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O Informador

Jantar de Natal... Não, Obrigado!

Já o ano passado avisei que não contassem comigo para o jantar de Natal da empresa e este ano já o voltei a fazer para que não me voltem a chatear sobre o assunto porque nem quero saber quem come, se comem ou se deixam de comer!

Não estou interessado na integração num possível jantar de Natal da empresa porque neste momento vejo tudo de pernas para o ar, com cada um a puxar para o seu lado, com palavras ditas e pensadas e sem necessidade alguma de se criarem confrontos desnecessários. Sinto-me no meio de uma batedeira que roda e roda e torna a dar frutos podres que aparecem no meu dia-a-dia. Começo a perceber que é um sacrifício diário ter de conviver num mau ambiente onde não me quero encaixar e que só me faz pensar em como as pessoas são más umas para as outras!

Quem quiser que se junte e finja uma bela amizade laboral porque eu não entro no filme para ficar bem na fotografia que andam a pintar de várias cores e onde os burrões aparecerem!

Bons estudantes vs. Bons profissionais

Os tempos não estão fáceis e a falta de emprego é muita! Os jovens que terminam os seus cursos não se conseguem encaixar nas áreas para as quais andaram a estudar ao longo de vários anos. No entanto os que têm a sorte de conseguirem logo um lugar nem sempre têm capacidades para assumirem tais funções. Podem ter tido boas notas ao longo dos anos em que foram estudantes, mas é na prática que se percebem os bons profissionais que acabaram de sair das faculdades. Contratar pelas boas notas mesmo que a pessoa venha a revelar-se um mau profissional ou encontrar um aluno razoável, que sempre se mostrou empenhado e que sabe bem o que está a fazer? Bons alunos e bons profissionais nem sempre andam de maus dadas!

É cada vez mais notório o facto das grandes empresas resgatarem das portas das salas de aulas bons alunos para serem encaixados nos seus escritórios e locais para os quais são necessários só porque estes se mostraram os melhores estudantes ao longo dos seus percursos pelos exames e teses. A questão que se coloca é que por se terem boas notas, ao longo de três ou quatro anos, isso não quer dizer que essa pessoa seja um bom administrador ou um bom médico, capaz de lidar com o dia-a-dia das pessoas que estão à sua volta, uma vez que as relações pessoais que têm de ser mantidas ao longo do percurso profissional não é uma matéria de estudo mas sim um comportamento que se vai adquirindo através do convívio e da educação que a pessoa foi tendo ao longo da sua vida. Ser um bom estudante nem sempre quer dizer que essa pessoa esteja preparada para lidar com os problemas profissionais com que não se deparou enquanto andava a marrar com os livros para se mostrar o melhor e o mais empenhado.

Não aceito a ideia de ter que ser atendido por uma pessoa que está sentada a uma secretária a fazer o seu serviço sem ter a noção do que é a relação com o outro, sem perceber que não está ali como um robô que tem de mostrar as suas capacidades como foi mostrando ao longo dos seus anos de estudante. Por se terem boas notas isso não significa em nada que se será um bom profissional, capaz de enfrentar os desafios que lhe são colocados pela frente. Aliás, na maioria dos casos a que já tive acesso, os supostos bons revelam-se os piores profissionais no futuro por acharem que aprenderam tudo e que não têm nada a provar à sociedade, estando a ocupar determinado cargo porque o merecem. Isso não é assim e prefiro ver o crescimento da humildade de quem mostra ter muito para aprender depois de ter sido um aluno razoável, a deparar-me com os senhores todo-poderosos das suas funções que mais não sabem além daquilo que aprenderam através das resmas que foram adquirindo ao longo dos anos.

Os bons profissionais tornam-se assim pela prática que não se adquire somente nos estudos e os supostos bons estudantes revelam-se profissionais de palmo e meio com muito para aprender! Se tiver de escolher no campo profissional um bom estudante, que terminou o seu curso com boas notas e que supostamente sabe tudo o que está a fazer ou uma pessoa que se mostra empenhada para crescer e continuar a aprender, a minha opção é fácil de ser tomada!

Existem por aí muitos trabalhadores a desempenharem as suas funções sem uma ponta de crença e vontade no que estão a fazer! A vida é assim e determinados lugares seriam tão bem ocupados por quem os merece! Injustiças!