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O Informador

Maria João Abreu

1964-2021

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Morreu a atriz Maria João Abreu, aos 57 anos de idade, após sofrer um aneurisma cerebral que a fez lutar pela vida ao longo de dias no Hospital Garcia da Orta, em Almada. 

Após se sentir indisposta ao longo das gravações da telenovela A Serra, da SIC, a atriz foi levada e internada de urgência com o diagnóstico com bastantes reservas sobre o seu futuro. Os dias passaram, as máquinas seguraram a vida de Maria João Abreu, a rainha, como Filipe la Féria a apelida por ter protagonizado no teatro A Rainha do Ferro Velho, até que o fim de vida aconteceu. 

Com uma vida dedicada ao teatro com dezenas de espetáculos de sucesso ao longo da carreira, com o cinema e a televisão a darem-lhe o grande destaque dos últimos anos, Maria João Abreu é das figuras de maior consenso entre a sua classe, deixando o vazio onde as palavras com quem se cruzou no seu caminho não podem ser mais explicitas. A amizade, o amor, a boa disposição, o profissionalismo... A unanimidade de todos para com a atriz parece ser visível na hora da sua partida para outra vida, para junto de outros grandes talentos que nos deixaram nos últimos anos.

Somando sucessos no teatro e ganhando grande notoriedade em televisão com séries como, por exemplo, Médico de Família (SIC), Bons Vizinhos (TVI), e Aqui Não Há Quem Viva (SIC) e novelas como Feitiço de Amor (TVI), Morangos com Açúcar (TVI), Os Nossos Dias (RTP), Golpe de Sorte (SIC), Mar Salgado (SIC) e atualmente em A Serra (SIC), a atriz também marcou presença em grandes filmes portugueses, como é o caso de Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, Florbela de Vicente Alves do Ó, A Mãe é que Sabe, de Nuno Rocha, e Submissão, de Leonardo António.

Água da vida

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Há um ano, ou talvez até um pouco mais, deixei de consumir refrigerantes às refeições que faço em casa e no trabalho. Passei anos, mesmo décadas, a beber sumos e mais sumos, com e sem gás, de laranja e todos os sabores disponíveis no mercado. Contudo, achei por bem eliminar este tipo de bebidas da lista de bens alimentares essenciais e praticamente de um momento para o outro deixei de ter sumos em casa. 

Não vou dizer que num restaurante não peça um refrigerante quando a ocasião não permite um bom vinho, no entanto em casa rejeito estas bebidas que são tão dispensáveis do nosso dia-a-dia como outros vícios que alguns praticam. Água, em casa só bebo água e não me posso queixar desta alteração de consumo de bebidas. Água, mais água, mais água, engarrafada ou da torneira, porque aqui na aldeia a canalizada é totalmente de confiança. 

Memória seletiva

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Nunca me tinha acontecido, no entanto por estes dias constatei o que os especialistas falam sobre a memória seletiva com o tempo. Em conversa familiar aqui por casa percebi que não tenho memória sobre os acontecimentos que rodearam a morte de uma vizinha que me viu crescer, como se fosse uma avó. Perdi em menos de dez anos qualquer memória daqueles dias e em conversa sobre os que amamos e que partem percebi que nem me lembro de ter sido eu a receber a notícia cá em casa para a transmitir aos meus pais que tinham saído nesse dia. 

Dizem-me que foi uma vizinha, também ela já falecida, que me deu a informação, que liguei de imediato para avisar os meus pais, sei claramente que fui ao velório e funeral e não tenho imagem alguma sobre estes momentos. Tal como não tenho imagens dos últimos dias que a senhora passou na sua casa. A memória seletiva parece ter apagado estes maus momentos, o que de certa forma tenho pena mas ao mesmo tempo acaba por ser um alívio por me lembrar somente das coisas boas que foram vividas e partilhadas ao longo de mais de vinte anos. 

O cheiro a rebuçados que a sua sala sempre tinha, os ensinamentos que lhe fui dando de cada vez que comprava um novo telemóvel, as conversas sobre televisão, a paciência que a discrepância de idades nos dava mutuamente para passarmos horas a conversar. Cresci com a avó de coração a quem chamava tia e que vivia mesmo na porta do lado, tenho excelentes recordações desta senhora que me apoiou sempre desde que me viu chegar a casa no primeiro dia para me ajudar a educar como se fosse um membro da nossa família, que na verdade sempre foi e será. No último dia em que deixou a sua casa não me despedi mas sei que foi para um lar de forma contrariada e essa sua ida foi a sua primeira morte, eu sei, sempre soube, que a partir do dia em que a tia saísse de junto de nós não mais voltaria e não voltou. 

Incapacidade diária

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Hoje, por motivos de força maior, não existe novo texto a ser publicado. Quer dizer, existe este, mas nada de normalidade. Nem todos os dias conseguimos estar bem na vida e com capacidades para nos rentabilizarmos após umas horas menos boas e de mal estar físico.

Esta publicação está a ser escrita às 05h00 da manhã quando acordei após umas horas de sono que começaram mais cedo que o habitual e o corpo parece ter voltado ao normal após o que pareceu ser uma lixeira intoxicação alimentar. 

Detesto despedidas!

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Existem despedidas que nos tocam e mesmo quando as pessoas não nos são ou estão próximas acabamos por perceber que a vida sempre acontece e se transforma para novas fases, onde cada despedida de um local e grupo dá lugar a um novo alento de cada um para começar de novo e apostar no que acredita.

Há uns dias, e mais uma vez entre os vários Adeus! dentro do género, uma das pessoas que "conheço" e com quem falo há anos devido às parcerias do blog decidiu deixar o seu lugar numa empresa com quem costumo colaborar. Um email inesperado que ditava o fim de uma etapa que acaba por marcar um novo recomeço. Tudo começava com um «Boa tarde! Hoje é o meu último dia...» e somente estas palavras já começavam a causar algum desconforto deste lado, do recetor e leitor de cada frase. Custa, sempre se torna num momento pesado cada despedida, para mais de pessoas que sempre se lembram de nós, que de certa forma nos reservam um pequeno canto nas suas memórias e lembranças e que de um momento para o outro deixam de estar em determinado local para abraçar outros horizontes, que talvez poderão voltar a cruzar caminhos, como por vezes tem acontecido. 

Confesso que ao abrir o email e perceber do que se tratava fiquei simplesmente sensibilizado por esta partida de quem de longe sempre mostrou interesse em comunicar, falar, partilhar e acarinhar quem segue a sua linha de raciocínio e gosta essencialmente de estar numa sintonização de harmonia e comunhão. Nenhum destes «Adeus!» tem de ser definitivo e sei que mais cedo ou mais tarde existe um novo regresso, num outro local, como novos pontos de destaque e um «Voltei a uma nova casa!». Sim, quando se acredita em quem está do outro lado e se percebe que é com empenho e dedicação que os ciclos profissionais são feitos, tudo se torna possível, uma vez que abraçando uma vez uniões que dão resultado com as pessoas certas, para sempre esses momentos se tornam eternos, lembrados e memorizados para que assim que possível se descubram novos caminhos onde os que ficaram congelados no passado são convidados a entrar. 

Ciclos de estabilidade

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Ciclos, como se estivessem viciados, chegam e vão de forma rápida ou mais lenta em cada vida.

O desgaste de semanas pesadas onde os pensamentos tendem a criar situações negativas que nos acabam por transportar para quase um fosso psicológico e que muitas vezes pesam fisicamente causando cansaço que nem sempre é fácil de contornar.

Ciclos pesados que nos fazem refletir, estando connosco próprios para entendermos os pontos menos bons que nos vão afetando para que tudo mude e os dias positivos e estáveis regressem como pontos que procuram felicidade e estabilidade em vidas que se transformam numa crença que se junta a sonhos e idealizações pessoais.

Vida minha dos novos dias...

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Vida minha dos novos dias, o que me está a acontecer?

Fechado em casa todo o dia estaria, se não tivesse ganho algum ânimo para começar a mexer o corpo com andamentos e corridas de forma diária. Acordo bem cedo e o pequeno almoço espreita após a higiene matinal. Logo me despacho e não me deixo arrefecer, trocando de roupa e deixando que o corpo me guie para uma viagem caminhante que vai ganhando alento ao longo de quase hora e meia pela mata ao lado da aldeia virada ao sol e com ventos fronteiriços. 

Oh que bem que este momento fora de casa cai bem para logo depois as quatro paredes me voltarem a receber para que hora após hora o dia seja passado entre comidas, conversas, leituras, televisão, arrumações e escritos. Tanto que parece ter para fazer e ao final do dia dou por mim a pensar que o tempo foi passando e a desconcentração foi total, sem estar orientado num só sentido. A minha mente e a vontade de estar a par de tudo tornam-me num frenesim constante que não me deixa assentar para começar, seguir e terminar um só objetivo de cada vez. 

1, 2,3... Ação

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Seguir o caminho que a sociedade nos pré-estabelece não é o correto. Lutar, definir, entender e encontrar a individualidade faz todo o sentido no percurso particular de cada um onde as vontades, sonhos e crenças vão sendo definidos com o tempo e com as vivências que vão sendo feitas ao longo da vida. 

A estadia pela Terra como seres físicos é feita de estados e etapas que definem cada um como ser único, individual e capaz de se auto promover através da sua própria acreditação e força de vontade para se surpreender a si próprio. Não vale a pena quererem estabelecer os limites e objetivos uns dos outros desde o momento do nascimento porque o percurso é feito perante os pares, as situações, os lugares e definições e não somente através dos sonhos de pais, familiares e amigos que desejam que tudo seja tão perfeito para quem agora está a chegar.