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O Informador

Gente Que Não Sabe Estar já estreou

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Ao contrário dos receios que tinha sobre o regresso de Ricardo Araújo Pereira ao ecrã da TVI com um novo programa de humor sarcástico virado para a política, a estreia surpreendeu-me pela positiva, mostrando que desta vez sim, o RAP português conseguiu ir de encontro ao que realmente o público quer ver e não entrar em modo bem mais filosófico para conquistar somente uma minoria. 

Gravado no palco do Teatro Villaret e contando com Cátia DominguesManuel CardosoJoana MarquesGuilherme Fonseca, Cláudio Almeida, Miguel Góis, José Diogo Quintela e o famoso Insónias em Carvão no lote de humoristas residentes deste projeto, Ricardo Araújo Pereira é um género de pivô que critica e faz-se apoiar dos seus companheiros de bancada para dar várias achegas ao governo e diversos partidos que começam agora a preparar as suas candidaturas às próximas eleições. 

António Costa, Assunção Cristas e o seu arroz de atum na sua aparição n' O Programa da Cristina, os serviços públicos do genro de Jerónimo de Sousa, entrevistas bizarras e debates entre os vários partidos onde ninguém se entende até surgirem assuntos polémicos de que todos se querem desmarcar, Ricardo Araújo Pereira com o seu bom toque de humor arrasa a política, comenta, brinca e goza com as notícias que vão surgindo à semana, fazendo ao mesmo tempo um pouco de futurologia, e sempre com o cuidado de não ser brejeiro como a maioria dos comediantes que andam por aí. Existe humor e humor e aqui encontramos um caso de humor gourmet com um só nome, Ricardo Araújo Pereira. 

Mais vistos em 2018

A equipa do Sapo Blogs já nos enviou o Relatório Anual de cada blog correspondente a 2018, embora ainda faltem uns dias para terminar o ano. Com isto e porque acho que todos vocês, que passam por aqui diariamente ou de quando em vez, merecem e podem saber um pouco mais sobre alguns dados disponibilizados pelas estatísticas, deixo-vos assim as publicações mais visitadas no blog ao longo dos últimos doze meses. 

  1. Fita de finalista da afilhada
  2. Fita de finalista para o primo
  3. As fitas de finalistas...
  4. Quem Me Dera | Mariza
  5. Costa leva novo chá de Marcelo
  6. Finalmente existe ação na Antiga Feira Popular
  7. Dor de cabeça com falta de café
  8. Atual leitura... Nada Menos Que Tudo [Afonso Noite-Luar]
  9. Secret Story 7 | A Estreia
  10. 10 alimentos consumíveis fora de prazo

Dança Theresa May, dança...

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Theresa May não tem tido vida fácil nos últimos tempos como Primeira-Ministra britânica, no entanto e para tentar passar uma imagem distinta da formalidade habitual, a entrada no congresso do Partido Conservador foi feita a dançar, descordenada, sorridente e a gozar consigo própria ao som de Dancing Queen dos Abba. 

Enfrentando a oposição dentro do próprio partido face às negociações para com a saída da União Europeia, Theresa May quis assim mostrar um outro lado, o da boa disposição perante o que tem acontecido nos últimos meses, entrando em palco sem jeito algum para dançar mas criando um momento caricato que surpreendeu a plateia e o Mundo. 

Autoritarismo de António Costa

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António Costa continua a liderar o Governo e quem o constitui tem de prestar contas ao Primeiro-Ministro, normal, o que não é assim tão normal são os pedidos de saída dos vários cargos a serem recusados e assumidos publicamente. Costa exige que os Ministros se mantenham e depois quando lá decide que já chega percebe através da comunicação social que a pressão para aguentarem no barco acabou por correr pior do que o previsto. 

Após Constança Urbano de Sousa, no ano passado, só conseguir uns meses depois deixar o Governo após o seu pedido de saída, porque o todo poderoso não a queria fora do seu posto, revelando posteriormente a senhora o seu pedido que caiu em vão porque foi feita pressão para continuar no cargo, agora foi Mário Centeno que já deixou a dica. Caso venha a ser arguido na investigação sobre os bilhetes para assistir ao jogo do Benfica opta por abandonar o seu lugar como Ministro das Finanças. Perante este desabafo, António Costa, do alto dos seus sapatos brilhantemente elegantes já se fez pronunciar e voltou a afirmar algo que já começa a ser usual nas suas expressões quando um elemento da sua equipa pretende abandonar a carruagem. Para Costa, Mário Centeno «se manterá em funções» porque «quem decide sou eu e mantenho toda a confiança» no Ministro. António Costa revela ainda que «o que está em causa não coloca em causa o bom nome, a seriedade e a credibilidade do professor» porque pelo que percebo a corrupção dentro da ideia do "uma mão que limpa a outra" é tudo uma coisa normal de acontecer no seio político que o governante frequenta e onde aprendeu a liderar os caminhos com certos tesouros a serem encontrados pelo caminho. 

António Costa a mostrar uma vez mais que quem manda é o senhor, o rei todo poderoso que chegou para liderar e ter todos aos seus pés. Alguém pode ousar querer deixar o seu lugar? Não, têm de aguentar até o senhor Primeiro-Ministro assim achar correto porque a partir do momento em que entram no atual Governo o destino é somente chegar ao final como a arca de noé sem grandes baixas para que se possa afirma que António chegou à sua Costa ereto e com toda a sua formatura bem fortalecida, mesmo que por trás existam tantas desconfianças e podres que só mais tarde serão descobertos nas profundezas onde os segredos por vezes são colocados.

Mais lidos em 2017

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2017 já lá vai e com o ano terminado entramos na altura de fazer o balanço dos doze últimos meses. Aqui pelo blog e olhando para o top 10 dos artigos mais vistos dá para perceber que o caminho que vocês, enquanto leitores, mais apreciam enquanto visitantes do blog anda muito pela área dos famosos, da televisão e da atualidade noticiosa. 

Cristina Ferreira é a rainha do primeiro lugar, o que para mim não é uma novidade. A apresentadora da TVI ocupa o primeiro e o sexto lugar da tabela, tendo assim uma liderança destacada entre os artigos mais vistos. Segue-se o site Dioguinho, onde uma critica pessoal acabou por suscitar interesse e receber novos visitantes pelo blog. Depois Cristiano Ronaldo, Carlos Cruz e Ruy de Carvalho vão compondo a lista onde não falta a política com António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa e onde o programa Pesadelo na Cozinha aparece para abrir o apetite aos leitores do blog. Para finalizar o top mais de 2017 aparecem três textos sobre as fitas de finalistas, textos esses que já têm lugar reservado nos mais lidos ao longo dos últimos anos!

Deixo-vos com o top que todos vocês ajudaram a fazer ao longo dos últimos meses aqui pelo blog!

Costa leva novo chá de Marcelo

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Portugal é um país bem ligado às memórias, embora por vezes o nosso Primeiro-Ministro se esqueça que todos sabemos o que se passou ontem, a semana passada e ao longo do ano. 

Há uns dias António Costa proferiu uma frase que lhe ficou tão bem como outras reações que foi tendo ao longo do ano. O nosso governante afirmou junto da comunicação social que «Este foi um ano particularmente saboroso para Portugal». Foi? Sabores e coisas boas aconteceram ao longo de 2017 e as polémicas e o flagelo dos incêndios ficam onde no meio de tanta coisa agradável que Costa tem visto?

Ouvi tal profanação e pensei que o senhor voltou a deixar escapar nova ideia absurda perante o país! Eis que umas horas depois Marcelo Rebelo de Sousa, senhor Presidente da República que não deixa nada escapar, reagiu e já deu novo chá, de modo suave, ao querido governante que necessita de uns bons comprimidos para a memória. Marcelo apelou para que «haja memória daquilo que aconteceu», frisando que «não haja ideia de que o ano foi todo muito bom, com um pequeno problema que foram as tragédias. Não é verdade. Houve neste ano o melhor e o pior».

Parece-me que António Costa volta não volta tenta limpar os temas desagradáveis que têm marcado o seu tempo de governação com um bom tira nódoas mas em vão. Neste momento ninguém anda tapado e o Presidente Marcelo está tão atento que atira logo o seu alfinete para mostrar que não se podem tapar os maus momentos com os positivismos que muito querem mostrar mas que pouco nos convencem. 

Os jantares no Panteão

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O Panteão Nacional está desde o dia 24 de Junho de 2014 ao abrigo do Despacho 8356/2014, onde foi aprovado o Regulamento de Utilização dos Espaços sob tutela da Direção Geral do Património Cultural e desde ai que o local é utilizado para receber várias comemorações, só que se até aqui tudo foi feito de forma bem recatada, com o jantar que foi organizado pela finalização do Web Summit a situação tomou proporções a nível nacional e a polémica ficou instalada com o Governo agora a querer proibir os jantares no Panteão.

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Ao longo de três anos foi possível a empresas e entidades privadas e públicas utilizarem o salão central deste símbolo português para organizarem jantarem e eventos, só que agora, após a polémica, para António Costa, «é ofensivo utilizar deste modo um monumento nacional com as características e particularidades do Panteão Nacional», reforçando que «a utilização do Panteão Nacional para eventos festivos é absolutamente indigna do respeito devido à memória dos que aí honramos». A questão é se o senhor Primeiro-Ministro só agora teve conhecimento sobre este despacho ou se só falou após ver toda a polémica que o jantar do Web Summit tem causado junto da sociedade em geral e através das redes sociais.

Segundo consta através da comunicação social, o Ministério da Cultura quer agora proibir a realização de festas no Panteão Nacional e que o jantar da passada Sexta-feira, 10 de Novembro, no local só foi conhecido por Luís Filipe Castro Mendes, Ministro da Cultura, após a sua realização. Assim sendo, o Ministro em funções já determinou «a imediata revisão» do despacho de 2014 para que a «proibição de realização de eventos de natureza festiva no Corpo Central do Panteão Nacional» seja feita. Em comunicado foi ainda mencionado que «O Ministério da Cultura não permitirá que a utilização para eventos públicos dos monumentos nacionais possa pôr em causa o caráter e a dignidade próprias de cada um desses monumentos.» Agora pergunto... Será que o senhor Ministro e toda a sua equipa também desconheciam o despacho que deu luz verde à utilização destes espaços para celebrações e festividades?

Recados de Marcelo

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Um dia após o discurso fastiento e vergonhoso de António Costa sobre a tragédia dos incêndios, Marcelo Rebelo de Sousa tem a palavra e serve o chá certo ao Governo e aos que colocarem a carapuça. O Presidente da República falou ao país e meteu todos os pontos nos is para quem os quiser entender.

Deixando um sentido pedido de desculpas e mostrando que o seu mandato ficará manchado pelos incidentes deste ano, Marcelo esclareceu a situação, lembrou as vítimas dos incêndios deste ano, que já alcançaram números bastante elevados com mais de cem mortos contabilizados entre o caos de Pedrógão Grande e os incidentes recentes, e mostrou capacidade de atacar e perceber o que está mal. Claramente que foi anunciado que é necessário olhar para o atual poder político, mostrando desagrado com o que se passou e para com o modo das reações dos últimos dias. Diretamente foram pedidas medidas de mudança, indo mais longe do que declarar publicamente que existem nomes que têm de deixar o seu lugar no poder, conseguindo mostrar que está na Assembleia da República o poder de decisão sobre o atual Governo ter ou não capacidade para mudar e assumir todos os erros cometidos em matéria de proteção social. 

Marcelo falou, mostrou claramente o seu desagrado e o que tinha de ser feito, mostrando que os próximos dias serão marcados por demissões no seio político que está neste momento na sua altura mais frágil desde que assumiram o poder. Marcelo não se encheu de máscaras como Costa, discursou como Homem e como Presidente, comentando a realidade da tragédia tal e qual como todos a interpretamos e agora é tempo de quem percebeu na integra o recado agir porque as palavras foram claras, só quem estiver mesmo agarrado ao tacho e sem capacidade de reação é que permanecerá com tanto erro junto. 

O discurso de António Costa

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Após dias de incêndio com dezenas de mortes, centenas de feridos e muita área ardida, foi declarado um período de luto nacional de três dias e António Costa resolveu falar em direto aos portugueses só que valia mais nem ter aparecido e manter-se calado porque o que fez foi nada dizer. 

O Primeiro-Ministro apareceu para voltar a afirmar que estamos em estado de alerta vermelho, que os acidentes acontecem e que não é hora de demitir ninguém, procurando-se sim soluções para o que aconteceu. Há quatro meses, na tragédia de Pedrógão Grande, foi dito exatamente o mesmo, com a diferença de que agora conseguiu chegar mais longe e afirmar que existem equipas escolhidas pela Assembleia da República e pelo Presidente da República para atuarem no momento e ajudarem a Proteção Civil a coordenar as equipas no combate às chamas, o que na altura parece que não existia.

Onde andaram a senhora Ministra da Administração Interna e os responsáveis das organizações civis ao longo destes quatro meses para nada ter sido alterado neste período? Os erros voltaram-se a cometer, as falhas da conjugação de meios existiram e as entidades competentes, que supostamente tinham percebido onde andam os problemas, estão metidos num buraco bem fundo sem conseguirem criar explicações num novo momento triste onde a força das chamas devastam tudo o que apanham pela frente.

É triste perceber que António Costa nada mudou no seu discurso de que está tudo controlado, mas sobre o qual consegue perceber falhas, mas que este incidente de percurso não é comparado ao de Pedrógão. Não, aqui só morreram pessoas em várias regiões do país e em Junho as mortes estiveram concentradas no mesmo espaço territorial. As famílias que ficaram sem as suas habitações também são outras, só por isso o nosso governante acha que as duas situações não podem ser comparadas e que por isso os cuidados que tomaram após o acidente de Pedrógão não tenham sido colocados em prática. 

Costa ficou muito mal visto neste seu discurso de boas maneiras a tentar disfarçar o estado de calamidade que os incêndios estão a provocar neste momento no país. Apareceu para falar sem nada de concreto afirmar, agradecendo a bombeiros, médicos, enfermeiros, polícia, proteção civil, autarcas e populações que têm combatido os incêndios e o resto? E preferir que essas pessoas não tivessem de ser chamadas se as coisas tivessem sido bem feitas? António Costa apareceu porque sentiu-se obrigado a tal mas depois proferiu um discurso tão amador que acabou por reforçar o que todos sabemos, criando um momento patético. 

Senti vergonha alheia ao perceber o irrisório que foi ver o nosso Primeiro-Ministro frente a uma câmara televisiva a disfarçar descaradamente o que está perante todos nós. Tudo está mal em matéria de proteção da floresta nacional e não há que criar ilusões porque elas não existem, há sim que admitir as falhas e agir rapidamente, não achar que estes momentos não voltam a acontecer tão cedo. É necessário alterar de imediato as regras, fazer rodar cadeiras, arrumar a casa e colocar pessoas competentes e com vontade de agir e sem interesses nos lugares certos. 

5 de Outubro em casa da República

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Todos os dias podem ser especiais, mas o 5 de Outubro em Portugal simboliza a Implatação da República, instaurada em 1910. Este ano, em pleno século XXI, com um Governo de Esquerda, o dia foi celebrado em vários locais e com diversas iniciativas. A mim calhou-me visitar o Palacete de São Bento, a residência oficial do Primeiro-Ministro, atualmente António Costa, e olhem que vos posso revelar que foi uma tarde bem passada. 

Após o almoço caminhamos até Lisboa e facilmente conseguimos estacionar o carro na zona da Calçada da Estrela conseguindo chegar rapidamente junto da entrada do espaço que recebeu convidados e sociedade em geral para celebrar o dia que é de todos nós. Poucos minutos em fila de espera para entrar e jardins descobertos de seguida. Talvez uma hora depois de ter chegado ao Palacete, António Costa deu o ar da sua graça, juntamente com os convidados partidários e não só, e a direcção da Fundação de Serralves, aparecendo no átrio central dos jardins para discursarem sobre o dia e a iniciativa que agora começa no Palacete de São Bento.

Após os discursos, a atuação da Orquestra Jazz de Matosinhos tomou lugar nos jardins para preencher parte da tarde, isto ao mesmo tempo que as portas da Residência Oficial do Primeiro-Ministro se abriram para todos podermos ver obras de Alberto Carneiro, Helena Almeida, Augusto Alves da Silva, Ângelo de Sousa, Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis, Sodia Areal, João Queiroz, Pedro Henriques, Paula Rego, René Bertholo, José Loureiro, Ana Manso, Joaquim Bravo, Jorge Queiroz, Luís Noronha da Costa, Ana Léon, Pedro Casqueiro, Sónia Almeida, Joaquim Rodrigo, Nikias Skapinakis, Pedro Calapez e Lourdes Castro.