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O Informador

Vencedores dos convites duplos para A Última Noite do Capitão [08.10.2017]

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Os serões de Domingo, de 17 de Setembro a 17 de Dezembro, no Teatro Armando Cortez são especiais! É que Filipe Crawford encontra-se em palco com A Última Noite do Capitão, um monólogo sobre a vida de Francesco Andreini, um divertido ator dos grandes palcos italianos dos finais do século XVI que acabou a sua vida esquecido e na miséria. 

Um espetáculo que não deve perder e que mostra o talento do ator de 60 anos que durante hora e meia encontra-se a solo em palco a mostrar a história de um entre tantos grandes nomes da representação que terminam afastados dos palcos e dos holofotes numa vida precária e remetida ao esquecimento. 

Como as coisas boas são para serem vistas, eis que tive três convites duplos para vos oferecer destinados à sessão do próximo dia 8 de Outubro, pelas 21h00. Agora é chegado o momento de revelar o nome dos vencedores destes bilhetes duplos. Maria Inácio, Ana Salomé e Paula Carvalho foram as sorteadas através do sistema random.org e irão assim assistir a este espetáculo em boa companhia. 

Convites duplos para A Última Noite do Capitão [08.10.2017]

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Os serões de Domingo de 17 de Setembro a 17 de Dezembro no Teatro Armando Cortez são especiais! É que Filipe Crawford encontra-se em palco com A Última Noite do Capitão, um monólogo sobre a vida de Francesco Andreini, um divertido ator dos grandes palcos italianos dos finais do século XVI que acabou a sua vida esquecido e na miséria. 

Um espetáculo que não deve perder e que mostra o talento do ator de 60 anos que durante hora e meia encontra-se a solo em palco a mostrar a história de um entre tantos grandes nomes da representação que terminam afastados dos palcos e dos holofotes numa vida precária e remetida ao esquecimento. 

Como as coisas boas são para serem vistas, eis que tenho três convites duplos para vos oferecer destinados à sessão do próximo dia 8 de Outubro, pelas 21h00. 

Sinopse

O retrato da vida de Francesco Andreini, cómico dell'arte, afastado das tábuas do palco e nostálgico dos anos de glória da comédia italiana dos finais do sec. XVI. Uma carta que escreve ao seu antigo mecenas é a chave que abre o álbum de recordações dos sucessos obtidos há mais de 400 anos. Num estilo muito próximo do "Canto do Cisne" de Tchecov, e do "El Canto de la Rana" de Sinisterra, de carácter histórico, mas, neste caso, passada nos inícios do sec. XVII em Itália, utilizando as máscaras de couro da Commedia  e salvando do esquecimento monólogos exultantes e barrocos ditos pelo Capitão, recopiados do  texto original de 1619 "Le Bravure di Capitano Spavento" criando deste modo uma adaptação de um dos livros mais sugestivos da Commedia dell'arte, livro que foi motivo de inspiração, plágio e veneração, entre os comediantes desde 1600 até hoje. A encenação é austera, sem recurso à música ou a efeitos de luz, transitando entre a tragédia e a comédia, entre a alegoria e a crua realidade, num registo de teatro intimista onde sobressai o relato pungente de Andreini, e a fantasia do Capitão, personagem que, segundo Julio Vélez-Sainz, seria o gérmen inspirador de Don Quixote de Cervantes.

Este passatempo vai decorrer até às 18h00 de 06 de Outubro, Sexta-feira, e para te habilitares a um dos convites duplos só tens de:

Vencedores de Allo Allo [08-05-2016]

Allo Allo está desde o início de Março pelo Teatro Armando Cortez, em Lisboa, numa temporada que tem seguido os passos de sucesso que este espetáculo tem obtido desde que estreou em 2015. Agora e após semanas de sala cheia, eis que o público pediu um prolongamento da temporada e a Yellow Star Company concretizou, estando Allo Allo pelo menos até ao final de Maio com novas sessões disponíveis. 

Para assinalar este sucesso teatral lancei passatempo para atribuir dois convites duplos aos leitores do blog. E eis chegado o momento de revelar o nome dos vencedores que irão assistir à sessão do próximo dia 08, Domingo, pelas 18h00, de Allo Allo.

Bilhetes para Allo Allo [08-05-2016]

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O espetáculo Allo Allo, da responsabilidade da Yellow Star Company regressou a Lisboa em Março para encher a sala de espetáculos do Teatro Armando Cortez, em Carnide. Agora e após nova temporada de sucesso, eis que um prolongamento estava a ser exigido pelo público que fica assim com novas sessões disponíveis ao longo do mês de Maio. 

O Informador para assinalar este sucesso teatral tem dois bilhetes duplos para oferecer aos leitores do blog que participem, partilhem e tenham a sorte de serem os sorteados para marcar presença na sessão do próximo dia 08, Domingo, pelas 18h00, de Allo Allo. 

A Yellow Star Company e a Associação Mutualista Montepio têm o prazer de anunciar o prolongamento de temporada do Allo Allo em Lisboa.

Após o estrondoso sucesso desta comédia com 23.419 espectadores, Allo Allo irá continuar em cena no Teatro Armando Cortez em Carnide até 29 de Maio com sessões de Quinta a Sábado às 21h00 e Domingos às 18h00.

De regresso ao palco com João Didelet, Elsa Galvão, Melânia Gomes, José Carlos Pereira, Filipe Crawford, Suzana Borges, Samuel Alves, José Henrique Neto, Pedro Pernas, Luís Pacheco, Joana Câncio, Mara Prates e Samuel Alves, dão corpo e voz às personagens que animam o café francês mais mediático do momento, René, Edith, Michele, Herr Flick, Coronel, Soldado Helga, Mimi, Alberto Bartorelli, Yvette, Leclerc, General Smelling, Cabtree, Aviador e Gruber.

Este passatempo decorrerá até às 18h00 de 07 de Maio, Sábado, e para se habilitarem aos bilhetes duplos que tenho para sortear só têm de:

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Vencedora de Allo Allo [24-03-2016]

Após uma temporada de sucesso pelo Teatro da Trindade, o espectáculo Allo Allo regressou aos palcos lisboetas mas desta vez na sala do Teatro Armando Cortez para voltar a esgotar sessão após sessão. Como assisti pelo ano passado e aconselho, eis que há dias lancei passatempo com a finalidade de atribuir um convite duplo para a sessão de Quinta-feira, 24 de Maio, aos leitores do blog.

Agora que o dia para usufruir deste convite duplo está próximo, eis chegado o momento de revelar o nome do vencedor que foi seleccionado através do sistema random.org. Quem amanhã irá assistir ao Allo Allo é a Maria Celeste Bernardo que irá também ser contactada via email com a explicação do levantamento do seu bilhete duplo. 

Muito Obrigado a todos os participantes neste passatempo teatral, ficando aqui a promessa que outros surgirão dentro de dias! 

Bilhete para Allo Allo [24-03-2016]

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Após uma temporada de sucesso pelo Teatro da Trindade do espetáculo Allo Allo e de uma curta digressão nacional no início deste ano, eis que a produção da responsabilidade da Yellow Star Company está de regresso a Lisboa e com um aperitivo extra. Além de voltar com a finalidade de continuar a esgotar sessão após sessão, Allo Allo será o primeiro espetáculo com a assinatura da companhia a entrar em cena pelo Teatro Armando Cortez, em Carnide, que a partir deste mês e até pelo menos ao final do ano será da responsabilidade desta produtora que tem mantido várias salas cheias através de êxitos como A Bela e o Mostro e Boeing Boeing.

O Informador para assinalar este regresso de um sucesso teatral à nossa capital tem um bilhete duplo para oferecer a um leitor do blog que participe, partilhe e tenha a sorte de ser o sorteado para marcar presença na sessão do próximo dia 24, pelas 21h30, de Allo Allo. 

A Yellow Star Company e a Associação Mutualista Montepio têm o prazer de anunciar o regresso do Allo Allo a Lisboa.

Após o estrondoso sucesso desta comédia com 11.898 espectadores, Allo Allo irá estar em cena do Teatro Armando Cortez em Carnide a partir de 10 de Março com sessões de Quinta a Sábado às 21h00 e Domingos às 18h00.

De regresso ao palco com João Didelet, Elsa Galvão, Melânia Gomes, José Carlos Pereira, Filipe Crawford, Suzana Borges, Samuel Alves, José Henrique Neto, Pedro Pernas, Luís Pacheco, Joana Câncio, Mara Prates e Samuel Alves, dão corpo e voz às personagens que animam o café francês mais mediático do momento, René, Edith, Michele, Herr Flick, Coronel, Soldado Helga, Mimi, Alberto Bartorelli, Yvette, Leclerc, General Smelling, Cabtree, Aviador e Gruber.

Este passatempo decorrerá até às 19h00 de 23 de Março, Quarta-feira, e para se habilitarem ao bilhete duplo que tenho para sortear só têm de:

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Bilhetes para Allo Allo (19-11-2015)

Estreado recentemente pelo Teatro da Trindade, Allo Allo é o espetáculo que recorda a hilariante série televisiva de outros tempos. Para reviver ou conhecer, como foi o meu caso, a Yellow Star Company produz agora este Allo Allo onde nos transporta até um café central em França onde tudo e mais alguma coisa vai acontecendo com René, personagem de João Didelet, no centro da acção. Retratando os tempos de guerra, França encontra-se a ferro e fogo, no entanto o que preocupa René e todos os envolvidos na acção é a Madona Caída com Grandes Mamas. O que é isto? Uma tela que todos querem mas que só uma das pessoas sabe do seu paradeiro! Ao longo de praticamente duas horas o público é convidado a assistir a tudo o que vai acontecendo entre as forças alemãs e britânicas onde nem os oficiais britânicos escondidos na adega do café, duas empregas loucas e uma mulher supostamente vistosa marcam presença. Para ver pelo Teatro da Trindade até 27 de Dezembro, de Quarta a Sábado pelas 21h30 e ao Domingo pelas 18h00. 

E como gosto de partilhar com todos o que de bom se faz pelos palcos nacionais, eis que tenho seis convites duplos de Allo Allo para oferecer da sessão do próximo dia 19, Quinta-feira!

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A acção passa-se durante a ocupação alemã no decorrer da II Grande Guerra Mundial, no Café René, que está, a partir de agora, novamente aberto!

O café vai ficar cheio de alemães para com quem René tem de ser... simpático, depois chega a sua mulher com quem René tem de ser também... simpático, depois as suas empregadas de mesa, Mimi e Yvette com quem René… gosta de ser simpático, principalmente quando a mulher não está por perto. No piso de cima está a sogra de René com quem ninguém gosta de ser simpático.

Um café bastante normal no tempo de guerra em França, podem vocês achar.

Mas não se deixem enganar. Na adega do café estão escondidos dois oficias britânicos, aviadores. Se os Alemães os descobrem... René será fuzilado!

Na cozinha está pendurada uma salsicha alemã em decomposição, que contém o retrato valiosíssimo da Madona Caída com Grandes Mamas, executado pelo grande mestre pintor de grandes peitos Van Klomp. Está escondida para os alemães, mas, se a Resistência descobre... René será fuzilado!

E, se a mulher descobre que René tem um caso com a Mimi, será fuzilado! E se a Mimi descobre que René tem um caso com a Yvette ela fuzila-o, assim como o fará a Yvette se souber do caso com a Mimi.

A esperança de vida de René é praticamente a mesma de alguém que já está morto. Mas não vai ficar por aqui... ainda muitas coisas vão acontecer... Talvez até o próprio Hitler apareça... Tudo por causa de uma Madona Caída com Grandes Mamas!

Produção: Yellow Star Company

De: Jeremy Lloyd e David Croft

Encenação: Paulo Sousa Costa e João Didelet

Elenco: João Didelet, Elsa Galvão, Sissi Martins, Ruben Madureira, José Henrique Neto, Melânia Gomes, Pedro Pernas, Suzana Borges, Oceana Basílio, José Carlos Pereira, Filipe Crawford e Luis Pacheco

Este passatempo decorrerá até às 19h00 de 18 de Novembro, Quarta-feira, e para se habilitarem a um dos bilhetes duplos que tenho para sortear só têm de:

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Allo Allo

A estreia de Allo Allo encheu a sala do Teatro da Trindade, não fosse esta produção assinada pela Yellow Star Company que tem vindo a mostrar boa qualidade nos seus lançamentos que depois ficam em palco meses, voltando e andando em tournée pelo país. Desta vez poderá não ser excepção se existirem pelas próximas sessões algumas alterações para com a forma como a apresentação de Allo Allo é feita junto do público!

Não digo que não gostei porque isso não seria a verdade, porém ao longo do espetáculo percebi que existem vários momentos talvez desnecessários onde se percebe que a intenção é levar o público ao riso, o que acaba por não acontecer. Certo que numa estreia nem sempre as coisas correm pelo melhor, existindo a partir daí um trabalho a ser feito para se conseguir chegar o espetáculo a quem se senta pela plateia da sala, percebendo onde se poderá puxar pelo texto e performance e onde se poderão anular algumas cenas. Acredito que isso será feito com Allo Allo que daqui a uma ou duas semanas já deverá conter um outro desenrolar de cena para cena que agradará a quem entrar na sala principal do Teatro da Trindade para reviver o sucesso televisivo da série de outros tempos! 

Um elenco do melhor onde João Didelet protagoniza e encena ao lado de Paulo Sousa Costa este espetáculo que tem pernas para andar, mostrando o nervosismo instalado no café de René, situado num dos locais centrais em França em tempos de guerra. Com oficiais britânicos escondidos, uma mulher que adora ser glamorosa, duas empregadas hilariantes e os alemães sempre atentos a cada passo fora do esquema, no café de René a tensão está sempre presente, com um entra e saí. Afinal Hitler está a caminho e é necessário estar bem ciente disso, existindo uma peça, a Madona Caída de Grandes Mamas para ser entregue ao poder! Onde anda então essa peça de arte no meio de tanto alarido? Na salsicha senhores, na salsicha! Ou será que não?

Hoje é dia de... Allo Allo

Acredito que Allo Allo seja a estreia teatral do final de ano! A Yellow Star Company tem assinado diversos sucessos pelos últimos anos, como é o caso de Boeing Boeing, Casado à Força e A Bela e o Monstro e este novo espetáculo deverá estar tão bom ou melhor ainda que as produções que têm sido apresentadas. Hoje, 11 de Novembro, estreia este Allo Allo pelo Teatro da Trindade, onde marcarei presença para assistir e logo que possível opinar sobre este recente espetáculo que ficará até ao final do ano em cena por Lisboa e deverá contar também com uma viagem pelo país logo no início de 2016 como todos os produtos teatrais de sucesso da produtora!

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A acção passa-se durante a ocupação alemã no decorrer da II Grande Guerra Mundial, no Café René, que está, a partir de agora, novamente aberto!

O café vai ficar cheio de alemães para com quem René tem de ser... simpático, depois chega a sua mulher com quem René tem de ser também... simpático, depois as suas empregadas de mesa, Mimi e Yvette com quem René… gosta de ser simpático, principalmente quando a mulher não está por perto. No piso de cima está a sogra de René com quem ninguém gosta de ser simpático.

Um café bastante normal no tempo de guerra em França, podem vocês achar.

Mas não se deixem enganar. Na adega do café estão escondidos dois oficias britânicos, aviadores. Se os Alemães os descobrem... René será fuzilado!

A Noite

A noiteParticipei num passatempo do site Propagandista Social e fui um dos vencedores para ir até ao Teatro da Trindade, Lisboa, ver a peça A Noite. Claro que como apreciador de boa representação não podia deixar de ir e confesso que no início comecei por pensar que estava perante uma desilusão, no fim sai satisfeito com um bom trabalho de produção, atores e encenação.

Com Fábio Alves, Filipe Crawford, Joana Santos, João Lagarto, Paulo Pires, Pedro Lima, Samuel Alves, Sofia Sá da Bandeira e Vítor Norte em palco, José Saramago volta a ter destaque no teatro com o primeiro trabalho que escreveu para ser representado. Com uma redacção de jornal como fano de fundo na noite da revolução, todo o mote está dado para um desenrolar de emoções, intrigas e desentendimentos entre jornalistas de direita e esquerda, direcção e estagiários, colocando a guerra entre a verdade e a ofensa em riste. Na noite em que tudo mudou no país, os profissionais do mundo do jornalismo foram chamados ao trabalho porque no dia seguinte era necessário lançar as novas ao país e ao mundo e isso aconteceu, embora bem diferente do que muitos quiseram depois mostrar. Os defensores dos derrotados não quiseram acreditar e tal como em tribunal, tiveram que mostrar aos outros a razão que tanto contrariavam, a verdadeira notícia de que o poder tinha caído em busca da liberdade. 

Com o diretor excelentemente interpretado por João Lagarto e através do chefe de redacção, Vítor Norte, que se deixa guiar pelo poder político, a redacção entrou em polvorosa porque se uns estavam de um lado da barricada, os mais novos e os que acreditavam na mudança revoltaram-se e mesmo uma estagiária, Joana Santos, que podia ter um outro nível de interpretação, conseguiu destacar-se, mostrando os seus ideais do verdadeiro jornalismo, sem censura e medos. Fábio Alves, Filipe Crawford, Paulo Pires, Pedro Lima e Samuel Alves com excelentes representações, já no que toca a Sofia Sá da Bandeira, algo parece ter ficado por fazer.

Um trabalho bem encadeado que leva o espetador até ao seu intervalo com calma e sem grandes alaridos, deixando tudo preparado para o grande clímax da segunda parte que se desenrolou até ao final do espetáculo com o senhor diretor com o receio do que as mudanças no país lhe podiam fazer devido à luta do passado a favor de uma ditadura com muitas palavras curtadas.

Um espetáculo que vale a pena ver!

De 7 de novembro a 29 de dezempbro5ª a sábado às 21h30 | Domingo às 18h00 

Por ocasião do 15º aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, 1998-2013Primeiro texto (1979) de Saramago para Teatro.

Todos faremos jornais um dia(autor desconhecido)

O ato passa-se na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974.Qualquer semelhança com personagens da vida real e seus ditos e feitos é pura coincidência. Evidentemente.(José Saramago) 

Na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 de Abril de 1974, a rotina vai ser interrompida pela discussão entre o Redator da Província, Manuel Torres, um jornalista de alma e coração que defende a verdade jornalística acima de qualquer outro interesse, com o seu Chefe da Redação, Abílio Valadares, homem submisso ao poder politico, que aceita a cen­sura aos textos do jornal sem questionar e que conta com o apoio incondi­cional de Máximo Redondo, o diretor do jornal.

Manuel Torres, que não tolera a ideia do jornal ser constantemente mani­pulado por terceiros, esta em constante luta ideológica com a chefia do jornal. Torres é um idealista que vai lutar para que a verdade volte as páginas do "seu" jornal e terá como aliados Claúdia, uma jovem estagiária, e Jerónimo, o linotipista, chefe do turno da noite.

O conflito ganha uma dimensão ainda mais dramática quando surge na redação o boato de que poderá estar a acontecer uma revolução na rua. O Chefe de Redação proíbe que se publique qualquer notícia sobre o tema.

A agitação e o nervosismo crescem no seio do jornal, com Torres e Jerónimo a exigirem que se confirme a veracidade dos factos e que os mes­mos sejam notícia de primeira página no dia seguinte.

Do outro lado da "barricada", o Diretor e o Chefe de Redação tudo fazem para desvalorizar a alegada convulsão social, na certeza de que não irão imprimir notícia alguma, nem que para isso tenham de alegar uma avaria nas máquinas dos linotipistas.

Está instalada uma micro­revolução dentro da redação do jornal. A incer­teza cresce até que se consiga provar o que poderá estar a acontecer na rua. Mas mesmo depois de provados os factos, qual será a verdade que irá vencer? Haverá alguma notícia na primeira página da edição do dia seguinte?

Ao longo de toda a ação, o contínuo do jornal, Faustino, que sabe mais do que aparenta e tenta manter uma atitude neutra, vai desconstruir alguns dos conflitos vividos na redação. Faustino é coxo de nascença e o seu andar atípico, que lhe dificulta a atarefada profissão de contínuo, visa ironizar sobre o estado do país e a velocidade com que o mesmo avança. Faustino simboliza o "Zé povinho". Gosta quando o Torres o chama de Fastino que, segundo diz, era a sua alcunha quando "jogava futebol", por ser muito rápido... 

Com: Fábio Alves, Filipe Crawford, Joana Santos, João Lagarto, Paulo Pires, Pedro Lima, Samuel Alves, Sofia Sá da Bandeira e Vítor Norte

Adaptação: Paulo Sousa CostaEncenação: José Carlos GarciaDireção musical: Paulo BrandãoProdução: Yellow Star CompanyClassificação: M/12

Patrocínio: MontepioParceiro institucional: Fundação José Saramago