Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Boa acção... Telemóvel encontrado!

Num bar vilafranquense encontrei um telemóvel com alguma qualidade na casa-de-banho. Como todos fazem e não admitem nestes casos, por uns micro segundos pensei em colocá-lo ao bolso, pagar a despesa e sair como se nada fosse e com um telemóvel novo para mim mas já em segunda mão. No entanto, e como não consigo ficar com as coisas alheias, a boa acção aconteceu!

Saí do wc, dirige-me ao balcão, entreguei o aparelho ao dono do bar que já sabia a quem pertencia. Telemóvel entregue ao seu devido proprietário, esperei por um obrigado do mesmo, mas nada disso aconteceu, a não ser um agradecimento do dono do estabelecimento que me agradeceu em vez de quem o devia ter feito.

A boa acção foi feita, mas se soubesse que não ia ter uma palavra simpática daquela pessoa e se tivesse num local que não frequento com tanta assiduidade talvez me mantivesse calado, deixando o café mais cedo do que o previsto e com algo comigo, pelo menos era o merecido pela atitude antipática e imprevisível.

Fiz o bem e fico feliz por isso, embora não recompensado!

Luar do Bairro Alto

Lua Bairro AltoUma noite bem passada na companhia dos amigos pode acontecer em qualquer lado, mas desde que descobri a magia das diferenças do Bairro Alto, em Lisboa, que não dispenso em por lá passar sempre que posso. Aquelas ruas de calçada são outra coisa quando de copo na mão se podem contar histórias e ver passar a banda da vida de todos nós. Neste dia, a lua estava mesmo por cima dos nossos pensamentos com o seu olhar mágico quando a noite estava ainda uma criança!

A dois ou em grupo, percorrer as ruas do Bairro Alto nos serões de fim-de-semana é diferente e não consigo explicar a diferença que aquele espaço lisboeta tem dos restantes porque a sua magia só pode ser adquirida através da presença e não com explicações que não conseguem mostrar a verdadeira identidade do local.

Quando por lá fui pela primeira vez, odiei, mas o tempo apresentou-me o outro lado daquele bairro tão conhecido pelas suas ruas que se enchem na noite para receberem os clientes habituais e as visitas, as que não são da capital e mesmo as internacionais. O Bairro Alto é o espaço ao ar livre da noite lisboeta mais conhecido além fronteiras e tudo isso tem um motivo, o seu multi ambiente com uma diversidade sem igual.

O luar do Bairro Alto neste serão conquistou-me e não o pude deixar fugir. Obrigado à lua e aos meus pequenos póneis por me fazerem companhia!

As saídas com os meus amigos

Posso ir para a noite com meio mundo, mas com quem me divirto mesmo em ruas, bares e discotecas deste país é com os meus verdadeiros amigos, os de anos, e quando estamos juntos não nos conseguimos controlar e é sempre a abanar o ambiente onde parece que só nós marcamos presença. 

As saídas noturna com os meus amigos são sempre assim! Começamos na brincadeira, mas calminhos, mas depois e mesmo que não se beba, a loucura ataca-nos e parecemos que estamos possuídos. Sabemos que isto só acontece porque adoramos saber que estamos com as pessoas de quem gostamos e não dispensamos das nossas vidas. Somos amigos há anos e isso vai continuar a ser assim. Percebemos que é juntos que nos sentimos bem, que nos sentimos como se fossemos loucos e como se tudo o resto ficasse para trás das costas.

Por vezes as pessoas devem achar que somos malucos e que andamos com algum transtorno ou assim, mas não conseguimos ser normais quando estamos perto uns dos outros. Sempre na brincadeira, bem-dispostos e danados para brilhar nas luzes foscas que só brilham com a presença das estrelas. Eu sou a estrela deles e eles as minhas! Adoro-os pelo que são e porque me aturam à tanto tempo e sei que estão dispostos a redobrarem por muito mais tempo este estado, tal como eu!

Um espaço que não segura ninguém

Abriu para aí há cinco anos, só que não sei o que se passa, nenhum dos seus exploradores por lá pára, andando sempre a mudar de gerência. Estou a falar de um café/bar que por aqui existe.

É um facto, todos os outros se aguentam com as mesmas pessoas anos e anos, mas aquele não. Pegam, exploram por uns meses, mas depois algo acontece e voltam a mudar os rostos que lá estão. Muda o nome, a gerência, os empregados e o hábito. O que será que se passa dentro daquele local para tal acontecer?

Desde que abriu pela primeira vez já deve de ir para aí na sexta ou sétima equipa que o tenta levantar. Aquela Tasca roda e roda e torna a girar. É certo que cada vez que reabre existe grande afluência e vontade de mostrar trabalho de quem tomou a iniciativa, mas pouco tempo depois tudo desfalece e volta a fechar de um dia para o outro. Será do local? Não me parece! Será das pessoas que lá vão? Talvez! Será da má orientação de quem tenta? Acredito!

Confesso que nunca por lá andei, não tendo lá entrado nenhuma vez, mas por aqui já se comenta que quem agora pegou também não vai resistir por muito tempo. A média deve andar nos seis meses, vamos lá ver quanto tempo estes vão conseguir lá estar.

Noitadas já não são para mim!

Realmente a idade pesa e eu já noto esse peso sobre mim! Há uns anos atrás tudo era bonito, tudo era colorido e feito sem pressas e pensamentos de que «já está a ficar tarde». Agora é o contrário, quando o relógio começa a aproximar-se de uma determinada hora, começo a apagar e a apelar por chegar à minha boa cama.

Aos vinte e seis anos já me sinto a ficar velho no que toca a saídas! Já não sou mais um adolescente que consegue estar até ao outro dia de manhã a dançar! Já não consigo segurar os olhos abertos assim tanto tempo se o sono começar a aparecer! Já não consigo mostrar que estou bem quando só penso em ir dormir. Já não tenho a idade de que tudo pode acontecer e onde tudo é feito com coragem e com radicalidade. 

Com o avançar da idade sinto cada vez mais a falta de paciência e genica para me aguentar à bomboca de fazer grandes noitadas e de me divertir pelo mundo da dança noturna ao longo de várias horas. Tenho vindo a preferir resguardar-me das grandes saídas porque sei que não me aguento como em outros tempos e depois só começo a pensar que quero ir embora porque já estou farto e cansado.

O avançar da idade é tramado em todos os níveis! Na parte das saídas já me começo a ressentir e cada vez mais... Como se retarda o avançar dos anos sobre nós?!