Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Delparaíso | Juan del Val

Planeta de Livros

delparaíso.jpg

Título: Delparaíso

Título Original: Delparaíso

Autor: Juan del Val

Editora: Planeta de Livros

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2022

Páginas: 248

ISBN: 978-989-777-575-8

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Em Delparaíso tudo parecia idílico e perfeito, mas as aparências enganam. Juan del Val abre-nos as portas. Entrem e vejam.

Delparaíso é um lugar seguro, vigiado 24 horas por dia, luxuoso e impenetrável. Contudo, os seus muros não protegem do medo, do amor, da tristeza, do desejo e da morte. Fará sentido protegermo-nos da vida?

O escritor Juan del Val dirige o seu olhar, lúcido e implacável, ao microcosmos de uma urbanização de luxo nos arredores de Madrid. Mergulha neste mundo tão fechado quanto inacessível para construir uma história absorvente, às vezes divertida e frequentemente incómoda.

A cada página, o leitor vê-se confrontado com um dilema moral que o fará ler este livro com o coração apertado.

 

Opinião: Delparaíso retrata a vida gerada num condomínio de luxo em Madrid. Rapidamente o leitor é convidado a conhecer alguns dos residentes de Delparaíso percebendo facilmente que esta história revela vidas feitas de aparências onde o dinheiro, os interesses e os segredos vão sendo contados com o passar do tempo e perante a ocorrência de situações inesperadas, como um suicídio inesperado e um roubo que coloca a segurança do condomínio em causa. O que é até então um bairro tranquilo acaba por levar uma certa reviravolta quando um novo casal chega para se tentar entrosar junto da aparente pacifica comunidade. O que existe a esconder do interior de cada família para manter as aparências, quem poderá andar a enganar o próximo para ficar bem perante os outros?

 

Último Olhar | Miguel Sousa Tavares

Porto Editora

último olhar.jpg

Título: Último Olhar

Autor: Miguel Sousa Tavares

Editora: Porto Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Setembro de 2021

Páginas: 312

ISBN: 978-972-0-03477-9

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Pablo tem 93 anos, viveu a Guerra Civil Espanhola, viveu os campos de refugiados da guerra em França, viveu quatro anos no campo de extermínio nazi de Mauthausen. E depois viveu 75 anos tão feliz quanto possível, entre os campos de Landes, em França, e os da Andaluzia espanhola. Inez tem 37 anos, é médica e vive um casamento e uma carreira de sucesso com Martín, em Madrid, até ao dia em que conhece Paolo, um médico italiano que está mergulhado no olho do furacão do combate a uma doença provocada por um vírus novo e devastador, chegado da China: o SARS-CoV-2. Essa nova doença, transformada numa pandemia sem fim, vai mudar a vida de todos eles, aproximando-os ou afastando-os, e a cada um convocando para enfrentar dilemas éticos a que se julgavam imunes.

 

Opinião: Último Olhar, de Miguel Sousa Tavares, aborda duas vidas, duas gerações diferentes e entre elas também duas realidades distantes que se encontram perante um tema bem atual pelo qual todos passamos, o Covid19. 

Pablo tem 93 anos, vive atualmente num lar de idosos mas a sua vida foi pautada por vários acontecimentos que marcaram não só o seu percurso como a História do Mundo. Passando pela Guerra Civil Espanhola onde ficou em jovem durante quatro anos num campo de concentração nazi afastado dos seus pais e irmãs, que acabou por perder com o tempo, este homem é feito de memórias pesadas, de perdas e derrotas pessoais mas ao mesmo tempo de conhecimentos. De outro prisma o leitor é convidado a conhecer Inez, uma médica que percebe que com a chegada do vírus se sente inativa no serviço onde está destacada e que decide, após a perda de um grande amor para o Covid19 alterar o seu rumo e enfrentar a pandemia de frente, querendo ser útil e responsável. É aqui que Pablo e Inez se encontram, ele enquanto utente da casa de acolhimento onde reside, ela enquanto nova médica residente. Os dois enfrentam o vírus, cada um com perspetivas de futuro diferentes perante o que foram passando ao longo dos seus trajetos de vida oscilantes e onde o amor, sempre o amor, nem sempre lhes deu boas perspetivas. 

Amor de Pechisbeque | Pedro Rodrigues

Cultura Editora

amor de pechisbeque.jpg

Título: Amor de Pechisbeque

Autor: Pedro Rodrigues

Editora: Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2022

Páginas: 144

ISBN: 978-989-9096-69-1

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: «Como é que alguém se apaixona? Abrindo os olhos.»

Quando alguém termina um relacionamento amoroso, a vida parece um verdadeiro fim do mundo. O desnorte nos sentimentos baralha-nos em tudo o resto, desde a simples ocupação dos tempos livres com os amigos à própria estabilidade pessoal e familiar. Amor de Pechisbeque é um romance escrito à flor da pele, que nos faz descobrir vírgulas onde só vemos pontos finais.

«Por momentos, e disto não tenho a certeza absoluta, creio que os nossos corações se sincronizaram, tornando-se num só.»

 

Opinião: Pedro Rodrigues avançou com o seu novo romance e com este Amor de Pechisbeque deu a conhecer um pouco da vida do escritor num misto entre realidade e ficção onde consegue deixar o leitor sem pé perante a história que vai sendo contada ser a do próprio autor ou não.

Amor de Pechisbeque percorre a vida deste escritor após o final de um namoro duradouro que outrora acreditou ser para a vida. Com Ana no pensamento, com os amigos por perto sempre como forma de espicaçar, o nosso escritor partilha as suas batalhas para esquecer a relação defraudada, tudo ao mesmo tempo que as suas capacidades de concentração para se dedicar à escrita de um novo romance se tornam tempestuosas. O amor consegue quebrar estados de alma a ponto de paralisar várias áreas pessoais que ficam assim constrangidas emocionalmente, como que congeladas sem capacidade de reação. As relações com os amigos e família, a incapacidade de criação na escrita e a falta de fé para seguir em frente num novo futuro a dois revelam o poder do amor quando fracassado na forma como abala a vida de cada um, neste caso a de um escritor que se deixa ficar incapacitado. 

Sete Dias em Junho | Tia Williams

Topseller

sete dias em junho capa.jpg

Título: Sete Dias em Junho 

Título Original: Seve Days In June

Autor: Tia Williams

Editora: Topseller

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2022

Páginas: 368

ISBN: 978-989-6234-29-4

Classificação: 5 em 5

 

Sinopse: Quando Eva Mercy e Shane Hall se cruzam num evento literário em Nova Iorque, a faísca entre os dois é inegável, deixando toda a comunidade de autores negros em polvorosa. À primeira vista, Eva e Shane nada têm em comum. Ela é uma famosa autora de fantasia erótica que vive com a filha de 12 anos. Ele é um enigmático autor de ficção literária que se esquiva às luzes da ribalta.

O que ninguém sabe é que, quinze anos antes, quando eram adolescentes, Eva e Shane passaram uma intensa semana juntos, sete dias que lhes mudaram a vida para sempre. Agora, além de não conseguirem negar a química que ainda os une, começam a ter dificuldade em continuar a esconder um passado partilhado que influenciou a escrita de ambos.

Durante uma quente semana de Junho, Eva e Shane reaproximam-se, mas ela não tem a certeza de poder confiar no homem que lhe partiu o coração e só quer que ele se vá embora rapidamente, para conseguir recuperar o equilíbrio da sua vida. Mas antes que Shane volte a desaparecer, Eva precisa que ele lhe responda a algumas das perguntas que ficaram tantos anos sem resposta.

 

Opinião: Sete Dias em Junho é a representação bem conseguida de que existe sempre espaço para uma segunda oportunidade perante uma grande história de amor. Neste romance excelentemente elaborado de Tia Williams o amor acontece quando conhecemos a história que juntou Eva e Shane quinze anos atrás perante o tempo atual. Dois jovens na altura que acreditaram que toda a euforia da paixão os levava a serem felizes para sempre. Já no presente encontramos os mesmos dois protagonistas, em novas fases da vida, com percursos diferentes no passado, mas prontos para se reencontrarem e perceberem o que esteve por detrás de todo o tempo em que os vários mal entendidos os fizeram estar distantes. 

Nos dias que correm Eva e Shane são autores negros de sucesso, com carreiras dispares, mas que ao se voltarem a encontrarem percebem que sempre permanecerem no pensamento e na escrita um do outro por imprimirem nas suas personagens centrais dos livros que foram editando muito do que o outro representou para si, mesmo perante o desgosto que o afastamento provocou a ambos. Agora Eva e Shane têm sete dias para perceberem o que correu mal e poderem assim entregar uma nova hipótese ao destino de ambos perante esta segunda chance para se unirem ao amor. 

Com temas como o uso de drogas e o alcoolismo, o feminismo, a marginalidade, pedofilia e prostituição a terem espaço neste romance que transpira amor, alegria, sonhos e redenção numa história onde os protagonistas vivem de forma instável entre processos de cura para com o amor próprio e também por sofrerem de algumas maleitas para com a saúde, muito fruto de passados pesados e de sofrimento, é, contudo, o debate sobre o racismo que conseguiu ganhar vários pontos ao longo da leitura. Num debate público onde ambos os autores são convidados a participarem com outros rostos negros conhecidos, a literatura negra é tema central por ser constantemente relegada dos destaques e sugestões, existindo uma grande distância dos grandes sucessos literários de atores brancos que escrevem através de personagens brancas e a diferença para com os autores negros que escrevem com o recurso a personagens com o seu tom de pele. Quando o leitor idealiza personagens nas várias histórias lidas sem descrição do tom de pele de forma automática sempre surge o tom claro, estando neste livro o tema em destaque, também porque na história Eva é autora de literatura erótica a um passo de ver as suas criações serem adaptadas para a grande tela, só que para existir orçamento e produtoras interessadas é necessário alterar os protagonistas para atores ditos brancos por serem teoricamente mais apelativos junto do mercado do audiovisual. Esta é para mim a grande questão fulcral deste livro que desde logo me conseguiu cativar por reforçar o debate do racismo perante os diversos prismas sociais. 

Uma Vida Entre Marés | José Rodrigues

Porto Editora

BB432521-8678-4A7C-90E2-29B8955D833C.jpeg

Título: Uma Vida Entre Marés

Autor: José Rodrigues

Editora: Porto Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2022

Páginas: 256

ISBN: 978-972-0-03483-0

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Naquela praia, entre ventos e fios de areia, ouvia-se a palavra amor...

Num quotidiano sem sobressaltos, Sofia divide o seu tempo entre a vida profissional e a dedicação a Leonor, a filha adolescente.

Quando Edgar, ex-marido de Sofia e pai de Leonor, reaparece determinado a reconquistar o coração da filha, regressam também os fantasmas do passado, marcados pelo vício do jogo e pela consequente perda de tudo o que Sofia herdara dos pais.

Entre o passado feliz vivido à beira-mar e o presente que ameaça a paz entretanto reencontrada, Sofia depara-se com uma nova e dolorosa luta pela felicidade. No momento em que as forças ameaçam faltar, o mar parece querer devolver-lhe o mundo perfeito da sua juventude, quando a amizade e o amor se uniam de forma intensa, muito antes da chegada de Edgar à sua vida…

 

Opinião: Vidas que se enfrentam perante os maiores problemas que lhes possam ser impostos com a perspetiva de que existe sempre um ponto positivo para seguir em frente e acreditar que é possível renascer no que parece perdido. Em Uma Vida Entre Marés o leitor é convidado a conhecer Sofia, uma nutriocionista divorciada e que tem aos seus cuidados, de forma exclusiva, a filha Leonor. Com Sofia ficamos a saber que existe no passado um casamento fracassado pelo vício do jogo e onde viu a conquista familiar que lhe foi deixada por herança ser-lhe tirada por acreditar na pessoa que se deitava ao seu lado ao longo de anos, Edgar.

Nos dias que correm encontramos esta mulher solitária que segue o seu dia-a-dia em redor do trabalho, de onde passou de empresária a empregada, e da filha que sempre tenta proteger. No entanto a dado momento Edgar regressa e procura Leonor para reconquistar os laços que deixou para trás durante vários anos. Estará Sofia preparada para dividir a atenção da filha com um homem que as abandonou e retirou tudo após vários anos de afastamento?

Criada | Stephanie Land

Cultura Editora

criada.jpg

Título: Criada

Título Original: Maid: Hard Work, Low Pay, and a  Mother's Will to Surviver

Autor: Stephanie Land

Editora: Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2022

Páginas: 272

ISBN: 978-989-9096-17-2

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Quando Stephanie Land ficou grávida, como resultado de um romance de verão, os seus sonhos de estudar na universidade para se tornar escritora foram bruscamente interrompidos. Mãe solteira, sem estudos, sem dinheiro, sem ajudas que não as dos programas alimentares do governo dos EUA, sobreviveu e cuidou da filha a trabalhar como empregada doméstica para famílias de classes média e alta, saltando de abrigo em abrigo, de desalento em desalento.

Nesta autobiografia, que transforma numa violenta crónica social, Land escreve sobre as desesperadas histórias dos cidadãos estado-unidenses sobrecarregados e sub-remunerados, sempre abaixo de um limiar de pobreza, por mais que trabalhem, por mais que se esforcem.

Com uma escrita íntima e uma visão emotiva, Criada é também o exemplo da superação: os estudos feitos pela autora, à noite, até chegar à licenciatura e à oportunidade para reencontrar o caminho de uma vida própria.

 

Opinião: Criada é a real exemplificação do que milhões de pessoas em todo o Mundo sofrem por quererem dar um futuro melhor aos seus filhos e acabarem por ser vitimas de uma sociedade que olha de lado para quem procura todos os recursos possíveis de sobrevivência com baixos salários e mesmo assim acreditar que é possível reagir, sobrevivendo e lutando para que o amanhã seja sempre melhor ou pelo menos igual a um hoje já por si pesado. 

Uma mãe solteira e lutadora sem uma rede familiar que lhe sirva de conforto, sendo levada a procurar ajuda burocrática e que para os outros é vista como sendo um apoio a marginais que não lutam por um lugar social. Stephanie é esta mãe que corre entre casas com os seus atributos específicos para ver o seu trabalho nas limpezas ser glorificado ao final de cada semana por patrões que por vezes nem chega a conhecer, sendo somente uma prestadora barata de serviços para quem paga pouco para manter a casa limpa, isto ao mesmo tempo que educa sozinha uma pequena filha e segue os seus estudos universitários por saber que um dia irá triunfar e poder sorrir de alívio na vida.

Pedro Rodrigues lança Amor de Pechisbeque

Amor de Pechisbeque

Pedro Rodrigues está de volta com um novo romance, Amor de Pechisbeque, editado pela Cultura Editora, encontrando-se esta sua nova narrativa já em pré-venda para que no dia 23 de Junho, data do lançamento oficial, recebas o teu exemplar na comodidade do lar. 

Após o lançamento em 2014 de Eu Hei-de Amar Uma Puta, de (A)mar em 2015, Deve Ser Primavera Algures em 2019 e de Alice do Lado Errado do Espelho em 2020, chega agora este Amor de Pechisbeque para reconquistar os leitores em 2022. 

A Avó Dan | Danielle Steel

Bertrand Editora

a avó dan.jpg

Título: A Avó Dan

Título Original: Granny Dan

Autor: Danielle Steel

Editora: Bertrand Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Outubro de 2009

Páginas: 152

ISBN: 978-972-25-2010-2

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Uma caixa de mistérios. Danina Petroskova deixa à neta três objetos. Um medalhão com o retrato do homem que amou, umas quantas cartas enlaçadas em fita azul e as suas sapatilhas de prima bailarina na Rússia czarista. Objetos a contarem a juventude, os sonhos e a fuga da mulher que ela conhecia apenas como a … Sua avó.

 

Opinião: A Avó Dan morreu, deixando as suas memórias escritas de forma a poderem ser conhecidas anos mais tarde e assim o leitor é convidado a conhecer uma vida contada pela perspetiva de uma neta que se deixa render por um passado familiar vivido nos tempos de guerra na Rússia no século passado. 

Esta é a história de Danina Peteoskova, uma jovem que viveu o sonho da dança e que em certa altura deixou que as leis que lhe eram impostas contrabalançassem com o poder do amor por perceber que nem sempre é possível seguir caminhos paralelos quando sonhos profissionais e objetivos pessoais não se compatibilizam. Quem é afinal a avó Dan que só se tornou realmente conhecida depois de partir? Tudo é mostrado através desta partilha que surge através de uma caixa reveladora onde cartas se juntaram a sapatilhas de cetim e a um medalhão de ouro que provam como tudo aconteceu e terminou simplesmente porque seria necessário escolher entre o amor pela dança ou por um homem que sempre lhe quis bem numa época em que não era possível seguir sonhos e ser feliz ao lado da pessoa amada.

Ganha no Instagram | Esta Ferida Cheia de Peixes

esta ferida cheia de peixes.jpg

A Guerra e Paz Editores lançou no mês de Março a sua nova coleção Romances de Guerra e Paz e com esta nova linha de publicações surgem romances bem distintos entre si, Mãe para Jantar, de Shalom Auslander, que já ofereci um exemplar, e Esta Ferida Cheia de Peixes, de Lorena Salazar Masso, foram os primeiros lançamentos desta coleção. De forma a dar as boas-vindas a esta novidade da editora, estou a sortear até dia 09 de Abril um exemplar de Esta Ferida Cheia de Peixes, e para te habilitares a ser o seu vencedor só tens de seguir diretamente para a minha página de Instagram e perceber a facilidade com que a participação pode acontecer. 

Sinopse | Este é o livro da subida de um rio. Uma mãe branca, com o seu filho negro, sobe o rio Atrato, na Colômbia. Vai levar o filho que criou à mãe negra biológica. Quererá a mãe negra reclamar agora a criança?

É uma viagem, mas é também uma reflexão sobre a beleza e a dor da maternidade. O que é uma mãe? Uma mãe – diz-nos este romance – é uma coisa que dói. É ferida e cicatriz, é fingir que vences o medo.

Na viagem, surgem os outros protagonistas da história: o rio, que abençoa e afoga; o sentimento profundo de pertença a uma paisagem; as relações de cumplicidade das mulheres; a violência terrível da selva colombiana; a dificuldade de se ser mulher e mãe num mundo cheio de perigos.

Um fulgurante romance de estreia que cheira a verdade. Uma prosa comunicativa e um lirismo que criam uma atmosfera viciante. Esta Ferida Cheia de Peixes oferece-nos um mundo às vezes sonhador, por vezes muito realista, em que a ternura das imagens toca o leitor, abrindo-lhe feridas difíceis de sarar.

 

 
 
 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação partilhada por Ricardo Trindade | Blogger (@oinformador)

Ganha no Instagram | Mãe para Jantar

mãe para jantar.jpg

A Guerra e Paz Editores acaba de lançar a sua nova coleção Romances de Guerra e Paz e com esta nova linha de publicações surgiram dois romances bem distintos entre si, Mãe para Jantar, de Shalom Auslander, e Esta Ferida Cheia de Peixes, de Lorena Salazar Masso. De forma a dar as boas-vindas a esta coleção da editora, estou a sortear até dia 31 de Março um exemplar de Mãe para Jantar, e para te habilitares a ser o seu vencedores só tens de seguir diretamente para a minha página de Instagram e perceber a facilidade com que a participação pode acontecer. 

Sinopse | E se tivesse de comer a sua mãe para receber a sua herança?

Antes do último suspiro, a mãe deste romance sussurra: Come-me. Os filhos da família Seltzer sabiam que ela o faria, mas não deixa de ser um último desejo desagradável, cruel até. Os doze irmãos Seltzers são canibais americanos, em tempos uma minoria étnica orgulhosa e florescente. Vão confrontar-se com os seus paradoxos, tradição, culpa, conflitos fraternais e a quantidade descomunal de carne que há para comer - e que sabe mal, porque «as mães sabem muito mal».

Mas só assim poderão receber a sua herança. Sétimo, o protagonista de Mãe para o Jantar, fala dos problemas logísticos e emocionais desta comezaina; Segundo só come comida kosher; Nono é vegano; Primeiro odiava a matriarca e os valores tribais; Sexto morreu (menos um com quem repartir tudo).

Auslander assina uma sátira hiperbólica. Um olhar hilariante e cínico sobre as identidades étnicas e sobre o fardo da tradição que pesa sobre as minorias que tomam a opressão como identidade. Para leitores que não temem um romance de humor, escândalo e provocação.

 
 
 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação partilhada por Ricardo Trindade | Blogger (@oinformador)