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O Informador

Raspadinhas

Um sucesso em crescimento é o que tem acontecido com as raspadinhas que são vendidas por todo o país. Este jogo social tem tido cada vez mais adeptos que têm vindo a trocar o totoloto e o euromilhões pelo prazer de poder raspar e vir a ganhar sem ter que esperar por dias fixos.

É um facto e não há que negar, as raspadinhas estão na moda e com as alterações que têm sido feitas através de melhores prémios por um menor preço, a corrida aos quiosques tem acontecido em maior escala e todos os vendedores têm sentido essa subida das suas vendas.

Há dias estava a falar com uma proprietária de papelaria que vende estes famosos jogos e ela contou-me que em três dias, em número de vendas, fez mais de três mil euros, sim, não me enganei, vendeu mais de três mil euros só em raspadinhas. Mentalmente fiz logo o cálculo de quanto deverá ganhar em cada unidade vendida. Se ela ganhar dez cêntimos nas de um euro, vinte nas de dois e por aí fora, em três dias tirou uns trocos e despesas praticamente não aconteceram.

Ou seja, vender raspadinhas é cada vez mais dinheiro fácil que entra sem ter que se fazer muito. As pessoas com a crise instalada no país procuram a sorte e esta está à mão em praticamente todas as esquinas por onde se passa. As raspadinhas estão na moda e eu vou já comprar umas para ver se me sai alguma coisa de jeito.

Educar com presentes

Na sociedade dos dias que correm é cada vez mais comum ver os pais sem tanto tempo para os filhos como acontecia há uns anos atrás. Não sou pai, mas tenho visto que as crianças são cada vez mais conquistadas com presentes, faltando a base de tudo, faltando o que eu tive.

Acredito que existe uma percepção geral de que o consumismo, mesmo em altura de crise, é forte no que toca a comprar crianças. Os pais muitas vezes para verem os seus filhos bem e contentes dão-lhes o que pedem e esquecem que é através dos afetos e da proximidade que existe educação.

As crianças têm tudo e conseguem ter tudo dos seus pais e familiares mais próximos e mal começa a aparecer uma birra logo se muda tudo com a compra de algo que é pedido. A ausência dos pais, devido às várias horas de trabalho, também acontece numa maior escala e isso ajuda a esta compra com presentes que os pais fazem.

Educar não é isto, pelo menos eu não fui educado assim e não fui habituado a ter tudo o que pedia. Sempre tive um dos meus pais mais presente que o outro, mas cedo comecei a perceber que podia pedir, mas eram mais as vezes que não tinha o que queria do que o contrário.

Hoje não se educam as crianças, hoje compram-se os filhos para se compensarem as horas de ausência e a falta de paciência que se agrava com o stress social que existe!