.

Este emprego caiu-me do céu. Talvez seja a minha última oportunidade para mudar de vida. E o melhor de tudo é que aqui ninguém sabe nada acerca do meu passado. Posso esconder-me e fingir ser aquilo que eu quiser. Infelizmente, não tardo a descobrir que os segredos dos Winchester são muito mais perigosos do que os meus…

Todos os dias limpo a bela casa dos Winchester de cima a baixo, vou buscar a filha deles à escola e cozinho uma deliciosa refeição para toda a família antes de subir e comer sozinha no meu quarto minúsculo no sótão.

Tento ignorar a forma como Nina gera o caos só para me ver limpar. Como conta histórias inverosímeis sobre a filha. E como o seu marido, Andrew, parece cada dia mais destroçado. Quando o vejo, e àqueles belos olhos castanhos tão tristes, é difícil não me imaginar no lugar de Nina. Com o marido perfeito, a roupa chique, o carro de luxo. Um dia, experimentei um dos seus vestidos só para ver como me ficava. Mas ela percebeu... e foi aí que descobri porque é que a porta do meu quarto só trancava pelo lado de fora...

 

Opinião: Encontrei-me com A Criada desde o primeiro instante em que Millie entra numa maravilhosa casa para ser entrevistada por Nina que procura contratar uma empregada interna. Acreditando ter esbarrado com o emprego dos seus sonhos, esta ex reclusa não hesita em aceitar a proposta, para mais podendo desfrutar de uma bela casa com um ordenado generoso e sem se preocupar em procurar um teto onde dormir.

A partir daqui os desaires começam a suceder e o sonho generoso começa a tornar-se num autêntico pesadelo quando Millie percebe que Nina não é a dondoca simpática que conheceu no primeiro impacto, mas estará esta senhora a agir sem segundas intenções? E porque Andrew, o marido giro e bem parecido, nada faz quando percebe que a sua esposa está obcecada em atirar a nova empregada para o centro do furacão? No meio disto tudo existe Cece, uma criança que parece deambular consoante as ondas dos adultos para se ajeitar ao sabor do vento e Enzo, o jardineiro que "sabe mais que a Lúcia" sobre tudo o que se passa dentro daqueles muros opressivos. 

 

Nunca Te Esqueças das Flores | Genki Kawamura

Editorial Presença

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Título: Nunca Te Esquelas das Flores

Título Original: Hyakka

Autor: Genki Kawamura

Editora: Editorial Presença

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 216

ISBN: 978-972-23-7096-7

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Quando uma mãe e um filho fecham um ciclo e nasce uma nova geração, o passado ganha vida e traz consigo os delicados fios das memórias perdidas.

Izumi vai ser pai e está tremendamente feliz. Há, porém, uma pequena nuvem que paira sobre esse sentimento: conseguirá ser um bom pai? E o que será isso - ser bom pai? Izumi cresceu só com a mãe, Yuriko, e a relação que têm, até hoje, é tão profunda, tão próxima, que é difícil encontrar palavras para a descrever. E é a mãe que o preocupa ainda mais, e faz a pequena nuvem multiplicar-se e tingir de cinzento o céu.

Na mesma altura em que descobre que vai ser pai, Yuriko manifesta os primeiros sintomas de Alzheimer e Izumi pensa que, de certa forma, vai deixar de ser filho. À medida que a doença avança, chega o dia em que a mãe não o reconhece, e Izumi sente que se reabre uma velha ferida: como esquecer o que aconteceu quando era ainda criança? Porque saiu a mãe de casa? Que ausência prolongada foi aquela e que memórias perdidas há por contar?

Numa história que junta a leveza e a melancolia japonesas na medida certa, o autor de E Se os Gatos Desaparecessem do Mundo regressa com um romance que sublima a aparente simplicidade dos momentos mais íntimos da vida.

 

Opinião: A memória é o tema central de Nunca Te Esqueças das Flores, um romance onde o leitor é convidado a conhecer Yuriko no momento em que sabe que está a meses de ser pai, tudo ao mesmo tempo que a sua mãe, Izumi, começa a sentir os primeiros sinais de alzheimer. A partir deste ponto, entre a espera de uma nova vida e a perda aos poucos da presença da sua mãe, a vida de Yuriko começa a ser um desfiar de memórias, numa tentativa bem presente de perceber o que ficou para trás e o que acabou por definir a vida de ambos ao longo do tempo, que segredos escondeu Izumi do seu filho para o proteger de males maiores e que caminho seguir quando a memória começa a ser afetada e a definir a identidade de qualquer pessoa e de quem a rodeia. Yuriko aos poucos transforma-se no pai da sua mãe, ao mesmo tempo que coloca em causa a capacidade de ser um bom pai do seu próprio filho quando cresceu sem a presença do seu progenitor.

Um Longo Caminho Para a Água | Linda Sue Park

Editorial Presença

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Título: Um Longo Caminho Para a Água

Título Original: A Long Walk to Water: Based on a True Story

Autor: Linda Sue Park

Editora: Editorial Presença

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 112

ISBN: 978-972-23-7087-5

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Nya, uma rapariga de onze anos, caminha todos os dias várias horas para ir buscar água para a família, no Sudão. Salva, um rapaz da mesma idade, torna-se um dos Meninos Perdidos do seu país, o mesmo de Nya, e percorre o continente africano, a pé, ao lado de outros refugiados que procuram as suas famílias e um lugar seguro. As suas histórias, contadas em paralelo, passadas em décadas diferentes, vão unir-se de forma absolutamente inesperada.

Baseado numa história real, este é um livro que nos mostra como, até num país cheio de problemas, dois sobreviventes podem encontrar um futuro de esperança - para as suas vidas e as de quem os rodeia.

 

Opinião: A história real de Salva Dut inspirou Linda Sue Park para romancear Um Longo Caminho Para a Água, um pequeno livro que relata duas histórias de vida, passadas em épocas distintas no Sudão mas com tanto em comum. Se por um lado, em 2008, o leitor conhece Nya, uma criança que todos os dias percorre um logo caminho na procura de água para o consumo da família, por outro, umas décadas antes, em 1985, é conhecido o percurso do jovem Salva que se vê obrigado a fugir dos confrontos da segunda Guerra Civil onde perdeu o rasto dos seus pais e irmãos. Duas crianças em épocas diferentes a serem fruto das circunstâncias de um país em guerra.

Esta é a história dolorosa de uma criança, Salva, que se tem de proteger dos confrontos civis de que é alvo, perdendo todas as suas bases, sendo obrigado a confiar em desconhecidos aquando o momento em que é obrigado a fugir para procurar a sua própria segurança. Sozinho e convivendo com grupos de desconhecidos, isolado e assustado, Salva tem de sobreviver contra humanos armados e animais selvagens perigosos. A fome e a morte passam-lhe pelas mãos como perdas pessoais e o medo é sempre um estado presente para quem tudo perdeu. O que uma criança pensa quando do nada é deixada no Mundo sem os seus alicerces que sempre viu como proteção perante o futuro? Que caminho seguir perante a incerteza do que ficou e do que está para acontecer?

Viradas do Avesso | Joana Kabuki

Clube do Autor

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Título: Viradas do Avesso

Autor: Joana Kabuki

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2023

Páginas: 272

ISBN: 978-989-724-677-7

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Fascinada pelo comportamento e pelas relações humanas, Joana Kabuki escreve sobre sentimentos universais e leva-nos a refletir sobre como, muitas vezes, vivemos aprisionados no tempo. Um romance sobre a relatividade das memórias, o peso do passado e a derradeira escolha sobre quem queremos ser quando a vida nos vira do avesso.

 

Opinião: «O amor é o que nos salva» podia ser o título do primeiro romance de Joana Kabuki porque é mesmo sobre o amor na amizade de que fala Viradas do Avesso. Aqui encontramos três mulheres no presente a recordarem um passado em comum quando há vinte anos atrás eram amigas de infância por crescerem juntas na mesma praceta. Berta, Alice e Carlota são estas mulheres que atualmente mostram ao leitor os seus pontos de vista em memórias sobre o que aconteceu quando de forma súbita Berta desaparece do bairro onde cresciam para não mais saberem de si. O que cada uma sentiu com o afastamento, como lidaram Alice e Carlota por ficarem sem Berta durante tantos anos e o que mudou em cada vida nesse período de tempo? No presente o reencontro acontece por existirem feridas a serem saradas e interpretações a serem explicadas. 

Viradas do Avesso mostra como a verdadeira amizade consegue dar a volta a qualquer situação, provando que mesmo que a mágoa possa existir, quando todas as verdades são colocadas em destaque os mal entendidos e ideias pré-concebidas acabam por ser deixadas de lado. Sim, como afirmei no início «o amor é o que nos salva», seja ele pintado de que forma for e a Joana conseguiu com estas três mulheres provar que sempre é possível dar a volta, recuperando confiança e lealdades quando se está disponível para acreditar. 

Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu | Jennette McCurdy

Lua de Papel

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Título: Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu

Título Original: I'm Glad My Mom Died

Autor: Jennette McCurdy

Editora: Lua de Papel

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Fevereiro de 2023

Páginas: 352

ISBN: 978-989-23-5677-8

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Jennette McCurdy tinha seis anos quando fez a sua primeira audição. A mãe queria torná-la uma estrela e ela não a queria desiludir, por isso sujeitou-se às “restrições calóricas” e a vários makeovers caseiros, entre ralhetes do tipo: “Não vês que as tuas pestanas são invisíveis? Achas que a Dakota Fanning não pinta as dela?” Até aos 16 anos era a mãe que lhe dava banho e tinha de partilhar com ela os diários, o e-mail e todo o dinheiro que recebia.

Em Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo em detalhe – e conta o que aconteceu quando o sonho se realizou. Ao integrar o elenco de iCarly, uma série da Nickelodeon, é projetada para a fama. Enquanto a mãe anda nas nuvens, Jennette mergulha numa espiral de ansiedade e falta de amor próprio, que se manifesta em distúrbios alimentares, vícios e relações tóxicas. Os problemas agravam-se quando, depois de entrar na série Sam & Cat (juntamente com Ariana Grande), a mãe morre de cancro. Seriam precisos anos de terapia, e abandonar os palcos, para a atriz recuperar e decidir, pela primeira vez, fazer o que queria.

Este livro, pontuado de humor negro, conta na primeira pessoa esse trajeto, traduzindo-se numa história inspiradora sobre resiliência, independência… e o prazer de lavar o próprio cabelo sem ajuda.

 

Opinião: Um testemunho real relatado pela própria Jennette McCurdy sobre a forma como ascendeu ao estrelato através de um testemunho doloroso e real perante a forma como desde criança foi colocada num sítio que não desejou por sonho da sua própria progenitora que conduziu a carreira de Jennette desde bem cedo para compensar os seus sonhos e desvirtuamentos através do corpo da filha. Este é um livro poderoso contado na primeira pessoa e que deixa o leitor a pensar sobre quantas Jennettes não existem na indústria do audiovisual e nos dias que correm redes sociais...

Em Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu o leitor acompanha a incapacidade que uma criança tem em conseguir dizer que não quando é empurrada para trabalhos que lhe vão dar a fama, o grande estrelado. Jennette ficou famosa bem cedo sem vontade própria e se num momento inicial o faz para ver a sua mãe feliz, com o tempo esta criança percebe que não é uma criança como as outras, as que não consegue acompanhar por ter uma agenda preenchida e ter sido recomendada pela própria mãe a isolar-se e a seguir as normas impostas para vencer. Que mãe é esta que cria regimes alimentares, retira a liberdade da própria filha e faz forte pressão psicológica e física para que uma simples criança seja vista como um bem precioso no meio artístico, sem que esta mesma criança possa ser simplesmente livre? Que mãe consegue viver anos a menosprezar as vontades e ideias da sua filha para que as imposições que lhe coloca sejam levadas a sério? E que mãe consegue culpabilizar um menor por ser a grande causadora da sua doença? Como disse no início, esta senhora é uma progenitora que viu na sua filha o diamante em bruto para fazer dinheiro e esqueceu tudo o que o bom senso e ideais ditam sobre o bem estar de qualquer ser humano. 

Contínuo por aqui...

Ando meio que desaparecido por estes lados, eu sei e percebo que as vossas visitas se ressentem um pouco também por não existir diariamente algo novo para vos contar, mas acreditem que estou num momento, que já vem de alguns meses para cá, de mudança e transformação, e talvez sinta necessidade de parar, ordenar as minhas ideias, organizar a minha vida de outra forma, mas estar bem comigo e poder também entregar-me aos outros e ao que gosto. Sempre estou por aqui, mais ou menos ausente, e as redes sociais, principalmente o Instagram, continuam a ser a minha principal casa online neste momento. Quero criar, quero renascer e estar bem acima de tudo, e para isso é necessário existir espaço, algum reconhecimento e aprendizagem. 

Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor | Hélder Reis

Planeta de Livros

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Título: Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor

Autor: Hélder Reis

Editora: Planeta de Livros

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 352

ISBN: 978-989-777-696-0

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Com o vento a bater-lhe na cara, o olhar no horizonte, Amélia sonhava com uma nova vida, a bordo do paquete Vera Cruz. Deixava para trás o seu Amílcar, sem sequer um beijo de despedida, Verdosa, a sua terra, e o doce sabor das cerejas. Partia rumo ao Rio de Janeiro, uma terra que só conhecia dos livros. Na barriga um filho e a promessa de um futuro.

Chegada ao Brasil, com ajuda da sua querida e livre amiga Júlia, Amélia descobre que é capaz. Capaz de arranjar um emprego e de se destacar como empregada de excelência na loja de moda, capaz de encontrar uma casa para viver, capaz de dizer não à sua tia beata, que a estrangula entre rezas e regras absurdas, capaz de ter o seu filho e capaz de redescobrir o amor. 

Hélder Reis traz-nos o seu primeiro romance, ao som da música brasileira, dos sabores de Portugal e do Brasil, passando pelas épocas dos anos 60 e 70, pelas transformações políticas e sociais em Portugal, pelo glamour das festas do Copacabana Palace, para nos contar a história de Amélia. Uma mulher corajosa e destemida que, a pulso, reconstrói a sua vida, depois de lhe ter sido negado o seu primeiro amor.

 

Opinião: A história de Amélia, uma jovem que deixa a sua aldeia em Trás-os-Montes por vontade familiar conduz o leitor para uma viagem até ao Brasil. No Rio de Janeiro, uma cidade desconhecida para uma portuguesa que pouco conhecia do seu próprio país, grávida e longe do seu amado, Amélia tem de começar tudo de novo e é assim que começa Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor, o primeiro romance de Hélder Reis.

Enquadrada pela história das duas nações separadas pelo Atlântico e mostrando a boa vontade do povo brasileiro em ajudar a portuguesa recém chegada, este é um romance de perseverança e auto vontade para dar a volta por cima mesmo quando tudo parece perdido. Será possível esquecer um grande amor por imposição de terceiros e reencontrar forças para amar, cuidar e sair valorizado? Afinal de contas, é possível amar depois de amar demais? Tudo é possível se existir amor próprio e uma boa capacidade de valorização e conhecimento para se acreditar que o caminho será sempre para melhor.