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O Informador

Crianças expostas nas redes sociais

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Num momento em que a imagem das crianças é um dos temas centrais de várias discussões públicas, pergunto-me se os pais têm o direito de publicar imagens dos seus próprios filhos pelas redes sociais. 

Sabemos que enquanto menores de idade as regras são impostas pelos progenitores ou responsáveis pela educação dos mais pequenos, mas estará esse poder parental capacitado para expor o dia a dia de crianças? Existem casos e casos e é nesse ponto que o tema diverge por vários prismas, uma vez que se a maioria das publicações partilhadas estão dentro do correto e aceitável, sem qualquer exposição desagradável, existem pessoas que não medem o perigo perante certas imagens e é um «vai tudo para os outros verem».

Na maioria dos casos os publicadores de imagens de menores pelas suas redes sociais só colocam o mínimo e em momentos de lazer, só que algumas figuras, que talvez lhes tenha saltado um pouco de consciência, conseguem não perceber que as suas partilhas pessoais são uma coisa, mas quando se envolve a imagem de menores há que ter uma certa contenção porque nem tudo é publicável perante conhecidos e desconhecidos. Sou defensor da não partilha de imagens de crianças, só porque sim, enquanto pequenos de meses então é totalmente dispensável.

Com o tempo e de forma normal, as publicações com a família, num ambiente normal vão acontecendo, sem que se tenha de forçar com o pensamento de que a primeira imagem tem de ser a perfeita, aquela que é tirada propositadamente para colocar no Facebook. As coisas, como em tudo na vida, têm de acontecer de forma natural, com o tempo, defendendo sempre a criança perante a sociedade que não tem de encontrar imagens inconvenientes de menores, como muitas vezes encontramos ao serem expostas por adultos que não medem o perigo e sem noção do que vão publicando dos mais novos. Há que ter muito cuidado com o que é mostrado aos outros, não tendo de criar um ambiente especial para fotografar como alguns também fazem para ficarem bem na fotografia de pais perfeitos quando na verdade mostram o que não existe na realidade. Mas isso são outros quinhentos. Por aqui quero mesmo que percebam que a partilha pelas redes sociais da imagem da criança é para ser levada com normalidade, resguardando um pouco a fase de bebé e mostrando com a naturalidade das publicações, sem criar aquele destaque, tendo sim sempre o cuidado com a forma de exposição que é feita. Porque o bonito é bom mas as más imagens podem criar alguns dissabores a médio ou mesmo a longo prazo.