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O Informador

Do Verão para o Outono

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O Verão já se foi, os dias soalheiros também estão a desaparecer e as manhãs começam frescas, rabugentas e escuras. A boa disposição de uma pessoa não aguenta e após os meses em que acordar com o sol a brilhar ajudava a arrancar de melhor forma mais um dia, agora com o Outono e os tons acastanhados a fazerem-se sentir, tudo parece triste. Levantar da cama torna-se num momento pesado e a vontade para despachar é arrastada até mais não porque simplesmente a iniciativa de desfrutar destes toscos e instáveis dias não tem a mesma magia do brilho de há umas semanas.

Melão fresco? Nem pensar!

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Verão é sinónimo de várias frutas de época, como é o caso do melão, melancia, morangos e afins. Adoro melão, quando o mesmo está bem doce e fresco, e agora percebi que o meu hábito de colocar o melão no frigorífico porque sabe melhor frio vai contra os estudos mais recentes que revelam que manter a fruta em temperatura ambiente ajuda a manter os seus antioxidantes e nutrientes a favor da saúde. 

Parece que ando a consumir melão após lhe ter tirado o que de bom tem a favor da saúde. A sério que andei anos a consular-me com a fruta da época fresca e aos trinta é que descubro que vou contra a lei natural das coisas?

Pêssegos fora do frigorífico, melancia aspas aspas, morangos já na fruteira, cerejas na tigela na mesa. Tudo fora do frio já porque as temperaturas refrescantes vos fazem mal. Agora só entram quando já estão fatiados porque fora do frigorífico se estragam mais facilmente. Ou seja, ou se estragam ou perdem qualidades, é isto não é?

Frio da idade

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Aos 32 anos o ser que parecia estar sempre bem com as temperaturas ambientais já se queixa. Esta é a verdade dos tempos que correm aqui da pessoa que vai teclando cada letra a pensar no frio que se faz sentir lá fora e que acaba por chegar dentro de casa, deixando pés e mãos geladas. 

Sempre ouvi dizer que com a idade as alterações se vão fazendo sentir e isso é mesmo um facto que constato cada vez com maior incidência. Com o frio então é notório. Ando mesmo muito friorento nos últimos tempos e por mais roupa que coloque no corpo, mantas e aconchegos, meias de aquecimento e sacos de água quente, os resfriados aparecem sempre em alguma ponta do corpo ao longo dos dias, esteja em casa ou na rua, no trabalho ou no carro.

Já se sente o Outono

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Finalmente começamos a entrar no Outono. Estamos em Outubro, mês em que tradicionalmente já costumamos andar de manga comprida mas que desta vez parecia estar difícil a chegada da aragem. Adoro andar com várias camadas de roupa, dormir todo enroscado e sentir o fresco no rosto. Que as folhas secas comecem a cair com gosto e prontidão, porque todos estamos por cá para celebrar mais um Outono da vida. 

Despedimos-nos assim de um Verão prolongado, que começou cedo e terminou tarde. Altas temperaturas, falta de vontade e insatisfação são pontos que cansam em tantos meses quentes. Agora que chega o tempo mais fresco tudo se altera. As roupas de Outono começam a ganhar um outro destaque pelos armários, os casacos começam a acompanhar qualquer viagem, o ar condicionado do carro é alterado para temperaturas mais altas, as mantas saem do armário e os chapéus de chuva tomam lugar para quem os gosta de ter por perto, o que não me acontece.

Com a chegada do tempo fresco a vontade de ficar por casa aumenta, os chás são apreciados e as manhãs de fim-de-semana tornam-se distintas, ficando um pouco mais na cama, olhando para a rua com as reflexões que surgem em cada pausa. O horizonte adormecido com o sol brilhante ao mesmo tempo que as árvores abanam e as folhas vão ficando espalhadas pelo chão.

Friorento

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A idade altera comportamentos e a forma de olhar para cada situação em particular e ao mesmo tempo transforma a forma de estar. O que a idade não perdoa ao mesmo tempo que o psicológico se altera é a parte física e nesse campo, quer seja um problema de conjugação da mente ou não, ando a sentir de ano para ano mais frio, talvez com a ajuda das diferenças temporais que se fazem sentir de forma repentina cada vez mais. 

Sinto o frio como não acontecia quando era mais novo. Agora, embora continue a odiar andar com camadas e camadas de roupa e casacos grossos para onde quer que vá, sinto as diferenças de temperatura com uma intensidade incrível. Posso estar quente em casa, preparar-me para sair e quando coloco os pés na rua o vento e o frio parecem cortar o corpo como se tivesse a ser laminado às postas pelas partes que enfrentam diretamente o tempo, como a cara e as mãos, mas também mesmo as costas, que geralmente é onde me sinto mais atacado quando sinto frio, parecendo ficar estático e com o pensamento que estou a ficar com a coluna congelada. 

Isto não acontecia há anos atrás, onde enfrentava as mudanças de temperatura e não sentia tais alterações de forma tão drástica, agora acaba por ser instantâneo e por vezes acredito que se não me despachar a recolher dentro de um local quente que posso sofrer alguma lesão por ficar com os ossos numa sensação de pressão para se aquecerem, parecendo que me sinto a encolher perante os primeiros impactos das temperaturas mais baixas. 

Curtas e Diretas | 105 | Dia de Natal

Lá fora o frio fazia-se sentir e ao ter acordado no dia de Natal logo pensei que não iria sair de casa para nada. Assim foi, na cama a ver séries ou a ler, na secretária a escrever, na cozinha a comer, foi assim que passei mais um 25 de Dezembro. E assim lá se foi o Natal!

Reino do Gelo

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O fim-de-semana foi prolongado mas o tempo não deu tréguas e fora de casa - sou lá eu capaz de passar três dias seguidos trancado dentro de quatro paredes - foi raro o momento em que me senti quente. 

As temperaturas não estiveram negativas como em algumas áreas do país, no entanto mesmo com alguns graus positivos por onde andei de dia e noite, o frio que aparecia com a ajuda do ligeiro vento não ajudou a aquecer o corpo, que com várias camadas de roupa arrefecia assim que se chegava junto a qualquer porta para sair. Um fim-de-semana prolongado é sempre ainda mais desejado que os normais mas depois não poderia o frio ter ficado um pouco de lado? Sinceramente, ao contrário de muitos, prefiro tanto mais a chuva ao frio, porque a água pode cair, existem chapéus e mesmo a roupa encobre o corpo dos pingos, já com o frio por mais agasalhado que esteja o gelo parece passar sempre e nas mãos sem luvas e cara desnudada arrefeço de tal modo que parece que as baixas temperaturas invadem todo o corpo, descendo pela coluna e a partir daí está tudo tramado, sendo necessário tentar aquecer dentro de casa.

Acordar devagar

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De há umas semanas para cá que o despertador toca e o corpo parece colado à cama, não querendo dar sinais para se erguer. Agora quando o telemóvel começa a tocar pelas 07h00, a mão vai até ao Parar e os olhos voltam a fechar-se por uns ligeiros, mas que parecem lentos, minutos. Volto a pegar no telemóvel mais tarde e percebo que ainda posso ficar deitado, no quente da cama mais um pouco e assim acontece.

Após levantar, despachar e comer mas antes de me vestir para sair ainda consigo voltar a enfiar-me dentro dos cobertores, umas vezes deitado outras sentado, mas volto a aquecer um pouco para tomar coragem e mudar de roupa para finalmente sair de casa. O frio matinal que se faz sentir fora de portas e o facto de não apetecer nada acordar tão cedo andam-me a deixar mole e sem vontade de obedecer ao toque do despertador logo quando este faz o seu alarido na hora certa e que deveria ser para me levantar obedientemente com a finalidade de fazer tudo com calma e sem andar depois um pouco mais apressado.

Picos gripais

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Será que ainda vale a pena contar que nas últimas semanas, para mal dos meus pecados, a gripe e as alergias não me têm largado? 

Pois, comecei há semanas com o pingo no nariz e pelos últimos dias comecei a perceber que esta reação pingal acontece umas horas após chegar ao escritório onde trabalho e que um tempo após chegar a casa tudo volta a acalmar. Na verdade já percebi que com o ar condicionado a funcionar a meio gás mas com o recurso a aquecedores em algumas das salas e depois os corredores frios não ajudam nada. Além disso existe ainda o facto da temperatura ser diferente entre os três pisos que por vezes visito no mesmo dia, tendo de andar a vestir e despir casaco para entrar nas temperaturas quentes para uns minutos depois visitar a zona da Serra da Estrela e ter de levar quase a manta atrás. 

Ao final do dia e após o jantar as coisas melhoram, ficando por casa ou saindo um pouco e mesmo no passado fim-de-semana notei diferenças que na Segunda-feira logo voltaram a recuar para os pingos voltarem, o lenço andar sempre por perto e as frases feitas sobre continuar engripado fazerem-se ouvir.