Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

A preguiça acontece...

Os dias passam e as ideias de que se tem que fazer isto ou aquilo acontecem. Lembro-me constantemente que quero fazer uma coisa, mas como é algo que não exige pressa, deixo que a preguiça me continue a atacar. Já lá vai um mês e a estante dos livros continua sem ser arrumada.

Em Setembro andaram-se com pinturas e arrumações cá por casa, tarefas em que não participei porque andava a trabalhar. Tiraram os meus livros do sítio e voltaram a colocá-los, mas... Não ficaram como estavam! No dia chateei-me logo por terem mexido e não terem deixado como estava antes, mas já não havia nada a fazer, teria que ser eu a arrumar como queria. Mas essa arrumação ainda não aconteceu!

Estou a escrever este texto com todos os livros aqui mesmo à minha frente, escrevo sobre eles e penso que no próximo Domingo terei mesmo que os tirar dos seus novos lugares e voltar a colocar tudo como estava antes... Por autor, por colecção, por editora, por tema. Tudo como estava antes, porque quero que estejam todos organizados, não por um motivo em particular, mas porque sim, simplesmente.

Sou comichoso, gosto de ter tudo arrumado à minha maneira, sentir que está tudo como eu deixei e que é assim que tem que ser. Gosto de ter tudo alinhado e acredito que sou irritantemente chato por ser assim, mas o meu feitio é este, já não dá para mudar!

Etapa marcada para Domingo: Arrumar os livros pela ordem devida e não deixar nem um fora do seu local habitual. Vamos lá ver se a preguiça não me vai voltar a atacar, como em todos estes dias!

Margarida Rebelo Pinto volta a falar de amor

Mais um ano e mais uma vez Margarida Rebelo Pinto volta a lançar um novo livro para ser vendido em debandada na época do Natal. De novo, e como não podia deixar de ser, o Amor é o trunfo da autora que escreve, escreve e escreve, mas que não sai do mesmo tema.

Margarida é a autora nacional que mais vende, mas custa-me a acreditar o que as suas leitoras encontram nestes livros que não passam de cópias atrás de cópias, sempre com os mesmos temas como base e onde só mudam os protagonistas e a forma como mostra o embrulho.

Revelo que nos tempos de adolescência li Alma de Pássaro como se não houvesse amanhã, mas vendo o que a autora tem apresentado ano após ano, não me imagino a comprar um dos seus mais recentes livros para passar as minhas horas de leitura à sua volta. Ainda para mais quando gosto de algo que me faça companhia e me leve a pensar, podendo também ver as cenas retratadas, coisa que não me poderá acontecer nestes exemplares de escrita porque quando tiver a conhecer as personagens amorosas, já me encontrarei a ler o final da bonita história sem ficar a aprender nada a mais do que o que já sabia.

Enquanto se venderem este tipo de livros como se não se pudessem comprar outros melhores, não existirá volta a dar e as boas obras continuarão a ficar nas estantes das livrarias à espera que o pequeno público que as lê as vá buscar. O problema aqui não está na Margarida que escreve o que as suas leitoras querem ler, o problema está mesmo em quem lhe compra os livros amorosos e a tem elevado ao patamar onde se encontra.

Gostaria de deixar uma sugestão à autora... Porque não pensar em escrever algo onde o Amor não seja o grande protagonista?! Talvez seja difícil!