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O Informador

Esperança

Esperança foi o nome que o fotografo Armando Romão deu a esta imagem tirada por si. Não existe uma outra definição para uma criança com este olhar, pois não?

Sentimentalmente, esta é mesmo uma imagem que mostra Esperança e que nos faz pensar que quando nos queixamos por isto ou aquilo, devíamos reflectir primeiro sobre o modo como certas sociedades vivem em pleno século XXI.

Uma Noite em Casa de Amália, pela terceira vez

Como comuniquei, no serão de Sábado fui ver, pela terceira vez o musical Uma Noite em Casa de Amália. Após a primeira vez com um grande espetáculo, a segunda com a Vanessa Silva engripada... A terceira foi a pior das três!

Com o passar do tempo e com o número de exibições a aumentar, este atual musical de Filipe La Féria conquista quem o vê pela primeira vez, mas quem repete a visita ao Politeama percebe que tudo já está decorado e robotizado para ser assim e despachar. Já não vi a magia da primeira vez que vi o espetáculo, não senti a emoção dos atores em estarem ali para conquistar o público. Parece que estão a fazer tudo porque tem de ser feito, alguns talvez até a pensarem que querem despachar-se para se irem embora.

O tema Amália é uma aposta certeira de La Féria, que, segundo reza a lenda, é bem rígido com quem trabalha consigo, mas não me parece que ande a ser desta vez, pelo menos, em termos de grandiosidade no que é feito e dito em palco, comparando com a primeira vez que vi, esta terceira deixou muito a desejar. Talvez esteja na altura de pensar num novo espetáculo para aquela sala e terminar com este, ou pelo menos, reduzir os seus dias de exibição.

Uma Noite em Casa de Amália já deve estar a dar as últimas cartadas e se não estiver, devia estar. Os atores já mostram essa vontade pela forma como representam.

A rapariga que rouba

Seis pessoas trabalham há seis anos juntas, já viram, já passaram seis anos e ainda trabalho no mesmo sítio. Agora há uns dias entrou uma nova colega porque tínhamos mais trabalho, e eis que ela mexeu no que não era dela. As pessoas até aos colegas de trabalho roubam, mesmo querendo permanecer nesses locais por mais tempo. O que lhe irá acontecer agora? Rua! Ah, pois é!

Uma semana depois de ter começado a trabalhar, a rapariga nova, com quem não simpatizei logo quando a vi para a entrevista, roubou dinheiro a uma das minhas colegas. Como é que as pessoas conseguem fazer uma coisa destas, assim, sem conhecerem os nossos hábitos e sujeitando-se a serem apanhadas em flagrante?

O mais engraçado é que ela não sabe que nós sabemos que ela roubou, mas tem-se mostrado desconfiada. Agora e como não foi despedida logo no dia, ainda não percebi por que razão, anda talvez a tentar mostrar que também foi vítima de roubo. Tem deixado a sua mala em sítios onde todos passam e não dentro do seu armário, mas parece não querer saber. Por que será?

Esta história já se repetiu há uns tempos com outra rapariga e praticamente da mesma forma... Depois de alguém se queixar, ela também se fez passar por vítima. Será que amanhã a moça vai dizer que lhe falta dinheiro? Acho que não, porque deverá saber que não fará os quinze dias de experiência a trabalhar connosco! Como as pessoas conseguem roubar assim à descarada é algo que me faz confusão, mas nos dias que correm, existe gente para tudo!

A ler O Teu Rosto Será o Último

Domingo foi dia de começar a ler o primeiro livro de João Ricardo Pedro, O Teu Rosto Será o Último. Pouco ainda consigo dizer acerca do Prémio Leya 2011, mas olhem que este é um livro bem diferente do que tenho lido dos autores nacionais nos últimos tempos.

Neste livro começa tudo por parecer confuso, parecendo que não existe ligação entre os capítulos iniciais, mas aos poucos tudo ganha forma, todas as explicações e divagações se tornam sérias no desenrolar da história. As primeiras páginas parecem mesmo ser um conjunto de contos, com várias personagens distintas entre si, mas que têm um futuro paralelo, uma história comum.

Em O Teu Rosto Será o Último tudo começa após o 25 de Abril, mas num mundo diferente do que geralmente é contado. Somos transportados para a ruralidade e não se percebem as cenas urbanas como habitualmente quando se conta algo sobre a época.

Ao mesmo tempo que a história principal se desenrola, são contados vários factos que fizeram a época da revolução do nosso país, o que foi vivido,  o que se sentia... Nas poucas páginas que li até agora, fiquei rendido às várias personagens, ao amor entre avô e neto que trocam histórias, contando-as entre si e partilhando assim vivências de duas gerações distintas, mas que se amam.

No final desta semana devo ter O Teu Rosto Será o Último lido e assim que isso acontecer contarei melhor esta experiência que, ao que tudo indica, é a primeira que terei com João Ricardo Pedro. Percebo, pelo que já li, a razão deste prémio ter sido atribuído a este engenheiro eletroténico e não a outra pessoa. Para já, aconselho, sem dúvida nenhuma!

Hoje ele fazia mais um aniversário

25 de Novembro sempre foi uma data assinalável do aniversário do meu avô materno. Todos os anos, mesmo que não o visse neste dia, falava com ele, sabia que ele estava na sua casa. Agora já não o tenho no mesmo sítio porque algo o fez partir da nossa companhia este ano.

Hoje é totalmente um dia pesado aqui por casa. Os pais da minha mãe já não se encontram connosco para festejar mais um aniversário do meu avô Zé. Pois, a vida leva os bons para o local onde acredito que olham por nós, mas onde não lhes conseguimos chegar.

Por esta altura do ano passado o meu avô já passava muito tempo no hospital, andando na vida entre casa e os serviços médicos de forma constante. Já todos sabíamos que mais cedo ou mais tarde o pior aconteceria, como acabou por acontecer no início do ano.

Foram meses muito pesados para todos, com visitas diárias ao meu avô, com os telefones a tocar, e cada vez que tocavam, sempre a pensarmos o pior. Até que aconteceu e ele partiu, tendo sido eu a última pessoa da família que ele viu, à sexta-feira à tarde na visita que lhe fiz entre as 19h e as 20h. Na manhã seguinte, poucas horas depois de acordarmos o telefone tocou com a notícia que queríamos adiar eternamente.

Fui o primeiro neto, o neto desejado e muito mimado por ambos. Obrigado por terem-me dado tanto carinho ao longo dos 25 anos que nos juntaram em vida e Parabéns Avô, não estás aqui presentemente, mas sei que estás a olhar por mim e ao lado da Avó!

Mas a RTP ainda está por privatizar?

Já passou mais de um ano em que a questão da privatização da RTP começou a aparecer como algo em concreto. Antes era tudo uma ideia, no ano passado a certeza aconteceu entre os governantes. Como estamos em Portugal, tudo continua igual e os dois canais generalistas continuam a pertencer a todos nós e não a um privado.

A questão da privatização da RTP só pode mesmo acontecer no nosso país! Como é que se explica que depois de tantos meses, tantos estudos, tantas reuniões, tantos boatos, tanta coisa a ser escrita e dita, tudo continua na mesma, a ser uma ideia. Se primeiro não se podia privatizar os dois canais, depois passou-se a poder privatizar um deles, um tempo depois voltou tudo atrás e não se queria já privatizar nada. A questão continua a andar de um lado para o outro, com dinheiro a ser gasto, dinheiro que tudo indica que não existe, mas que é gasto.

Como é, querem ou não privatizar a RTP? Querem passar para os privados um ou dois canais? Querem ficar com tudo da mesma forma e não ser feito nada? As dívidas que o canal tinha têm vindo a diminuir de ano para ano, agora que poderá começar a dar lucro é que o querem despachar?

Tantas questões e nenhumas respostas são dadas por quem tem esse dever. Uma coisa é certa, se o circo em volta desta privatização for para continuar ao longo de 2013, vale mais deixarem tudo como está, arrumarem as malas e irem ver o Telejornal do senhor orelhas.

Não falem de futebol comigo

Acredito que não devem fazer por mal, mas o que é certo é que existem pessoas que sabem que eu não aprecio futebol, mas acham que esse tema é o ideal para terem uma conversa comigo. Vale mais estarem calados que falarem no desporto rei entre a maioria de vós.

Ao não ser espetador de futebol, nem com intenções de o ser, já disse a algumas pessoas que só falam desse tema, que não percebo nada disso e que não gosto de comentar quem anda a jogar bem ou mal, mas parece que é difícil de memorizarem isso nas suas mentes. 

Será assim tão complicado encaixarem que não tenho que andar a ouvir a história do Benfica que anda a jogar bem na Liga dos Campeões todas as semanas e que o Sporting não passa da cepa torta e que está cada vez pior?! Eu não gosto de futebol, não sei e nem gosto de falar de tal coisa e começo a ficar com raiva de quem insiste no tema comigo.

Futebol e eu não combinamos, tá? Será que tenho que arranjar um letreiro para quando algumas pessoas se aproximam o colocar na testa com o aviso? Abaixo o futebol na minha vida só para não ter que lidar com estas pessoas que não sabem falar de outra coisa.

Vou voltar a ver Uma Noite em Casa de Amália

Hoje irei ver pela terceira vez o musical Uma Noite em Casa de Amália. O que é bom é para se ver e lá irei ver de novo este espetáculo, de que já falei aquando da minha visita. Relembro agora a minha opinião acerca da primeira vez que estive frente-a-frente com Uma Noite em Casa de Amália, sem tirar nem pôr!

«Amália Rodrigues, o grande nome do fado, volta a ter um musical em sua honra e para delícia dos seus inúmeros fãs e seguidores.

No Teatro Politeama, Filipe La Féria volta a apostar na rainha do fado e depois do grande sucesso de há anos do musical Amália, agora tudo acontece em Uma Noite em Casa de Amália.

Tendo como centro o registo discográfico de uma noite em que Amália Rodrigues recebe em sua casa de São Bento vários amigos, podemos ver neste espetáculo várias figuras nacionais e internacionais que marcaram o nosso país de uma forma ou de outra. Vinicius de Moraes, Ary dos Santos, Valentim de Carvalho, Hugo Ribeiro, Maluda, Alain Oulman, David Mourão Ferreira, Natália Correia e Casimira, a empregada de Amália, que também não faltou à grande noite em sua casa, claro.

Com um elenco composto por Vanessa Silva (Amália), Marcos de Góis (Vinicius de Moraes), Nuno Guerreiro (David Mourão Ferreira), Cláudia Soares (Maluda), Ricardo Castro (Ary dos Santos), Paula Fonseca (Natália Correia), Hugo Rendas (Alain Oulman), Rui Andrade (militar), Pedro Martinho (Hugo Ribeiro - técnico de som da Valentim de Carvalho) e Rosa Areia (Casimira), este é um espetáculo que vale a pena ir ver porque além de contar o que se passou numa noite que se pode dizer histórica para a música portuguesa, ainda consegue mostrar o quanto a nossa sociedade se torna diferente dentro de quatro paredes, onde só os íntimos sabem o que se passa.

Vanessa Silva tem em Amália a sua segunda protagonista em musicais do produtor, depois de ter dado vida, já este ano, a Judy Garland, também no Teatro Politeama. A cantora, e cada vez mais atriz, volta a provar que o palco é o local onde se sente melhor, estando com todas as características de Amália Rodrigues bem vincadas nos seus gestos e expressões. O restante elenco, embora sem grandes nomes televisivos, são atores com experiência neste tipo de espetáculos e no fado final do que é apresentado em palco pode-se dizer que Ricardo Castro brilha também alto como Ary dos Santos, estando com uma perfeição exímia do poeta. O elenco apresenta-se bem composto e bem caracterizado, mostrando cada ator o que cada nome da nossa praça de há anos atrás era, pensava, queria e dizia.

Portugueses que lutavam pelos seus ideias e mostrando as vidas destes poetas, pintores e cantores portugueses com a cultura brasileira de Vinicius de Moraes, nesta noite memorável onde se trocam opiniões, poemas, canções e grandes momentos de humor e confraternização onde a união para se mudar a sociedade acontece.

Em Uma Noite em Casa de Amália, alguns dos melhores temas da fadista são recordados, num texto da autoria de Filipe La Féria. Depois de ver este espetáculo poderá sair com a sensação de que o poderá querer voltar a ver daqui a uns tempos e da forma como está composto, é bem capaz de ficar bons e vários meses em cena, porque La Féria sabe bem porque escolheu o fenómeno Amália Rodrigues para o seu novo musical.»

Esta foi a minha opinião logo nas primeiras semanas em que o espetáculo teve em cena, depois já o voltei a ver num dia em que a Vanessa estava meio engripada e isso notava-se bem no palco. Agora lá irei eu voltar a sentar-me nas cadeiras apertadas do Politeama para ver o espetáculo e depois conto-vos como vi, pela terceira vez, este sucesso de Filipe La Féria.

No café fala-se de dentistas de manhã

Acordo, um dia frio, mas que era melhor que o habitual porque sabia que estava de folga e não tinha que andar à pressa. Levanto-me e despacho-me para sair, tomar café e ir cortar o cabelo. Chego ao café, começo a ler os últimos capítulos de A Mão do Diabo e a comer o meu folhado acompanhado pelo cafézinho. Passado um pouco, ainda a comer, começo a ouvir a conversa indesejada de uma manhã de descanso e muito menos quando se está a comer. Na mesa atrás fala-se de idas ao dentista e o que se fez por lá. Três senhoras, sem mais nada para fazer e talvez de que falar, estavam a ter a conversa proibida logo de manhã e para quem está bem disposto.

As senhoras, amigas umas das outras, falavam logo nas primeiras horas da manhã de várias idas ao dentista, onde arrancaram dentes, umas custou mais que outras. Soube até que uma delas teve duas horas para lhe ser tirado um dente, tendo tido dores horríveis. Eu a comer e a pensar... «Mas elas têm mesmo que estar a ter esta conversa aqui, em alto e bom som, para todos ouvirem?».

Existem assuntos que podem ser normais serem falados, mas logo de manhã, num local onde se pode estar agradavelmente, ter de ouvir a conversa dos outros e sobre assuntos de que ninguém gosta de ouvir histórias, porque são sempre piores que as vividas pelos próprios.

O que aconteceu depois? Despachei-me para me ir embora... Não é que quando me levantei, as senhoras resolveram que também já estava despachadas e tinham conversado tudo? Haja paciência!

Continuo a ler A Mão do Diabo

Pouco mais de uma semana depois, ainda continuo a ler A Mão do Diabo, da autoria de José Rodrigues dos Santos. A pouco mais de cem páginas do final, quero voltar a falar deste livro, por dois motivos. Primeiro, porque conseguiu-me dar a volta e conquistar. Segundo, mostra que o autor não pensou na internacionalização da obra.

Depois de umas primeiras páginas em que parecia que A Mão do Diabo não me ia conquistar, voltei com a palavra atrás, mas não pela forma como o livro está escrito, mas sim pelo que me tem ensinado acerca do estado do nosso país, da Europa e do Mundo. A crise, a crise e a crise é o grande destaque destas novas aventuras de Tomás Noronha, que fala das PPP, da moeda única, dos orçamentos de estado, e essencialmente do que foi feito de errado e do que se pode ou não fazer nos próximos tempos para melhorar a situação de todos nós.

Vejo que o jornalista quis mesmo mostrar e alertar os portugueses para a situação em que vivemos, narrando em certa parte o que pensa sobre toda esta situação. Como jornalista não o pode fazer, mas na pele das personagens pode bem deixar passar a sua opinião.

Deixo também aqui a minha ideia de que José Rodrigues dos Santos não pensou na internacionalização desta obra como tem acontecido com as outras, como é o caso de A Fórmula de Deus, O Sétimo Selo e O Último Segredo. Estes três livros, além de serem sucessos em Portugal, foram lançados em outros países, tendo conquistado também o público internacional. Desta vez parece que o autor e a sua editora, a Gradiva, não pensaram além fronteiras e dedicaram-se em fazerem algo mesmo para o nosso pequeno país cheio de crise, mas com o Natal à porta.

A Mão do Diabo não tem a história base das obras dos outros anos, mas tem sido bem agradável de ser lido, essencialmente porque me tem ajudado a perceber alguns pormenores económicos e políticos de que não tinha a ideia bem formulada e a que não dava importância. Quando terminar de ler venho aqui falar mais um pouco deste novo best seller nacional que me foi oferecido pelos meus 26 anos.