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O Informador

Elite | Carla e Samuel

Histórias Curtas

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O romance de Samuel e Carla em Elite não convenceu totalmente e na História Curta que foi criada em seu torno voltou a deixar muito a desejar. Após a paixão de Nadia e Gúzman me conseguir convencer e até pedir um pouco mais e de rir com o drama em torno da festa privada entre Gúzman, Caye e Rebe, eis que me deixei levar para o terceiro núcleo de episódios com base no par Samuel e Carla e não consegui encontrar um ponto positivo para este desenvolvimento. 

Numa situação de encontros onde Samuel vai atrás de Carla até ao aeroporto para que esta não o deixe, a condessa decide voltar atrás para umas horas que passaram a dias de romance onde os contraste sociais entre ambos se voltam a fazer sentir entre ambos. Os problemas de sempre voltam a ser debatidos entre os dois mundos do casal e o final a que estavam destinados e que tentaram remendar acaba por ser inevitável. 

 

Elite | Guzmán, Caye e Rebe

Histórias Curtas

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Há uns dias falei do lançamento das Histórias Curtas, um derivado da série Elite, de modo a se aproveitar o sucesso da mesma através de pequenas temporadas que destacam várias personagens com pequenas histórias, como foi o caso da Nadia e do Gúzman. Hoje volto a destacar uma outra História Curta, desta vez sobre Gúzman, Caye e Rebe, onde os três jovens que não viram na terceira temporada um final propriamente positivo se unem para uma festa privada que não corre assim tão bem como o esperado. 

Numa festa na nova casa de Rebe, o trio improvável junta-se para uma tentativa de afogarem as mágoas dos últimos meses e por terem de repetir o ano. O pior é quando entram numa viagem psicadélica por comerem um bolo com uns certos atributos e a loucura surge. Começando pelas lembranças de Caya sobre o seu processo de se tornar mentirosa compulsiva, contando como tudo começou num passado algo longínquo até à descoberta que a mãe de Rebe continua com o tráfico de droga, tudo pode acontecer. Nesta série percebemos rapidamente que o que podiam ser três pequenos episódios dramáticos acabamos por virar a ideia e dar algumas gargalhadas ao perceber que do inusitado e irreal somos convidados a assistir a situações cómicas entre o texto e imagens inesperadas geradas pelo efeito dos cogumelos mágicos.

Elite | Nadia e Guzmán

Histórias Curtas

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Já não existem dúvidas que após três temporadas da série Elite na Netflix que a produção é um sucesso junto do público, estando para breve a quarta fornada de novos episódios. No entanto, porque algumas célebres personagens tiveram de sair pelo alinhamento e por a história acontecer maioritariamente no seio de um colégio, surgiu a brilhante ideia do fazer render o peixe e eis que foram criadas as Histórias Curtas de Elite onde os protagonistas que seguiram as suas vidas fora da série vivem um enredo próprio em modo mini série para que não se perca o futuro dos que mais marcaram o percurso de Elite. 

Uma destas pequenas séries tem como protagonistas Nadia e Guzmán, o casal que após um romance de altos e baixos pelas diferenças culturais e receios mantidos mais por parte da jovem, estão agora num namoro à distância, uma vez que Nadia decidiu continuar os seus estudos em Nova Iorque e Guzmán seguirá para Madrid. De momentos distantes e com Nadia de regresso a casa para o casamento da irmã, que nunca havia aparecido em Elite mas havia sido mencionada, Nadia vive em conflito consigo por não querer ver Guzmán, embora continuem juntos, para não regressar a Nova Iorque com saudades do que volta uns meses depois a deixar para trás. 

Special | T2 | Netflix

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Um ano após uma primeira temporada de sucesso, Special regressou com uma renovada fornada de episódios e mostrou que mesmo tendo sido esta a sua temporada final ainda existia muito que poderia ter sido contado nesta história onde a paralisia cerebral e a homossexualidade se unem e dão o mote para uma série educacional, libertadora e ao mesmo tempo mostrando a leveza com que a dor pode ser transformada com o apoio do amor. 

Tendo a sua primeira temporada igualmente oito episódios como a segunda, mas com quinze minutos cada, Special recebeu de imediato a boa critica junto do público que descobriu esta produção que poderia muito bem ter passado despercebida pela sua fraca promoção e conseguiu assim ver aprovada esta sua última temporada, mesmo com a Netflix a informar que seria a última pelos cortes que têm feitos em determinadas séries que não conquistam o público mundial por estarem viradas para um público exato. 

Com Ryan O'Connell como criador e ator central da história cuja personagem tem igualmente o seu nome, Ryan criou esta produção com base na sua própria experiência por sofrer de paralisia cerebral e ser homossexual, mostrando que é possível contar a sua história e a de várias pessoas com deficiência sem chatear, sem pesar a consciência do público, existindo em Special, principalmente nesta segunda temporada, a visão de que não existem motivos para se ficar excluído da sociedade por se ser diferente. 

Quem Matou Sara? | T2 | Netflix

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Se a primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu de início, já a segunda fornada de episódios deixou logo no primeiro capítulo algo a desejar por se perceber que de um momento para o outro existiu a necessidade de se incluirem novas e relevantes personagens que nem haviam sido mencionadas nos primeiros dez episódios, além de que a procura de encontrarem novos mistérios foi necessária para que conseguissem prender o público para além do "quem matou" inicial.

Nesta segunda temporada da série mexicana os mistérios adensam-se e o cruzamento entre personagens, tempos e locais existe, continuando a mostrar o presente com base nas memórias do passado para justificar o que poderá ter acontecido. Mas como é que essas memórias se alteram com a chegada de novas personagens que nem circulam pelas redondezas logo de início e parecem agora ser fulcrais para o desenrolar de todo o mistério? Se na primeira temporada andaram para trás e para a frente para deixar todo o final em aberto, desta vez o que se pode dizer é que aconteceu o mesmo e no último episódio, quando quase tudo o que diz respeito à premissa inicial parece estar esclarecido, eis que a reviravolta acontece, mas não posso falar muito sobre essas cenas para não levantar spoiler a quem ainda não viu. 

Quem Matou Sara? | Netflix

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A primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu-me do início ao fim. Vendo a série numa busca constante sobre o real assassino por detrás da morte de Sara, a série mexicana consegue prender por dando várias pistas ao longo dos episódios sobre os possíveis homicidas dentro do grupo mais próximo da jovem. 

Percorrendo os momentos antes do acidente que levou à morte e o presente com a procura da verdade uns anos depois por parte do irmão de Sara, Alex, incriminado pelo crime que não cometeu, a velha questão de sucesso do quem matou é realçada no bom cruzamento entre o passado e o presente, mostrando que a história se pode voltar a repetir mesmo quando se está prestes a perceber quem esteve por detrás do acidente fatal. Afinal de contas quem tem mais a perder se a verdade for descoberta? Que segredos esconde cada um nos tempos atuais sobre o que já passou? Quem estava próximo de quem? Quem temia a verdade? Que omissões eram necessárias para manter o secretismo? 

Exageros de Cristina Ferreira

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Cristina Ferreira anunciou que pelas 21h15 do dia 08 de Março de 2021 iria fazer um comunicado em direto na TVI logo após o Jornal das 8. A promoção do momento apelidado por Revelação arrancou nos intervalos publicitários e a especulação começou por parte do público nas redes sociais, sendo algo previsível para quem está atento às novidades que andam a ser preparadas para estrearem em breve no canal. Tudo fazia crer que este mini evento seria o arranque da divulgação de uma nova novela, de episódios mais pequenos que o habitual, e cujo nome provisório estava a ser avançado como Festa é Festa, e assim foi. E no dia 08, um pouco após a hora prevista, Cristina apareceu em direto e avançou mesmo com a divulgação desta novela que terá bastante comédia e que se baseia na preparação de uma festa de aniversário a uma centenária de uma aldeia do interior de Portugal. 

Como avança o comunicado entretanto revelado pelo canal, «Esta é a história de uma aldeia no interior de Portugal, como tantas outras, ou não, que prepara a melhor festa de aldeia de sempre, no ano em que a maior benemérita/mecenas da mesma aldeia cumpre o seu centenário. Todos querem fazer um brilharete nesse festejo, com vista à herança da idosa, não se poupando a esforços. O neto falido da idosa tem o plano de enviar a sua filha (bisneta da idosa) para a aldeia, no sentido de conquistar a sua bisavó (também de olho no dinheiro). Eis quando, uma jovem da cidade, altamente tecnológica e queque, cai contrariada naquilo que considera um fim-de-mundo, com pouco 5G e canais por cabo. Tem tudo para correr mal, não fosse a meio do processo compreender a beleza da simplicidade da vida…». O grande evento, a Festa, que irá ser preparado ao longo dos próximos meses e que irá estrear dentro de semanas será realizado a 25 de Setembro mas até lá o publico vai ver a união da realidade com a ficção todos os dias em cada novo episódio de Festa é Festa que para a diretora da TVI promete surpreender pela diferença com que tudo será feito e por ser um produto com forte vertente humorística.

Com ideia original de Cristina Ferreira e com Roberto Pereira como autor, este projeto conta com nomes bem conhecidos entre o elenco, como Ana Guiomar, Pedro Teixeira, Vítor Norte, Ana Brito e Cunha, Sílvia Rizzo, Manuel Marques, Pedro Alves, Maria do Céu Guerra, Manuel Melo, Inês Herédia, José Carlos Pereira e um lote de jovens atores, onde se inclui Francisca Cerqueira Gomes, a filha de Maria Cerqueira Gomes, cuja contratação tem dado que falar entre jovens atores com formação que se protestaram contra esta aquisição a que apelidam por cunha.

Fate, a Saga Winx | T1 | Surpreendido com as fadas

Netflix

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Quem me conhece sabe que não sou grande simpatizante de séries com efeitos especiais, no entanto pelo sucesso de Fate, a Saga Winx, e por o zumzum ser forte sobre esta história, lá resolvei em período de confinamento dar a oportunidade a estas fadas e até que correu bem. 

Numa produção bem cuidada, embora alguns efeitos especiais mais complexos, como o do final da temporada, tenham deixado algo a desejar por terem sonhado demais para o que conseguiram fazer, Fate consegue deixar quem está deste lado agarrado a algumas das personagens para além da protagonista Bloom, Abigail Cowen, o que para mim é um ponto positivo, isto por perceber que numa continuação poderão outras personagens ganharem destaque consoante a influência do público, dando alguma diversidade ao que poderá surgir a partir daqui. 

Recorrendo um pouco ao início de Harry Potter e falando justamente da saga logo no primeiro episódio, em Fate também a protagonista vive parte da sua vida, até à adolescência, no mundo normal, distante do espaço ao qual pertence, o reino das fadas. Começando a história de apenas seis episódios com a entrada de Bloom na escola das fadas, Alfea, em Otherworld, e percebendo que existe algum mistério em torno dos seus pais biológicos, recorrendo-se a alguns flashback para contar o passado, a jovem chega, sabendo que já possui alguns poderes mas sem capacidade, por receio, de os usar por não os conseguir controlar. 

Com personagens bem construídas, embora sem grande apresentação por ser tudo muito corrido, senti falta de tempo para desconstruir uma Stella, Hannah van der Westhuysen, por exemplo, que é apresentada como sendo uma suposta vilã contra Bloom para no final da temporada ficar sua grande amiga. A explicação para esta mudança acontecer não é dada e fiquei com a sensação que me escapou alguma coisa por aqui que deveria ter sido melhor explicada, já que não é do nada que se muda de opinião e personalidade. Existe também Terra, uma personagem cujo pai é um dos mentores da escola, mas que ela própria surge como mais do mesmo, uma gordinha simpática e sempre prestável, que se esconde em casa, sem grande convicção dos seus poderes e a questão que coloco neste caso é mesmo, onde já vi isto? Existe também Musa, Elisha Applebaum, a minha preferida, uma personagem que parece calma e meio esquecida de início, no entanto a que mais cresce ao longo dos episódios e em bom. E finalmente Aisha, Precious Mustapha, que acaba por ser um misto entre o bem e o mal que me deixou intrigado até ao final por a ver a proteger Bloom, mas ao mesmo tempo a ter reações um pouco controversas com os seus olhares e saídas de cena inesperadas. 

As Inseparáveis | T1 | Amizade

Netflix

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Em mês de Dia dos Namorados, a Netflix lançou a série As Inseparáveis, mostrando que o amor pode ser demonstrado de diferentes formas, e nesta produção a amizade que une Kate e Tully ultrapassa tudo e todos, já que nada as detém quando estão juntas.

Baseada na obra literária de Kristin Hannah e sem recorrer ao romantismo base de muitas séries que andam por aí mas também sem dramatizar demasiado, esta autêntica celebração da amizade é focada em duas mulheres que se conhecem na adolescência e continuam juntas aos quarenta. Numa ligação que começa quando Tully se vê obrigada a mudar-se para Firefly Lane, onde tem como vizinhos a família de Kate, com quem aos poucos faz amizade. A partir dai as duas adolescentes não mais se largaram. Numa viagem ao longo de trinta anos, conhecemos o bom e o mau de ambas, do apoio para as birras pelos objetivos em comum mas com etapas a serem vividas de forma diferente mas sem qualquer distanciamento entre as duas. Dos romances e relações falhadas, as conquistas profissionais e as frustrações, a solidão e a maternidade, num desfiar de emoções que vão sendo partilhadas e comentadas dentro do que a real amizade simboliza. 

Sendo contada ao longo de dez episódios por quatro tempos distintos, muito bem percetíveis entre si, As Inseparáveis contam com Sarah Chalke no papel de Kate, a minha preferida das duas, e Katherine Heigl, de Anatomia de Grey, desta vez no papel de Tully. Se a primeira, Kate, procura estabilidade e parece ser focada e dedicada ao que a faz feliz, não dando passos rápidos, sendo vista de forma inicial como a nerd de serviço, já a segunda, Tully, é a querida amiga louca, sem muito questionar, muito derivado a um passado de altos e baixos e sem um equilíbrio familiar.

Lupin | T1 | Vingar o passado

Netflix

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Omar Sy, no papel de Assane Diop, protagoniza a série que a Netflix lançou para atacar os lugares cimeiros entre os mais vistos e automaticamente sofrer renovação para novas temporadas. Recorrendo ao velho e conhecido estilo das personagens que cometem crimes e conseguem desviar as atenções das autoridades, como a conhecida corrida do gato e do rato, Assane é um ladrão com todos os engenhos necessários para roubar e escapar ileso aos seus furtos através de disfarces e labirintos.

Inspirado na conhecida personagem Arsène Lupin, criada por Maurice Leblanc, no início do século XX, e colocando Assane Diope em França no século XXI, este imigrante senegalês luta pela verdade dos seus tempos de adolescência, quando o pai, motorista de uma família rica, foi acusado de roubar um colar com história, sendo preso e acabando por aparecer morto. Em adulto, já como pai, Assane não esquece os percalços que passou pela mentira de uma família milionária e quando percebe que o colar está a leilão no Museu do Louvre, organiza o ataque para vingar a morte do pai e sair ileso.

Com várias referências a Arsène Lupin ao longo dos episódios, já que Diop não esconde a sua admiração pela personagem, a estratégia desta sua vida dupla e de lutas segue os contornos do conhecida ladrão de casaca, num outro tempo, com novas situações e usando novos métodos através da possibilidade que os tempos presentes permitem. 

Com um protagonista carismático e bem entregue a Omar Sy, e com um ritmo acelerado ao longo da série, facilmente se percebem as razões para que os atos sejam aceites, criando um vilão que facilmente é adorado por quem está deste lado para se torcer que todos os planos dêem certo. Mais para o final da temporada é dado a conhecer um pouco melhor o lado familiar, com o fim de um casamento onde ainda existe amor mas incompreensão e um filho que se começa a afastar pela ausência de um pai que não pode explicar o seu presente e que tenta compensar com presentes ligados ao mundo de Lupin e com aparições rápidas que não causam boa impressão.