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O Informador

Atypical | T4 | Temporada final

Netflix

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Atypical chegou à quarta temporada e o seu final foi anunciado de forma antecipada, dando a Robia Rashid, a criadora da série, a possibilidade de criar um final digno e capacitado para dar ao público o merecido, não dando um término em suspenso. Desenvolvida de início perante a premissa do autismo, Atypical desenvolveu-se ao longo das quatro temporadas de forma simples e sensível, mostrando o dia-a-dia de Sam, Keir Gilchrist, entre a família e amigos, sempre dando destaque à sua obsessão com pinguins, fazendo com que queira viajar para a Antártica. 

Perante uma história com níveis de sensibilidade e com temas que não chamam as grandes massas, Atypical é mais uma daquelas séries que atrai quem vê e quer continuar a ver e que mesmo sendo de menores orçamentos que as produções mais caras da plataforma que enchem os tops com temporadas de mais do mesmo e que vão sendo renovadas ano após ano para fazer render o que por vezes não acrescenta nada, acabou por ver pela quarta temporada um final anunciado quem sabe por debater questões delicadas da vida comum, mostrando que, tal como outras séries canceladas, nem sempre o sistema Netflix vai de encontro ao que tanto defende sobre a diversidade de argumentos, provando cada vez mais que o diferente fica para trás para servir mais do mesmo vezes sem fim e com repetições de argumento ao longo de várias temporadas.

Atypical foi sempre levada a sério pelos seus criadores, tendo conseguindo desenvolver uma boa história e capacidade de renovação, dando história a todos os personagens e valorizando em determinados episódios determinadas situações para que outros tivessem destaque na trama. Nesta última temporada as histórias circularam, os finais foram acontecendo, os desenvolvimentos tinham tudo para dar certo se existisse continuação mas tudo teve de terminar, ficando pontas soltas que enquanto imaginativo consegui dar uma sequência positiva por perceber a proximidade entre personagens e a ligação criada entre uns e outros. Esta é daquelas séries que começou, alcançou o público mas depois não se viu apoiada pelas escolhas, talvez por não existirem cenas de sexo abundante, nudismo, crimes e afins, o que tem dado os primeiros lugares entre os mais vistos a outras produções mais caras mas que começam a provar que seguem o mesmo lote básico criativo do é isto e aquilo e assim teremos sucesso e veremos a renovação acontecer. Isto não é o correto, mas o mercado audiovisual segue sempre a mesma linha perante as vendas e pouco existe a fazer para alterar a situação.

 

Lupin | T2 | Reticências a mais...

Netflix

Lupin parte 2

A série Lupin, protagonizada por Omar Sy, no papel de Assane Diop, ganhou segunda temporada após o sucesso alcançado com a primeira fornada de episódios. No entanto após o bom impacto que o início me transmitiu, desta vez fiquei um pouco reticente perante os desenvolvimentos que foram acontecendo, perdendo o interesse pelas aventuras e corridas deste ladrão de casaca moderno pelas avenidas e edifícios mais célebres de Paris. 

Nesta segunda parte da série Lupin o processo entre gato e rato continua, tal como já vinha a acontecer por ser a base da história, no entanto o enredo criado não me conseguiu cativar, sentindo que levei este conjunto de episódios de arrasto sem a motivação inicial por já não existir a novidade, sabendo de antemão que seria desde logo mais do mesmo e que o final estaria dentro do que aconteceu. 

Dando a volta à situação e lutando para ter a família do seu lado sem os prejudicar e correr o risco de os perder para sempre, Assane vê a sua identidade ser exposta, passando a ser um rosto visível na perseguição. Sem falhar e usando os seus incansáveis disfarces e capacidade de dar a volta a qualquer situação, o objetivo continua a ser o da vingança sobre Hubert Pellegrini, Hervé Pierre, por este ter elaborado um esquema para prender o pai de Assane quando o mesmo era ainda um jovem adolescente. Na corrida entre o tudo ou nada, o ritmo continua a ser bom, a ideia de que a fuga pode não acontecer existe mas, tal como disse anteriormente, o final parece sempre mais que antecipado, não tendo sentido a energia necessária de forma a ficar cativado para pegar e levar todos os episódios em maratona.

Perfeitos Desconhecidos | Força de Produção

Teatro Maria Matos

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Pensas que conheces o teu parceiro e os teus amigos de tão próximos que são mas se fores ao Teatro Maria Matos ver Perfeitos Desconhecidos percebes rapidamente que podes desconfiar que afinal o que sabes e suspeitas nem sempre vai de encontro à verdade que está no outro. 

Num jantar de amigos, em noite de eclipse lunar, a anfitriã propõe um jogo que desde logo promete celebrizar a frase musical, «vai dar merda, vai dar merda», ao longo da noite. Os telemóveis são deixados sobre a mesa, desbloqueados, com som e todas as chamadas serão atendidas em alta voz, mensagens e emails lidos, notificações mostradas e eis que tudo começa até de forma pacífica até que os segredos de uns e as omissões ou os mal entendidos de outros surgem e o que prometia ser um bom momento entre amigos acaba por terminar num círculo vicioso de decadência entre pessoas que se gostam e que percebem que afinal não se conhecem assim tão bem para se considerarem amigos. 

Com Sara Barradas e Filipe Vargas como anfitriões do jantar que conta com as personagens de Carla Maciel, Cláudia Semedo, Jorge Mourato, Martinho Silva e Samuel Alves, Perfeitos Desconhecidos é daqueles espetáculos onde dá para rir, por vezes por se perceber que talvez lá em casa seja assim mesmo que as coisas acontecem, ou até para deixar a lágrima no canto do olho quando a verdade sobre a sugestão deste jogo surge e se percebe que a mesma nem devia ter acontecido. 

Um bom espetáculo com um excelente elenco e boa capacidade para não existirem momentos mortos ao longo de quase duas horas de sessão. Com recurso a vídeo para se conseguir perceber quem está do outro lado do telemóvel, tal como o que é dito, de que forma e as imagens enviadas, estes Perfeitos Desconhecidos têm todos os condimentos necessários para agarrar desde o início o público que se deixar conduzir para a sala por procurar um bom produto de entretenimento teatral. 

Friso que o Teatro Maria Matos e a Força de Produção mantém todos os cuidados de distanciamento e higiene, sendo até esta sala lisboeta uma das melhores para o momento que travessamos, uma vez que as fileiras são distantes entre si, os lugares estão marcados com separação e quem fica atrás ou à frente fica com uma boa distância de segurança. 

 

Elite 4 | Remexeu e abusou...

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E eis que na quarta temporada Elite continua com várias personagens já conhecidas mas ganha um novo fôlego com a chegada de um novo diretor e a sua família de três filhos ao colégio, Ari, Mencía e Patrick e também do príncipe Phillipe, estando estes quatro jovens destinados a mexer com as restantes personagens que transitaram do passado. Numa temporada que parece remexer no que já foi feito para dar de novo quase a mesma história com novos rostos, a nova fornada da série espanhola foi notoriamente realizada para colocar o público a comentar. Bastantes cenas de sexo, destruição pessoal e conflitos são a base da série juvenil que continua a fazer as delícias dos tops mundiais da Netflix. 

Numa junção entre o romance e as traições com bastantes cenas de nudez e onde os crimes e os interessem ganham destaque, a quarta temporada de Elite reúne em oito episódios um núcleo de personagens que demonstram que é em torno do sexo que tudo se pode resolver para se atingirem fins. Com atores com idades um pouco acima dos 20 anos mas a darem vida a personagens de 18, como tem vindo a ser hábito nas séries do género para facilitar todo o processo legal e ao mesmo tempo mostrar corpos definidos, Elite continua a trazer consigo a ousadia inserida no luxo, em vidas que parecem perfeitas mas que ao mesmo tempo escondem grandes problemas. Nesta temporada especifica olho para o enredo criado por Carlos Montero e Dario Madrona como que a percorrer um caminho paralelo do que pode ser considerado porno, mostrando demais e criando demasiadas cenas em determinados episódios em que parece que todos seguem as mesmas leis, levando a que as cenas sexuais surjam em demasia em tão poucos minutos seguidos, o que pode não correr bem no futuro junto da ideia de que "o que é demais enjoa".

Depois e falando da história rotativa que pode acabar por cansar por prender personagens e ao mesmo tempo apresentar novos núcleos como substituição. Elite parece ser daquelas produções que ao servirem poucos episódios por temporada acaba por não cansar, no entanto ao final de quatro temporada os mais atentos conseguem perceber que determinadas personagens estão rotuladas para seguirem um caminho sempre mais do mesmo. Os que se apaixonam e são usados, os traidores, os vadios e os problemáticos, sem querer falar nos conquistadores, os que estão sempre prontos para se meterem entre casais formados, os mal feitores e os vingadores. 

Criativos TVI em falha

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Cristina chegou no ano passado ao canal de onde não devia ter saído e que ajudou a derrubar para voltar para o salvar. Praticamente um ano depois apresentou apostas, subiu determinados horários mas não conseguiu o que pretendia, assumir a liderança que foi tirada com a ajuda da própria apresentadora quando se mudou para a concorrência. Falhas foram cometidas, apostas certeiras e outras completamente ao lado, desgaste de formatos onde alteraram nomes, cenários e apresentadores mas as ideias, formas de fazer e equipa continuam a funcionar da mesma forma e um ponto que volto a destacar negativamente no canal e que parece que ninguém consegue olhar para essa área com capacidade de apontar dedos e fazer mudar.

Onde anda uma boa e forte promoção aos produtos do canal? Onde anda a equipa responsável pelo departamento criativo do universo TVI que falha há anos e nenhuma direção que tenha passado pelo canal tem conseguido arrumar a situação para que percebam que falta fazer diferente. Não sabem promover e deixam tudo para ser falado e mostrado nos intervalos sobre estreias e especiais praticamente para a véspera, como se o público só visse o canal e bastasse ver um anúncio uma única vez para saberem que um determinado programa está prestes a estrear. Onde andam as mini promos de segundos a anunciarem uma cena do episódio da novela da noite? Onde estão os apresentadores dos talk shows a falarem sobre os próximos convidados de forma apelativa e com essas micro promos a passarem nos intervalos sem realizarem anúncios gerais como se quisessem dizer vejam o programa porque vale a pena? Os rodapés não funcionam só por si, sendo necessário colocar imagens nas laterais do ecrã ao longo dos programas para chamar o telespetador para o que vem mais tarde ou nos dias seguintes. É necessário a equipa criativa funcionar em boas condições porque não basta estrear formatos que podem ter potencial se depois mal são promovidos e o canal até mostra algum desmérito por determinadas apostas que parece que querem ver fracassadas logo à partida. 

Cristina como diretora pode estar a cometer falhas e não digo que não porque algumas apostas são mais do mesmo e não trouxeram nada de novo, mas se também estão em espera que o público adivinhe que determinados convidados chamativos vão aparecer sem os fazerem anunciar também estão muito bem enganados. Neste momento é necessário arriscar, saber promover intensamente, mostrar uma imagem de equipa e não de membros que parecem divididos por escalões a remarem pela sua sobrevivência, e fazer diferente, mostrar o mesmo mas com outro embrulho e não seguir as linhas do que é feito do outro lado. 

Quem Matou Sara? | T2 | Netflix

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Se a primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu de início, já a segunda fornada de episódios deixou logo no primeiro capítulo algo a desejar por se perceber que de um momento para o outro existiu a necessidade de se incluirem novas e relevantes personagens que nem haviam sido mencionadas nos primeiros dez episódios, além de que a procura de encontrarem novos mistérios foi necessária para que conseguissem prender o público para além do "quem matou" inicial.

Nesta segunda temporada da série mexicana os mistérios adensam-se e o cruzamento entre personagens, tempos e locais existe, continuando a mostrar o presente com base nas memórias do passado para justificar o que poderá ter acontecido. Mas como é que essas memórias se alteram com a chegada de novas personagens que nem circulam pelas redondezas logo de início e parecem agora ser fulcrais para o desenrolar de todo o mistério? Se na primeira temporada andaram para trás e para a frente para deixar todo o final em aberto, desta vez o que se pode dizer é que aconteceu o mesmo e no último episódio, quando quase tudo o que diz respeito à premissa inicial parece estar esclarecido, eis que a reviravolta acontece, mas não posso falar muito sobre essas cenas para não levantar spoiler a quem ainda não viu. 

Quem Matou Sara? | Netflix

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A primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu-me do início ao fim. Vendo a série numa busca constante sobre o real assassino por detrás da morte de Sara, a série mexicana consegue prender por dando várias pistas ao longo dos episódios sobre os possíveis homicidas dentro do grupo mais próximo da jovem. 

Percorrendo os momentos antes do acidente que levou à morte e o presente com a procura da verdade uns anos depois por parte do irmão de Sara, Alex, incriminado pelo crime que não cometeu, a velha questão de sucesso do quem matou é realçada no bom cruzamento entre o passado e o presente, mostrando que a história se pode voltar a repetir mesmo quando se está prestes a perceber quem esteve por detrás do acidente fatal. Afinal de contas quem tem mais a perder se a verdade for descoberta? Que segredos esconde cada um nos tempos atuais sobre o que já passou? Quem estava próximo de quem? Quem temia a verdade? Que omissões eram necessárias para manter o secretismo? 

Afinal o All Together Now...

Cristina Ferreira All Together Now

Afinal alterei a minha opinião sobre o All Together Now, de Cristina Ferreira, após três galas exibidas. Quando estreou partilhei por aqui a minha opinião sobre a adaptação do formato de sucesso internacional em Portugal e não vi esta aposta com bons olhos por não ter encontrado um produto com capacidade para conquistar o público e ver um programa de hora e meia muito semelhante ao que já foi feito por cá dentro do estilo, primando somente pela diferença dos cem jurados. Hoje, e com três galas exibidas, posso dizer que tenho outra opinião sobre o All Together Now.

É mesmo isso, a primeira gala achei fraca e pouco emotiva mas na semana seguinte do início ao fim a produção subiu de nível, aumentando os cuidados de imagem e mesmo a duração do episódio, acabando por puxar bem mais pela emoção em estúdio, levando o público a conhecer um pouco melhor cada concorrente e os mesmos acabando por serem surpreendidos em palco, dando outra imagem junto dos jurados e de quem estava em casa a assistir. Esta segunda noite de Cristina Ferreira conseguiu puxar pela lágrima, ficando os espetadores a torcer pelos seus concorrentes, não existindo margem para a maioria continuarem em jogo, sendo um desafio até ao final para se perceber quem passava e quem ficava injustamente pelo caminho. 

 

 

A estreia de All Together Now

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Cristina Ferreira regressou à TVI a meio de 2020 e antes do final do ano anunciou o que parecia mais um programa de talentos musicais, o sucesso internacional All Together Now estava assim a caminho de Portugal, gerando desde então muitas criticas por surgir em época de pandemia e envolver cem jurados e uma vasta equipa de produção. 

A diretora e apresentadora não se deixou levar, como sempre, pelo comentários e avançou mesmo, com todas as regras de segurança, com o formato e neste início de Março a estreia aconteceu e o que me parecia ser mais um talent show que tinha a diferença de conter muitos mais jurados que o habitual, afinal acabou por surpreender.

A estreia aconteceu, durante somente hora e meia sem intervalo, e toda a produção desta aposta está de parabéns. Primeiramente a apresentação de Cristina Ferreira merece todos os aplausos por ser o regresso da apresentadora ao horário nobre no canal que sempre foi o seu e num programa estrelado. Cristina brilhou na estreia por si mas sem cair nos exageros e sem ter grande destaque no formato, estando até bastante recatada para o que já fez no passado, sem tirar o brilho aos jurados e concorrentes, apresentando-se de forma bem pausada e fugindo até um pouco do seu registo habitual, o que é de salientar. No que toca ao embrulho que foi feito, a produção conseguiu captar os melhores momentos em palco e muitas das emoções dos jurados ao longo das horas de gravações que foram assim reduzidas a noventa minutos num episódio de estreia emotivo, emocionante e onde senti também os nervos de ver boas performances a terem de deixar a competição por só existir lugar para dois participantes para a passagem para a semi-final.

Este tem de passar, aquele não devia ser deixado para trás, será que esta faz mais pontos que a que está no pódio? Assim foi passado o tempo enquanto o All Together Now esteve no ar, com os três lugares com maior pontuação a serem ocupados e substituídos ao longo das atuações e com pelo menos dois concorrentes de que gostei a não passarem, mas só havia mesmo lugar para dois.

As Inseparáveis | T1 | Amizade

Netflix

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Em mês de Dia dos Namorados, a Netflix lançou a série As Inseparáveis, mostrando que o amor pode ser demonstrado de diferentes formas, e nesta produção a amizade que une Kate e Tully ultrapassa tudo e todos, já que nada as detém quando estão juntas.

Baseada na obra literária de Kristin Hannah e sem recorrer ao romantismo base de muitas séries que andam por aí mas também sem dramatizar demasiado, esta autêntica celebração da amizade é focada em duas mulheres que se conhecem na adolescência e continuam juntas aos quarenta. Numa ligação que começa quando Tully se vê obrigada a mudar-se para Firefly Lane, onde tem como vizinhos a família de Kate, com quem aos poucos faz amizade. A partir dai as duas adolescentes não mais se largaram. Numa viagem ao longo de trinta anos, conhecemos o bom e o mau de ambas, do apoio para as birras pelos objetivos em comum mas com etapas a serem vividas de forma diferente mas sem qualquer distanciamento entre as duas. Dos romances e relações falhadas, as conquistas profissionais e as frustrações, a solidão e a maternidade, num desfiar de emoções que vão sendo partilhadas e comentadas dentro do que a real amizade simboliza. 

Sendo contada ao longo de dez episódios por quatro tempos distintos, muito bem percetíveis entre si, As Inseparáveis contam com Sarah Chalke no papel de Kate, a minha preferida das duas, e Katherine Heigl, de Anatomia de Grey, desta vez no papel de Tully. Se a primeira, Kate, procura estabilidade e parece ser focada e dedicada ao que a faz feliz, não dando passos rápidos, sendo vista de forma inicial como a nerd de serviço, já a segunda, Tully, é a querida amiga louca, sem muito questionar, muito derivado a um passado de altos e baixos e sem um equilíbrio familiar.