Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

A Comédia Fantástica

a comédia fantástica.jpg

Filipe La Féria estreou uma nova comédia no palco do Teatro Politeama, fugindo um pouco do que tem apresentado pelos últimos anos. Adaptado de Blithe Spirit, o sucesso de Noël Coward, galardoado com um Tony e com o título de melhor espetáculo do ano na Broadway e no West End de Londres, respetivamente, agora chegou a vez de ser apresentado ao público português este espetáculo. 

Com Manuela Maria, Cristina Oliveira, Helena Isabel, Rita Salema, Carlos Quintas, Maria Henrique, Nuno Guerreiro, Marina Albuquerque e Patrícia Resende em palco e encenação de Filipe La Féria, A Comédia Fantástica é apresentada como uma «hilariante comédia, com um texto absolutamente fantástico, sendo uma comédia radicalmente fora do comum, que leva o público de surpresa em surpresa». 

Tudo começa com um casal a preparar um encontro com uma médium com a finalidade de ajudar e servir de inspiração para se escrever uma peça de teatro, mas nem sempre as coisas correm como o esperado e eis que o poder da exuberante e eloquente Madame Arcati acaba por atrair uma figura do passado do proprietário da casa. A defunta Elvira aparece na figura de um espírito divertido, louco, sagaz e bem alegre, ao ponto de conseguir colocar o seu Pipi - não nos vou explicar nada acerca deste tema - em ponto de rebuçado por ter no mesmo espaço a antiga mulher em espírito e a atual bem presente e em fúria com toda a confusão gerada dentro da própria casa. 

Helena Isabel e Carlos Quintas dão vida ao casal que convida Madame Arcati, interpretada em regime de rotatividade por Manuela Maria e Cristina Oliveira, para visitar a sua casa e ser o centro das atenções numa noite onde as personagens de Maria Henrique e Nuno Guerreiro também se encontram presentes para um encontro com o além. Um divertido encontro com personagens bem construídas por cada ator onde também a empregada, interpretada por Marina Albuquerque tem o seu espaço cativante junto do público pelos pormenores gestuais que vai transmitindo ao longo de todo o espetáculo, conseguindo manter a graça não só através do texto mas também pela demonstração física com reações que se tornam permanentes numa empregada desastrada e tão normal dentro de um casa de loucos.