Aparentemente À Procura de Alaska é considerado uma obra mais fraca que A Culpa é das Estrelas, do mesmo autor, John Green. Eu, que já li os dois, acabo por ter a ideia contrária à maioria dos leitores. A razão? Aqui existe condimentos e uma história que vai surpreendendo, embora continue a dizer que este estilo de escrita e narrativa são descaradamente destinados ao público juvenil.
Escrito de forma simples e sem qualquer complexidade, À Procura de Alaska retrata a vida de adolescentes na fase de ensino secundário onde o amor, as curiosidades com as drogas e o sexo tomam lugar entre amizades, estudos e família. Dividido claramente em duas partes, antes e após o grande drama da obra, a narrativa envolve o leitor com Miles Halter, o protagonista que sempre procura a felicidade ao lado de alguém que de início parecia tão distante e vaga. Com jovens personagens criadas com particularidades únicas como a de Miles memorizar as últimas frases que figuras históricas proferiram antes da morte, o Coronel decorar as capitais de países e Alaska ser o apelidado bichinho literário, todos vão obtendo características que ajudam ao desenvolvimento de uma história comum. Com um caminho escolar paralelo através de corredores que mais parecem labirintos perdidos em busca do final da vida que poderá acabar da pior das formas.