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O Informador

O Segredo Perdido

O Segredo PerdidoNos últimos dias o livro que me tem acompanhado é de uma autora portuguesa completamente desconhecida para mim e que até me tem surpreendido através da sua escrita. No entanto, a sua história têm-me baralhado!

O Segredo Perdido, da autoria de Júlia Nery, tem sido a minha escolha destes dias. Sendo um romance histórico do nosso Portugal onde se contam pormenores sobre o Terramoto que afectou Lisboa em 1755, este livro cruza o passado e o presente para contar que segredos foram bem guardados até aos dias que correm e descobertos agora para serem revelados ao mundo.

Fazendo-se o cruzamento entre os protagonistas de 1755 com a «descobridora» do ano 2000, em O Segredo Perdido o amor cruza-se com a religião, o pecado e o medo, numa história que agora poderia ser vivida por adolescentes, mas que na altura era relatada por jovens prontos a assumirem a vida futura a qualquer momento. A par disto também são contadas as vivências da protagonista que em determinados momentos se parece esquecer da sua própria vida em função deste passado nacional.

Júlia Nery é uma autora que desconhecia, mas que gostei de conhecer pelo seu modo de escrita. No entanto, a história tão cruzada entre o passado e o presente confunde-me de tal maneira que nunca sei por onde andam e com que personagens me estou a encontrar em tais momentos. O Segredo Perdido tem uma boa história base, a sua autora tem uma escrita fantástica, mas o modo como tudo acontece não me fascina. Sinto-me baralhado e mesmo estando a conseguir seguir a linha principal, noto que me escapam várias coisas desta história de outros tempos do nosso país.

Este livro foi comprado numa feira do livro em 2012, tem estado na minha lista de espera para ser lido e agora peguei-lhe para o colocar na já grande estante dos livros lidos. O Segredo Perdido quando foi comprado estava a um preço bem apetecível e foi isso que me chamou a atenção para o trazer comigo. Acho que andava pelos oito euros, mais coisa, menos coisa, o que para um autor não deve ser nada agradável de ver, mas quando não se é conhecido e não se consegue que um livro tenha as atenções do grande público...

Esta história, para mim, não pegou talvez pela sua maneira de ser contada tão elaborada. Se tudo estivesse de forma mais fácil, quem sabe se não teria conquistado mais leitores logo quando o seu lançamento aconteceu em 2005.

Já ninguém esconde consumo de drogas

Há uns anos era quase impensável ouvir alguém confessar que consome ou consumiu algum tipo de drogas. Agora este assunto é falado em qualquer local, revela-se o que se toma e não existem opressões e medos.

Lembrei-me de falar deste tema ao ler uma grande e boa entrevista que o ator Miguel Guilherme deu à revista Maxim deste mês. O ator revela que já experimentou «charros e cocaína, mas sempre de forma recreativa. Os charros dão-me paranóia». Contando que se iniciou no mundo das drogas depois dos trinta, Miguel Guilherme afirma que experimentou, divertiu-se com isso, mas que se desviou dessa «trajetória a tempo. Houve uma fase de diversão, mas depois aquilo já não bate, deixa de ser divertido e nem se consegue trabalhar assim».

É um facto que agora as drogas já circulam na sociedade como quase o tabaco anda por aí à venda. A qualquer canto de vários locais das grandes cidades se consegue identificar facilmente quem vende e quem quer mostrar que tem algo para vender. Não me choca nada este tipo de afirmações que os conhecidos fazem, já que assumem o que fazem sem medos. O medo já não existe nos dias que correm entre nós e isso tem-se feito notar cada vez mais, sendo este um bom exemplo disso.

Miguel Guilherme sempre foi visto por mim como um bom ator, um ator sem medos, um homem de desafios e capaz de surpreender quando não se espera. Aqui voltou a mostrar isso mesmo. Estando numa fase calma da sua carreira, onde tem entrado nos últimos tempos em novelas, tendo contratado de exclusividade para com a TVI, Miguel Guilherme mostra que nada mudou em si e que está aí pronto para enfrentar quem e o que aparecer na sua vida, afirmando o que quer e o que se sente.

A sociedade em que vivemos hoje não é mais a mesma que existia há uns anos e através deste tipo de revelações consegue-se ter bem essa noção.