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O Informador

Big Brother Famosos em 2022

Big Brother Famosos

A mês e meio da final da edição 2021 do Big Brother, a TVI anuncia que no início de 2022 será uma nova edição do Big Brother Famosos a surgir nos ecrãs dos portugueses. Recuperando a ideia de colocar famosos dentro de uma casa, a direção do canal decidiu que no próximo ano serão rostos já conhecidos do público a ficarem isolados, ou quase, para se darem a conhecer no que já foi apelidado em tempos pelo jogo da vida real.

Após três edições com famosos bem sucedidas em 2002 e 2013, o canal voltará agora a apostar nesta versão do reality show, prometendo, segundo o primeiro vídeo promocional muitas novidades, com concorrentes que vão surpreender a entrarem no desafio. A questão que coloco é só uma... Existem verdadeiros famosos a quererem entrar neste jogo após verem tudo o que tem acontecido com as polémicas nas edições com anónimos nos últimos anos?

Programas chorados

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Ontem cheguei mais cedo a casa e fiquei pela cozinha para lanchar e acabei, como habitualmente acontece cá por casa, por ver uma parte do programa de Manuel Luís Goucha e se percebi que os formatos oferecidos pelos canais generalistas do nosso país são feitos para o público chorar, como me aconteceu, também refleti se não existe hipótese de testarem formatos mais dinâmicos e bem dispostos naquele horário, sem terem de alterar os apresentadores que são mais do que multifacetados.

Não estaremos todos nós já cansados do dia de trabalho e muitas vezes do que nos rodeia para ainda existirem estes programas de vida onde a tristeza, a doença e a morte são debatidos dia após dia com histórias de sofrimento que prometem ser um exemplo mas que só ajudam a entristecer ainda mais quem está no aconchego do seu lar, muito vezes a sofrer de solidão e com alguns problemas bem semelhantes ao que estão a ser relatados no ecrã?

É necessário criar entusiasmo, não esquecendo que o peso da vida existe, mas será necessário estar durante os dias de semana, em dois canais em simultâneo a transmitirem autênticos casos de vidas recheadas de drama e negativismo? Tanto que pode ser transmitido e tanto por fazer em televisão e as direções que estão na frente dos canais neste momento optam por darem mais do mesmo ao público em detrimento da diversidade onde podem colocar temas pesados intercalados com histórias e momentos divertidos do dia-a-dia. Não é necessário usar e abusar do drama, podendo criar espaços e formatos onde se consiga seguir do peso de uma história triste à boa disposição. Se em outros horários isso é possível qual a razão das tardes da televisão portuguesa terem de sofrer com horas tristes que acabam até por afastar o público?

Tony Carreira é exclusivo TVI

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Ontem a TVI anunciou o acordo de exclusividade celebrado com Tony Carreira e as primeiras notícias davam a entender que o contrato tinha sido feito por estes dias. Um pouco depois deu para perceber que afinal o cantor já tem contrato com o canal desde Outubro de 2020, tendo o mesmo ficado como que congelado devido aos incidentes familiares que surgiram com a morte da jovem Sara Carreira.  

Questionada por mim, Cristina Ferreira confirmou que este acordo foi mesmo celebrado no ano anterior, "Sim, por respeito a tudo o que lhe aconteceu nunca o quisemos divulgar. Não fazia sentido". Ficando assim a partir de agora ativo para se começarem os trabalhos entre o canal e o cantor.

Big Brother, o segundo Domingo

As promessas sobre uma nova edição do Big Brother como nunca foi vista na primeira semana logo começou a descambar para mais do mesmo. Após a gala de estreia ter corrido bem, com vários concorrentes a surgirem como mais do mesmo mas mesmo assim a criarem jogo logo nos primeiros dias, o Domingo chega, Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos recebem a Ana Sofia Martins, a Pipoca Mais Doce, para os seus comentários com maior tempo de antena, o que considero positivo. Logo depois ficamos a saber que vamos logo começar a ter direito ao momento Curva da Vida, ao BB Play para gerar discussão em direto na gala, o Cubo com o frente-a-frente, 

António e Rita deixam a rulote mas escolhem o chato das causas, o Bruno, para os substituir pela próxima semana, o que foi muito bem atirado. Bruno já está na pequena casa extra e o público tem a função de eleger dois companheiros de jogo para lhe fazerem companhia e gostava tanto de lá ver a Ana Barbosa e a Ana Morina num trio perfeito e que iria dar boa conversa de contrastes. Depois o frente-a-frente entre Ana Barbosa e Débora a mostrar que estas concorrentes não vieram para brincar ao paz e amor ao Domingo para serem as inimigas de semana. Colocaram as cartas na mesa, disseram o que tinham a dizer uma à outra e são destas concorrentes que se querem no jogo que é o Big Brother. No BB Play passou a película As Plantas, gerando desde logo discussão entre a Ana Barbosa e os concorrentes que considerou com os seus mais próximos como plantas e os que estão a fazer "programa". O bate boca entre a causa Bruno e Ana Morina por olharem para as suas prestrações de forma distante, levando o moço uma simpática e bem linear sova da Morina. Curva da Vida com a Maria da Conceição a dar o momento pesado da noite com o sofrimento enquanto jovem da concorrente para com o que passou com os seus pais, sendo rejeitada com os irmãos pela própria família, tendo começado a namorar aos 16 anos com o marido de sempre e com quem se juntou para fugir de casa, sendo mãe e mais tarde o filho adotou um cachorro que para São foi o amor da sua vida, tendo a sua morte levado a concorrente à depressão, até que decidiu mudar e concorrer ao Big Brother para alterar a sua forma de ver a vida. Uma história de sofrimento partilhada pela concorrente que mostra a razão de determinados comportamentos mais isolados no jogo. O Lourenço, a revelação por ser transexual que emocionou os colegas de casa e o país que aceitou como se tudo estivesse já a ser aceite com toda a normalidade. Rui Pinheiro ganhou uma prova ao longo da semana e escolheu cinco colegas para disputarem consigo a prova do líder, que este ano não estará sempre disponível a todos os concorrentes. Maria da Conceição, Ana Barbosa, João, Aurora e Bruno foram os escolhidos para com Rui tentarem a sorte na prova do líder da semana. A Arena abriu-se para receber os seis concorrentes e a prova foi das mais difíceis dentro do que havia sido feito nas anteriores edições. Uma prova física com a necessidade de fazerem buraco no chão de areia para passarem por baixo de uma barra de metal, colocarem uma boia, subirem uma plataforma de rede, pegarem numa bandeira e voltarem atrás. João foi o mais rápido e venceu assim a liderança e a imunidade para as nomeações que se seguiram. 

Rafael e Aurora foram os primeiros a serem salvos da noite a meio do direto, o que me deixou surpreso por achar e ver com bons olhos se fosse o Rafael a deixar a casa no final da gala. Mais tarde Ana Barbosa e Débora foram também elas salvas, ficando Nuno como o primeiro a sair desta temporada do Big Brother, o que achei injusto por não existir tempo para que os concorrentes mais tímidos se darem a conhecer. 

Nomeações com dois nomes a serem eleitos por cada um em modo cara a cara e com dois concorrentes a nomearem no confessionário. No final da ronda Ana Soares, Bruno, Débora e Maria Conceição foram os quatro nomeados iniciais, no entanto numa rápida votação o público acabou por salvar Maria Conceição, o que aplaudo. O líder João foi chamado para nomear um outro concorrente, tendo escolhido a Ana Morina, que se juntou assim a Ana Soares, Bruno e Débora ao lote de nomeados desta semana. Que saia a calada e de expressões fechadas Ana Soares, já que numa semana não se conseguiu intromar no grupo nem se mostrar ao público.

Ao longo da noite ainda foi mostrado o botão de pânico, o botão que pode dar salvação ao concorrente só uma vez no jogo. O concorrente pode ativar este modo de salvação de Segunda a Sexta-feira junto do Big Brother e o primeiro a fazer o pedido ficará validado para essa semana, sendo que nunca sabem por antecipação se serão ou não nomeados pelos companheiros de casa.

Big Brother já estreou

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Estreou a nova edição do Big Brother Portugal, desta vez com Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos na sua condução, dando a esta temporada do reality show a primeira dupla masculina a apresentar um formato do género no nosso país. O suspense foi mantido sobre os apresentadores até à passada Sexta-feira, quando os nomes foram revelados, porque a partir desse dia os ensaios tinham de acontecer para a estreia ser preparada e as fugas de informação iriam acontecer. Agora, a 12 de Setembro de 2021, estreou mesmo o novo Big Brother, numa nova casa, novos concorrentes e novas histórias para serem contadas dentro e fora do que volta a ser a casa mais vigiada do país. Comento a partir daqui a noite de estreia, prometendo que o formato terá um espaço obrigatório aqui pelo blog de hoje em diante sempre que se justificar. 

«Começa agora o novo Big Brother!», foi assim que Manuel Luís Goucha arrancou com esta nova edição do reality show. Com Cláudio de fato azul e camisa folhada e Goucha de branco com flores por toda a fatiota, logo a dupla deu que falar pelas redes sociais, como seria mais que esperado, não fosse esta escolha também sido feita para criar falatório por serem dois homens, homossexuais, amigos de Cristina Ferreira e por gostarem de se vestir de forma extravagante e se apresentarem sem preconceitos em tudo o que se metem. 

Uma casa que arrisco a dizer que é a maior de sempre, construída de raiz, com os concorrentes a parecerem pequenos Sim's dentro do grande espaço. Amplitude, com uma sala e cozinha bem espaçosos, um quintal com direito a piscina e um dos maiores espaços ao ar livre e depois o regresso dos dois quartos ao jogo, o conhecido confessionário e uma casa de banho onde todos se podem ver. Tudo muito bem decorado em modo futuresto e um novo espaço, a arena, onde os confrontos irão acontecer todas as semanas perante os nomeados. 

Goucha e Cláudio no Big Brother

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A nova edição do Big Brother foi anunciada pela TVI logo no início do Verão mas o secretismo em torno do rosto que iria apresentar esta temporada do reality show de maior sucesso mundial existiu. A imprensa lançou vários nomes nas suas páginas, nas redes sociais muito se comentou sobre se seria somente um apresentador ou uma dupla, eles e elas, do canal ou novas contratações. Certo é que o segredo sobre os rostos que irão apresentar o formato aconteceu até quase ao último dia e nem mesmo a produção do programa sabia, até ontem, quem irão receber todos os Domingos para a condução das galas. A dois dias da estreia, e somente com o núcleo duro de Cristina Ferreira a saber os nomes que já estavam há algum tempo confirmados, eis que a Voz anunciou em pleno horário nobre que os anfitriões do reality show são Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos.

Manuel Luís Goucha vinha a ser bem comentado como o possível apresentador pela imprensa, tendo desmentido e desviado o tema, já Cláudio Ramos conseguiu esconder como um bom ator, criando bons argumentos e revelando sempre em direto que estava fora desta nova edição do Big Brother, mostrando estar sem tempo para abraçar o seu Dois às 10 e a grande aposta do entretenimento da TVI a partir de 12 de Setembro. A dois dias da grande estreia a dupla masculina foi anunciada, deixando de existir suspense para o dia de estreia sobre a questão «quem vai apresentar o Big Brother?»

Cláudio e Goucha, Goucha e Cláudio são a nova dupla da televisão portuguesa. Se vai correr bem? Disso não tenho dúvidas, o que já prevejo é o falatório que a imprensa irá fazer e ao mesmo tempo a risota que irá ser quando os apresentadores começarem com as suas habituais brincadeiras e picardias positivas em direto. Nas redes sociais uns aplaudiram a escolha e outros criticaram e já começaram a difamar, mas quem conseguia gerar consenso se nem mesmo a Teresa Guilherme, a eterna rainha dos reality shows, nunca conseguiu ser aplaudida pela maioria quando era anunciada para cada nova edição? Gosto dos dois, sempre gostei do Manuel Luís e aprendi a respeitar o Cláudio através da sua luta pelos sonhos conquistados. Agora vão estar juntos através da mão da amiga e diretora Cristina Ferreira que uniu dois dos homens da sua vida em televisão e acredito que o sucesso irá estar do lado de ambos.

 

Desaires de Cristina

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Cristina Ferreira em menos de dois anos saltou da TVI para a SIC e voltou ao canal onde se celebrizou. O público na primeira mudança aceitou e aplaudiu, já na segunda não foi bem assim e o rosto que todos gostavam de ver em qualquer horário regressou à casa mãe mas sem a força de outrora, estando agora a fazer um ano desde que voltou ao ecrã do canal que ajudou a derrubar com a sua transferência para a concorrência e com o seu Dia de Cristina voltou e até agora o que aconteceu foi somente uma subida das audiências do canal em alguns horários mas sem conseguir beliscar a liderança diária que existia há uns anos por parte da estação de Queluz. 

Cristina regressou à TVI cheia de esperança e projetos e o certo é que conseguiu subir alguns horários, no entanto ao mesmo tempo conseguiu deixar cair projetos que andavam a ser líderes, como é o caso do Somos Portugal que viu a equipa liderada por João Baião, na SIC, se tornar na preferência do público nas tardes de Domingo. Também as manhãs dos dias semanais levaram volta com a saída de Manuel Luís Goucha para as tardes com o seu Goucha que ora lidera, ora é derrubado pelo Júlia por serem formatos idênticos e sem grande entusiasmo junto do público. Nas manhãs, como dizia, entraram Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos, amigos fora do pequeno ecrã, mas sem a empatia como dupla necessária. No início parecia que as coisas iam correr bem mas os meses passaram e mais uma vez foi João Baião com a sua Diana a comandarem os números matinais. A química entre dois apresentadores em determinados horários é fundamental e o certo é que Cristina não percebeu que o Cláudio animado é elétrico demais para uma Maria mais séria que se esforça para acompanhar o colega mas a conjugação dos dois soa bastantes vezes a esforço e mais uma vez aqui quem está em casa não aceita tudo o que lhe é dado em televisão nos dias que correm e rejeita a dupla do Dois às 10 semana após semana. Já no final da tarde, o Cristina ComVida, que já devia ter sido colocado nas manhãs de fim-de-semana, continua a marcar pontos negativos e parece ter chegado para ficar. É sabido que existem contratos com a produtora a respeitar, mas será que vale assim tanto a pena manter um buraco nas tardes a prejudicar o acesso ao horário nobre? É que mesmo com a Cristina às 18h00 o formato que se segue tem de fazer um esforço a solo para subir os valores, o que é complicado para um horário tão exigente e onde a concorrência está bem fidelizada, levando o Jornal das 8 por arrasto e somente Festa é Festa vai conseguindo respirar dentro das apostas que Cristina fez desde que chegou ao canal, ajudando as duas novelas inéditas que se seguem a competir pela liderança, Bem Me Quer e Amar Demais. Não esqueço no meio de tanto desaire o Esta Manhã que devagar tem vindo a agarrar o público e liderado nas últimas partes em que o programa está no ar, mas neste campo não existe somente mão da diretora de entretenimento, existindo maior responsabilidade pela parte da informação do canal. Este formato está muito bem conseguido, numa união entre entretenimento e informação, existindo investimento e ideias para se fazer diferente com temas diários em destaque, dando às três primeiras horas do dia um programa com um bom andamento sem cansar na repetição das notícias e dos assuntos que vão sendo debatidos, mostrando que mesmo nos horários com menor público o fazer bem e diferente é fundamental para que a médio longo prazo os resultados sejam alcançados.  

As críticas a Fanny

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Fanny, a belle portugaise, conhecida concorrente de reality shows que se iniciou nas lides televisivas com a sua entrada na segunda edição de Secret Story - Casa dos Segredos, nunca deixou de aparecer no pequeno ecrã e na imprensa através de entradas em programas da vida real ou participações em diversos programas, foi das poucas que com o tempo foi sobrevivendo com as suas aparições públicas, sendo ao mesmo tempo um dos rostos mais acarinhados. Com a entrada em 2020 de Cristina Ferreira na TVI, Fanny Rodrigues voltou a ser chamada pela nova direção do canal para ser comentadora das edições do Big Brother. Com a saída de antena de forma temporária do reality show, Fanny foi convidada a integrar o lote de apresentadores do Somos Portugal e a partir da sua estreia no programa dos Domingos à tarde que a crítica por parte do público não deixa de acontecer.

Pessoas, a Fanny pode não ser licenciada em comunicação no entanto e até ao momento não vi uma falha da moça para levar todos os Domingos com milhares de comentários negativos. Existem atores sem formação na apresentação e vice-versa, existem autênticos profissionais sem licenciaturas na área e qual a razão do alvo ser a Fanny? É pimba? É! O seu percurso no Somos Portugal tem corrido mal? Nada! Não tem perfil para poder estar ao lado dos restantes apresentadores do programa? A Fanny encaixa no programa como ninguém, sendo este formato pimba, com cantores que costumam fazer as festas das aldeias e dos bailaricos que tanto caracterizam a rapariga. É uma antiga concorrente de reality shows e então? A Isabel Figueira também chegou ao estrelato da mesma maneira e hoje em dia é atriz e apresentadora. O João Mota entrou na mesma edição do Secret Story com a Fanny e hoje em dia é ator. E as atrizes que do nada viram apresentadoras ou o Marco Paulo que agora se acha o rei da apresentação na SIC?

Atypical | T4 | Temporada final

Netflix

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Atypical chegou à quarta temporada e o seu final foi anunciado de forma antecipada, dando a Robia Rashid, a criadora da série, a possibilidade de criar um final digno e capacitado para dar ao público o merecido, não dando um término em suspenso. Desenvolvida de início perante a premissa do autismo, Atypical desenvolveu-se ao longo das quatro temporadas de forma simples e sensível, mostrando o dia-a-dia de Sam, Keir Gilchrist, entre a família e amigos, sempre dando destaque à sua obsessão com pinguins, fazendo com que queira viajar para a Antártica. 

Perante uma história com níveis de sensibilidade e com temas que não chamam as grandes massas, Atypical é mais uma daquelas séries que atrai quem vê e quer continuar a ver e que mesmo sendo de menores orçamentos que as produções mais caras da plataforma que enchem os tops com temporadas de mais do mesmo e que vão sendo renovadas ano após ano para fazer render o que por vezes não acrescenta nada, acabou por ver pela quarta temporada um final anunciado quem sabe por debater questões delicadas da vida comum, mostrando que, tal como outras séries canceladas, nem sempre o sistema Netflix vai de encontro ao que tanto defende sobre a diversidade de argumentos, provando cada vez mais que o diferente fica para trás para servir mais do mesmo vezes sem fim e com repetições de argumento ao longo de várias temporadas.

Atypical foi sempre levada a sério pelos seus criadores, tendo conseguindo desenvolver uma boa história e capacidade de renovação, dando história a todos os personagens e valorizando em determinados episódios determinadas situações para que outros tivessem destaque na trama. Nesta última temporada as histórias circularam, os finais foram acontecendo, os desenvolvimentos tinham tudo para dar certo se existisse continuação mas tudo teve de terminar, ficando pontas soltas que enquanto imaginativo consegui dar uma sequência positiva por perceber a proximidade entre personagens e a ligação criada entre uns e outros. Esta é daquelas séries que começou, alcançou o público mas depois não se viu apoiada pelas escolhas, talvez por não existirem cenas de sexo abundante, nudismo, crimes e afins, o que tem dado os primeiros lugares entre os mais vistos a outras produções mais caras mas que começam a provar que seguem o mesmo lote básico criativo do é isto e aquilo e assim teremos sucesso e veremos a renovação acontecer. Isto não é o correto, mas o mercado audiovisual segue sempre a mesma linha perante as vendas e pouco existe a fazer para alterar a situação.

 

Lupin | T2 | Reticências a mais...

Netflix

Lupin parte 2

A série Lupin, protagonizada por Omar Sy, no papel de Assane Diop, ganhou segunda temporada após o sucesso alcançado com a primeira fornada de episódios. No entanto após o bom impacto que o início me transmitiu, desta vez fiquei um pouco reticente perante os desenvolvimentos que foram acontecendo, perdendo o interesse pelas aventuras e corridas deste ladrão de casaca moderno pelas avenidas e edifícios mais célebres de Paris. 

Nesta segunda parte da série Lupin o processo entre gato e rato continua, tal como já vinha a acontecer por ser a base da história, no entanto o enredo criado não me conseguiu cativar, sentindo que levei este conjunto de episódios de arrasto sem a motivação inicial por já não existir a novidade, sabendo de antemão que seria desde logo mais do mesmo e que o final estaria dentro do que aconteceu. 

Dando a volta à situação e lutando para ter a família do seu lado sem os prejudicar e correr o risco de os perder para sempre, Assane vê a sua identidade ser exposta, passando a ser um rosto visível na perseguição. Sem falhar e usando os seus incansáveis disfarces e capacidade de dar a volta a qualquer situação, o objetivo continua a ser o da vingança sobre Hubert Pellegrini, Hervé Pierre, por este ter elaborado um esquema para prender o pai de Assane quando o mesmo era ainda um jovem adolescente. Na corrida entre o tudo ou nada, o ritmo continua a ser bom, a ideia de que a fuga pode não acontecer existe mas, tal como disse anteriormente, o final parece sempre mais que antecipado, não tendo sentido a energia necessária de forma a ficar cativado para pegar e levar todos os episódios em maratona.