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O Informador

Eduardo Madeira Convida [Força de Produção]

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Eduardo Madeira já tinha o meu Gosto, mas após assistir a uma sessão de Eduardo Madeira Convida no Teatro Villaret posso garantir que passou a ser um dos preferidos na arte de fazer rir. Sim, fazer rir é arte porque não é para todos, é para quem sabe e olhem que andam por ai muitos piadolas com a mania que têm graça, mas que se esquecem dela em algum local reservado.

Num espetáculo que todas as semanas  recebe diferentes convidados, Eduardo Madeira apresenta dentro do seu estilo uma produção que arranca gargalhadas, aplausos e assobios do início ao final de cada sessão. As piadas, a crítica, o estilo, a graça, o contéudo... Tudo isto num palco sem cenário e que acaba por ser uma mixórdia entre cadeiras, microfones e garrafas de água porque todos usam mas ninguém arruma a sala de estar para quem aparece a seguir.

Eduardo Madeira entra em palco e as suas histórias com imitações a par de temas compostos e interpretados excelentemente (mal) por si dão o mote para o que se irá passar a seguir. O desenrolar da noite vai acontecendo sempre com o artista a seguir o seu guião mas dando ouvidos ao que o público vai dizendo para colocar piadas onde o ambiente político e os famosos não escapam a uma ironia com estilo e não com piadas secas e sem maneiras. Intercalando entre os seus momentos e os convidados, Madeira sai de cena para receber os seus amigos em noites onde prevalece a união entre o stand up comedy, a música e o que cada convidado e o próprio anfitrião souberem fazer de melhor. 

Assisti à sessão em que a noite foi também abrilhantada por Luís Filipe Borges, o Boinas, para os mais distraídos, pela dupla Sousa & Abreu que não tem o estilo que aprecio mas que mesmo assim conseguiram fazer-me rir e pela voz do fadista Ricardo Ribeiro que a par do canto ainda conseguiu entrar com a sua presença em palco no espírito cómico do momento. Bons convidados numa noite de muito riso e bom fado!

Atual leitura... A Salvo Comigo [K. L. Slater]

Internacionalmente K. L. Slater é a autora que com o seu primeiro thriller psicológico conseguiu alcançar as tabelas de vendas. Por cá A Salvo Comigo está a dar os seus primeiros passos num estilo que começou a ganhar um outro destaque com sucessos como A Rapariga no Comboio da também outrora estreante Paula Hawkins.

Após romance, fantasia, história e cultura, regresso a um estilo que tanto me agrada ler, o thriller psicológico onde a envolvência com cada personagem é fulcral para o desenvolvimento e gosto pela leitura. Neste estilo literário gosto de me deixar levar por uma ou duas personalidades e perceber que mistérios as mesmas podem esconder num enredo que se quer complexo e cheio de suspense.

Espero que A Salvo Comigo seja uma nova conquista literária e que me faça continuar a acreditar que dentro da literatura e seguindo os mesmos moldes de outros autores existe sempre algo a acrescentar de forma a atrair o leitor. 

Os Passageiros do Tempo [Alexandra Bracken]

Autor: Alexandra Bracken

Editora: Marcador

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2017

Páginas: 392

ISBN: 978-989-754-316-6

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Numa noite devastadora, em Nova Iorque, Etta Spencer, uma violinista prodígio, perde tudo o que conhece e ama. Enganada por uma mulher estranha e misteriosa, Etta vê-se subitamente a viajar, não apenas milhares de quilómetros, mas centenas de anos, descobrindo assim um dom herdado de uma família que ela nem sequer conhecia.

Nicholas Carter, ex-escravo, está feliz com a sua vida no mar, a bordo de um navio pirata, após se livrar da poderosa família Ironwood, nas colónias inglesas da América do Norte. Mas, com a chegada de uma passageira invulgar ao seu navio, o passado volta a agarrá-lo e Nicholas vê-se de novo nas garras da família que o subjugou.

Os Passageiros do Tempo acompanha Etta, uma miúda nova-iorquina do século XXI, e Nicholas, um marinheiro negro do século XVIII, que embarcam numa viagem perigosa através dos séculos e de vários continentes, da Revolução Americana à Segunda Guerra Mundial, das Caraíbas a Paris, seguindo e interpretando pistas deixadas por um viajante do tempo que fez tudo para esconder dos poderosos Ironwood o objeto misterioso.

 

Opinião: A obra Os Passageiros do Tempo foi publicada pela editora Marcador e logo percebi que queria ler esta narrativa. No entanto, embora tenha gostado no geral, algo me fez andar com esta leitura durante praticamente duas semanas porque não consegui avançar, mesmo que passasse horas a ler parece que não desenvolvia e a história não seguia em frente. 

Com uma premissa já usada mas reformulada por Alexandra Bracken para ser apresentada de outra forma, Os Passageiros do Tempo além de transportar as personagens para fora da sua época consegue fazer muito mais que isso. Criando um choque cultural e de mentalidades pelas diferenças temporais e ambientais, este bestseller internacional faz uso da História por onde personagens ficcionais percorrem enigmáticos caminhos em modo caça ao tesouro porque é necessário encontrar um astrolábio que pode alterar o presente da vida de Etta, a jovem do nosso tempo que é transportada para passados distantes onde aparentemente não existe nada em comum com o que vive em pleno século XXI. 

Primeiramente conhecemos o dia-a-dia de Etta até que magicamente a jovem é transportada para um passado onde piratas guerreiam as suas conquistas. Embora tenha gostado em como a passagem de uma realidade para a outra acontece, do meu ponto de vista o choque da personagem central que nada sabia sobre os viajantes do tempo poderia ter acontecido de outra forma. Em meia dúzia de explicações Etta entrou no esquema e segue em frente, não se tendo questionado como um ser comum, eu por exemplo, o teria feito sobre o facto de passar para um passado tão distante assim sem mais nem menos. 

Mato (des)cuidado

O Verão surge e consequentemente os incêndios ganham proporções elevadas e este ano as coisas não têm sido fáceis. No entanto se passarmos por determinados locais continuamos a ver zonas habitacionais com mato e mais mato em volta sem que os proprietários dos terrenos limpem o arvoredo transformado em matagal em torno das duas casas que por sinal ficam em zonas próximas da floresta que se tornam assim ainda mais propicias a que aconteça alguma coisa. 

As pessoas ao longo dos anos não aprendem que antes que o tempo quente comece devem, deviam ter mesmo a obrigação sob pena de multa, de limpar as suas propriedades para se prevenirem contra os incêndios que acontecem maioritariamente ao longo do Verão? Quando as coisas estão a arder todos falam que o Estado não limpa e que as florestas estão ao abandono sem estradas de passagens largas para ajudar a estancar as chamas, no entanto em áreas privadas o tema repete-se e muitas vezes são esses mesmos proprietários que não limpam o que é seu que quando estão em risco falam dos terrenos públicos do lado. Pois, o mal está aí! Percebem que os outros não estão limpos mas passam anos sem uma verdadeira recolha de lixo e limpeza pelo que é seu, fazendo com que quando o fogo começa leve tudo sem andar a escolher entre propriedades públicas e privadas. 

À Conversa com... Vanessa Silva

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Vanessa Silva é uma das melhores vozes nacionais do nosso país mas nem sempre o seu talento tem sido reconhecido. Multifacetada em palco e exigente como um bom profissional tem de ser, Vanessa tem conquistado o público por onde tem passado ao longo de mais de duas décadas de carreira onde além de trabalhar com nomes de excelência como se tornou, ganhou amigos e encontrou o amor ao lado do bailarino Pedro Bandeira. Sem ter medo de arriscar e mudar, Vanessa tem seguido os seus sonhos e é por isso que de Portugal para o Mundo a artista é nossa mas tem conquistado os aplausos internacionais através do seu trabalho que vai já para além dos palcos nacionais, percorrendo mares em aventuras pessoais que mostram a verdadeira essência que um profissional de qualidade tem na sua arte. 

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Estreou-se nas lides artísticas bem cedo ao tentar a sorte em programas como Chuva de Estrelas e Cantigas da Rua da SIC mas foi através da entrada em Academia de Estrelas, na TVI, que deu os derradeiros passos junto do público. Que sonhos tinha a Vanessa antes de pisar os palcos televisivos e o que já havia sido feito antes destas experiências?

Bem, essa pergunta é mais ou menos verdade... É verdade que a Academia me expôs mais, dado ter sido um reality show, mas antes da Academia já tinha feito parte do elenco  do “Cantigas de Maldizer” na SIC , em 1998/99, e do “Sábado à Noite “ na RTP, em 1999|2000, ambos tiveram a duração aproximadamente de um ano, e foram antes da academia. Antes disso e como disseste e muito bem, concorri a uma série de programas, já tinha a minha banda de bares e tocávamos quase todos os dias , sendo que também ainda andava a estudar.

 

Se existisse agora nova oportunidade para entrar num reality que envolve-se aprendizagem como aconteceu na altura com Academia de Estrelas voltava a arriscar sabendo como o modelo de programa está alterado neste momento?

Não, de maneira nenhuma... Não que ache que não tenho nada a aprender, antes pelo contrário, mas dados os moldes dos programas, acho que ao fim de 23 anos de trabalho, se calhar já me podia sentar na cadeira dos júris/mentores...

 

Na Academia alcançou o terceiro lugar e foi a partir daí que começou a ser convidada para integrar vários projetos, tendo sido durante anos, um dos rostos residentes das manhãs da SIC onde fazia o que melhor sabe fazer, cantar. Quando saiu do formato matinal sentiu que tinha de o fazer porque existia outros projetos para abraçar ou foi um pouco empurrada para deixar o programa?

No fundo um pouco dos dois. As manhãs deixaram de ter cantores residentes, e eu nunca parei de fazer outras coisas ao mesmo tempo, fiz espetáculos musicais como “Esta Vida É Uma Cantiga”, “High School Musical”, “Fame”, etc, então foi só o fechar de um ciclo, no fundo.

Animais abandonados

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Meio da tarde, tudo a decorrer dentro do normal, duas colegas começam a falar alto porque na rua um casal numa auto-caravana acabava de abandonar dois cachorros junto à entrada da empresa. 

Um casal asiático, que estaria certamente de passagem pela zona, deixou estes pequenos cachorros, com pulgas e carraças, junto ao portão da empresa. Quando os fomos buscar, tivemos de os tirar debaixo dos carros porque ficaram com medo e fugiram, mas rapidamente vieram ao chamamento e lá os levamos para o interior da empresa. Água numa caixa, comida «e agora» o que lhes fazemos?

Estava fora de questão ficarem no pátio e tornarem-se os animais de estimação, perguntamos se alguém os queria e ninguém se mostrou interessado na adoção. Tínhamos que arranjar uma solução e a mais rápida foi a de ligar para o canil de onde afirmaram que não recebiam mais animais por estarem lotados. Ligou-se à GNR que deslocou ao local uma patrulha que recolheu os dois irmãos caninos e lá os levou. Disseram-nos que os iriam levar ao canil e que ao serem pequenos acreditavam que fossem facilmente adotados. 

Esperemos que estes pequenos cachorros abandonados em plena época de Verão tenham a sorte de arranjarem uns donos que os estimem. Mas também existe sempre a hipótese negativa de um dia serem abatidos como tantos outros. Esperemos que não!

Perigo desnecessário

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Há dois meses que passo numa estrada em que logo reparei que existia um poste de eletricidade em condições menos próprias para ainda não ter sido substituído, tal como pode ser visto na imagem. Pergunto-me como é que a Câmara Municipal de Alenquer ainda nada fez para que esta situação tivesse sido resolvida. 

Certamente este incidente terá ocorrido após algum embate de um veículo com alguma velocidade e desde ai tentaram deixar o poste tal e qual como ficou, com a segurança a deixar muito a desejar. Está bem que o sustento do peso continua lá, mas meio forçado e abalado. 

Agora se a responsabilidade camarária nada fez ainda, será que os moradores, com casas mesmo encostadas ao poste ainda não se queixaram? É que mais dia menos dia ainda alguém volta a chocar com o que está inseguro no seu lugar ou as ventanias que se fazem sentir de forma mais forte por vezes ainda podem ajudar à queda daquele bloco de cimento que se encontra neste momento a entrar em fase de risco.

Acho uma autêntica irresponsabilidade dos orgãos competentes que já deviam ter atuado nesta situação que se encontra pelo menos nestas condições há pelo dois meses, mas certamente que várias semanas ou mesmo meses se poderão juntar ao tempo em que comecei a passar naquela estrada. É a velha questão do «deixa andar» até acontecer alguma coisa!

Aprender a Ler

As pessoas que sabem que leio com bastante frequência volta e meia lá acabam por me perguntar como consigo passar tanto tempo a ler porque tentam e não chegam ao ponto de quererem continuar no dia seguinte a fazer o mesmo. Geralmente tento apelar à leitura com alguns códigos de comportamento literário que sigo desde sempre. 

Primeiro é necessário a pessoa pegar num livro e não estar a pensar que é uma perda de tempo a sua leitura. Isso é o passo mais importante porque sem vontade não vale a pena fazer nada. Segundo, para ler é para estar concentrado, não digo que não me disperse com o telemóvel, conversa ou televisão, mas tento dar maior ênfase ao livro para conseguir entrar na sua história, não estando a ler somente porque sim ou como sendo uma obrigação para afirmar que li mais um livro. Uma outra sugestão é tentar, antes de levar o livro consigo, perceber qual o estilo que na altura pode chegar com maior facilidade à mente para conquistar e querer continuar a leitura para chegar ao seu final o quanto antes. 

Não existe o ler somente porque sim, tem de se criar vontade e hábito. Quem não tem o hábito literário consigo poderá ser um pouco complicado de início criar a rotina de passar uns ligeiros minutos diários, não são necessários muitos numa primeira fase, mas tentar sempre ler alguma coisa. Pegar num livro e pensar que no espaço de um mês terá de ser lido. Se o conseguir ótimo e se o fizeram com satisfação melhor ainda. No mês seguinte e começando a ganhar hábito com horários, antes de deitar, por exemplo, ou na pausa pelo trabalho, é começar que o tempo que é dedicado à leitura fale por si e não se restrinja ao tempo predefinido de início para os livros.